5 feridas emocionais da infância e sua permanência

Você já se perguntou quais são as feridas emocionais da infância que se mantêm até a vida adulta? A seguir, vamos falar um pouco mais sobre essas feridas.
5 feridas emocionais da infância e sua permanência

Última atualização: 24 março, 2018

Há questões que têm o poder de deixar feridas emocionais na infância que vão permanecer até a vida adulta. As sequelas podem ser mais ou menos notórias, de acordo com o caso.

Em geral, as pessoas se esquecem de muitas situações que viveram na infância. Por exemplo, o primeiro dia de aula ou a primeira vez que andou de bicicleta.

No entanto, é mais difícil de esquecer aquela ocasião em que houve humilhação ou quando a pessoa foi vítima de uma injustiça. Essas feridas emocionais costumam afetar significativamente o crescimento das pessoas, no seu aspecto psicoemocional.

E não são capazes apenas de provocar temores, desconfiança e medos ao longo dos anos. Também podem impedir o estabelecimento de vínculos saudáveis, assim como uma boa interação social de um modo geral.

As feridas emocionais da infância não precisam ser permanentes. Felizmente, muitas têm solução e podem ser curadas através da terapia psicológica e do apoio das pessoas que amamos.

Preste atenção! Para poder superar essas feridas, é preciso estar consciente delas. Não se deve disfarçar a dor nem fugir do momento de enfrentar essas feridas por medo da dor.

5 feridas emocionais da infância

Medo do abandono

Quase todas as pessoas têm medo do abandono. Não apenas dos companheiros ou amigos, mas também dos familiares, dos animais de estimação e, inclusive, daquelas pessoas com as quais se tem um vínculo muito forte.

As pessoas que sofrem dessa dependência também tem que suportar o medo de serem rejeitadas. Razão pela qual são criadas barreiras para não deixar que outras pessoas se aproximem e façam mal de uma maneira ou outra.

Esse medo costuma aparecer naquelas pessoas que foram abandonadas durante a infância, mesmo se tiver sido apenas um mal-entendido. Essa ferida não costuma ser fácil de curar. Para fazer isso, é preciso ter um diálogo interior consigo mesmo e começar a trabalhar a confiança que se tem com as pessoas.

Medo da rejeição

Assim como o medo do abandono, o medo de ser rejeitado é uma das feridas emocionais mais profundas da infância. Esse medo que costuma atingir as pessoas não envolve apenas a rejeição de outras pessoas, mas também a rejeição de si mesmo.

Esse medo pode ter aparecido devido a diversos fatores, tais como a rejeição dos pais, da família, dos amigos ou dos irmãos. Isso serve apenas para gerar pensamentos negativos associados à rejeição, a não ser desejado e à erosão da autoestima.

As pessoas que sofrem desse medo costumam se sentir pouco merecedoras de afeto e compreensão. Com isso, elas se isolam das pessoas com quem convivem. Para resolver essa situação, essas pessoas devem começar a tomar decisões por si mesmas.

feridas emocionais da infância

Medo da humilhação

A ferida da humilhação costuma surgir nas pessoas que se sentiram desaprovadas e criticadas por mães rígidas durante a infância. Principalmente naqueles casos em que eram acusadas de serem burras, más, imaturas ou chatas. Por isso, a autoestima dessas pessoas foi destruída.

Isso costuma levar ao desenvolvimento de uma personalidade dependente do que as outras pessoas dizem e, inclusive, a criação de um escudo protetor para ataques que ainda não receberam.

Para conseguir superar esse tipo de situação, é necessário trabalhar a independência, a liberdade e a compreensão pessoal, desprendendo-se, assim, dos medos e temores.

Medo da traição

O medo da traição é outra ferida emocional da infância, uma das mais comuns. E, geralmente, costuma surgir nas crianças que foram traídas pelos seus pais com o não cumprimento de promessas.

Dessa forma, promove-se uma situação que traz consigo grande desconfiança, assim como também sentimentos de inveja e relações pouco saudáveis.

feridas emocionais da infância

O fato de ter sido vítima de uma traição durante a infância costuma fazer com que essa pessoa desenvolva uma personalidade controladora. Embora essas pessoas sejam conscientes de seus erros e problemas, elas não parecem ter a mínima intenção de mudar.

Para conseguir essa mudança é preciso trabalhar diferentes aspectos como:

  • A paciência.
  • A tolerância.
  • O saber viver.
  • A meditação.
  • Compreender e tolerar os erros.
  • Aprender a delegar as responsabilidades.

Medo da injustiça

O medo da injustiça costuma surgir se os pais forem frios ou autoritários. Com essas características, eles fazem com que o processo de criação e crescimento seja repleto de exigências e não permita nenhuma margem de erro. Dessa maneira, a pessoa se sente inutilizada e incompetente.


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