O seu vício em celular faz mal ao seu filho
A forma de comunicação entre as pessoas mudou e o uso do telefone celular, assim como das redes sociais, é uma prioridade para muita gente.
Isso é bastante prejudicial porque faz com que adultos se desconectem da realidade e, o que é pior, esse vício pode prejudicar ainda mais as crianças.
O perigo do vício em celular
Essa situação não é difícil de ser vista: enquanto a criança fala com a mãe ou o pai, ou quer compartilhar experiências, eles estão olhando para o telefone celular e ignorando completamente o que os filhos estão dizendo.
Esta é uma realidade triste que muitas crianças vivem hoje em dia. Mas a pior parte ainda está por vir: elas aprendem que isso é normal e, no futuro, farão a mesma coisa.
Aparentemente, o vício em celular é uma coisa habitual hoje em dia. No entanto, esse hábito prejudica muito intelectual e emocionalmente os filhos dos pais viciados nesses aparelhos, principalmente as crianças mais novas.
Estudos neurocientíficos deixam claro que os primeiros 3 anos de vida das crianças são quando desenvolvem mais rapidamente suas habilidades linguísticas, emocionais, sociais e motoras.
Quando os pais são viciados em celular, deixam de lado experiências que não serão repetidas com seus filhos.
As crianças, por sua vez, não têm uma interação de qualidade com os pais e isso pode causar certos problemas emocionais e atrasos no desenvolvimento, como, por exemplo, o exercício da fala e de capacidades sociais.
A importância das interações diretas
É essencial que os pais interajam com seus filhos face a face para que as crianças possam desenvolver suas habilidades sociais e melhorar a sua aprendizagem dia após dia, bem como o seu comportamento e desenvolvimento emocional.
As crianças se desenvolvem através de interações de qualidade com seus pais. Naturalmente, elas aprendem a linguagem, o equilíbrio emocional e o lazer no tempo com a família.
Cada dia de nossas vidas fazemos depósitos no banco da memória de nossos filhos.
-Charles Swindoll-
Outro problema causado pelo vício é quando um pai presta mais atenção ao celular do que seus filhos.
Quando eles tentam chamar a atenção, os pais são forçados a mudar o foco de concentração fazendo com que se tornem mais facilmente irritáveis, e logo perdem a paciência com os pequenos.
Esse tipo de situação pode ferir a criança emocionalmente, uma vez que ela não entende completamente o que está acontecendo.
O vício em celular é sinônimo de ignorar as crianças
É muito triste, mas as crianças se sentem realmente ignoradas pelos seus pais. Pais que parecem robôs olhando durante o dia todo para o celular, absorvidos em uma tela.
Além disso, essas crianças que se sentem ignoradas tenderão a se comportar pior para chamar a atenção dos pais. Consequentemente, isso os deixará mais irritáveis e fará com que a tensão no ambiente da casa aumente.
Quando um adulto está respondendo uma mensagem, seu cérebro ativa a função de “tarefa com urgência”. Assim, ele pode tratar mal os seus filhos se for interrompido.
É impensável que os pais deem maior prioridade às atividades digitais do que aos seus próprios filhos. Mas, infelizmente, é uma realidade.
As crianças sentem que não são importantes para os pais, alimentando um sentimento de rejeição e prejudicando seriamente o desenvolvimento de sua autoestima.
Tudo isso deve mudar
Essa pouca interação com os filhos por causa do vício em celular deve mudar. Os pais devem estar conscientes da importância da interação com seus filhos. Ou seja, eles devem conversar e ouvi-los com calma todos os dias de suas vidas.
São necessárias algumas medidas para superar o vício em celular para poder melhorar a qualidade do ambiente familiar. Algumas delas são:
- Definir regras e limites de tempo para o uso de aparelhos móveis em casa
- Priorizar a interação com as crianças e silenciar o telefone enquanto brinca ou interage com elas
- Colocar regras também para o tempo que as crianças ficam em contato com as telas, seja de tablets ou celulares. Todos devem limitar o uso das telas.
- Ter consciência sobre o estímulo diário necessário às crianças, assim como sobre tempo de qualidade da família
- Definir um horário para o trabalho. Não há necessidade de responder um e-mail quando estiver com os filhos, isso pode esperar.
- Não usar o telefone celular durante as refeições ou durante o tempo em família.
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- Besolí, G., Palomas, N., & Chamarro, A. (2018). Uso del móvil en padres, niños y adolescentes: Creencias acerca de sus riesgos y beneficios. Aloma: Revista de Psicologia, Ciències de l’Educació i de l’Esport, 36(1). http://www.revistaaloma.net/index.php/aloma/article/view/328