5 tipos de bullying na escola

Qualquer comportamento atípico de uma criança pode refletir problemas profundos que merecem atenção. O bullying na escola é um deles. Você terá que aguçar o seu instinto materno, já que algumas dessas práticas não deixam marcas na pele, mas sim na mente.
5 tipos de bullying na escola
María Alejandra Castro Arbeláez

Revisado e aprovado por a psicóloga María Alejandra Castro Arbeláez.

Escrito por Equipo Editorial

Última atualização: 12 maio, 2018

O bullying é um problema que infelizmente ocorre em muitas escolas ao redor do mundo. Nem todas as agressões que acontecem nessas situações são iguais: existem as físicas, as psicológicas e as de várias outras categorias. Em seguida, forneceremos detalhes sobre os diferentes tipos de bullying na escola.

Os 5 tipos de bullying na escola e como lidar com eles

1.Bullying físico

É um dos tipos de bullying na escola mais fáceis de se detectar, já que a criança pode apresentar lesões ou marcas na pele que mostram que ela vem sofrendo algum tipo de agressão. Isso inclui empurrões, socos e até espancamentos, feitos por um ou mais agressores contra a vítima.

Em alguns casos, a agressão física vai além; podendo até chegar ao roubo ou dano de bens materiais, simplesmente para fazer mal ao outro. É também frequente a agressão em público, o que causa danos psicológicos à criança que é vítima.

Para lidar com este tipo de agressão, é necessário procurar os adultos que sejam responsáveis pelo local onde o fato ocorre. Eles devem dialogar com os agressores para fazê-los entender que a violência física não é a solução para nenhum problema. Se o comportamento persistir, deverá haver punições.

2. Bullying psicológico

Esta é uma forma mais silenciosa de bullying. Ocorre tanto com meninos quanto com meninas, e o principal problema é que a vítima geralmente esconde esses sentimentos negativos que lhes são causados.

As piadas, as ridicularizações e as palavras ofensivas dirigidas a uma criança podem gerar traumas complexos e bastante significativos. Estes podem ser baseados em diferentes características da pessoa, como peso, altura, etnia ou mesmo religião ou condição socioeconômica.

Agressão psicológica

A ação dos mais velhos é fundamental para detectar esse tipo de bullying. As palavras podem machucar muito mais do que os socos; esse comportamento abusivo não deve ser permitido de modo algum.

3. Bullying virtual

O cyberbullying, ou bullying virtual, é um dos tipos mais recentes de bullying na escola. Consiste na agressão e violação da privacidade de uma pessoa através dos meios digitais, como as redes sociais ou serviços de mensagens instantâneas.

Esses meios permitem o assédio praticamente constante à vítima. Além disso, possibilitam a proliferação de boatos e a divulgação de material privado, que afeta seriamente a vida social do agredido.

Uma prática muito frequente – e igualmente cruel – é a criação de “rankings” ou listas. Neles, as crianças são classificadas de acordo com sua beleza, carisma ou qualquer outra qualidade. Isso, além de promover o preconceito e a valorização do outro pela sua aparência, pode ser aterrador para as crianças que não apareçam bem posicionadas nessas listas.

A educação é um aspecto fundamental para erradicar esse comportamento desde o início. A criança deve ser ensinada a usar a tecnologia com responsabilidade e sem ferir os outros.

Da mesma forma, um pouco de controle sobre o que elas fazem e consomem na web não é de todo ruim. De fato, um aplicativo foi lançado recentemente em todo o mundo para que os pais possam limitar os sites em que seus filhos navegam.

“A agressão física é um dos tipos de bullying na escola mais fáceis de se detectar, já que a criança pode ter lesões ou marcas na pele que mostram que ela vem sofrendo algum tipo de agressão”

4. Bullying social

Esse tipo de agressão está ligado às relações sociais. Nele, a vítima é frequentemente deixada de lado para todos os tipos de atividades e eventos. Ela pertence a um grupo, porém ninguém a observa nem a inclui.

Pode acontecer em grupos de amigos, em times de futebol, dança ou qualquer atividade. Também se apresenta em festas de aniversário. Pode até mesmo ser combinada com a agressão virtual, já que a publicação de fotos e vídeos em que esta criança esteja sendo excluída pode causar dor.

É necessário ficar alerta para possíveis mudanças de humor para detectá-lo. Além disso, a vítima geralmente se recusa a fazer atividades em grupo ou a contar o que fez com seus amigos na escola.

Para evitar que isso ocorra, é necessário ensinar as crianças a serem tolerantes. Elas devem respeitar as diferenças, ser solidárias e incentivar a inclusão, não importando como a outra pessoa se vista ou que aparência tenha.

É um dos valores fundamentais; mas não deve ser construído apenas na escola. Este ensinamento começa em casa e os pais são os responsáveis por exercê-lo.

5. Bullying sexual

Embora ocorra com maior frequência na adolescência, uma vez que neste momento a atração sexual se desperta de forma mais intensa, ela também pode ocorrer mais cedo. Se reflete em pequenos gestos; estes podem até ser insignificantes para aqueles que os cometem.

Fazer referência às partes íntimas do corpo de uma pessoa, à sua sexualidade ou até mesmo forçá-las a beijar alguém que não querem se incluem aqui. Também pode haver comentários obscenos ou a imposição de assistir material pornográfico que não seja do agrado da vítima.

É uma questão muito delicada; precisa de prevenção tanto pelos pais quanto pelos professores. A melhor ferramenta, nesse sentido, é a educação sexual eficiente e precoce.

É necessário fazer duas ressalvas. Primeiro, que esses comportamentos podem afetar as relações afetivas da vítima por um longo período de tempo; ela pode ter dificuldade para confiar nos outros. Por outro lado, comportar-se assim não classifica uma criança ou um jovem como agressor sexual pelo resto da vida; para ele, talvez seja apenas uma brincadeira da qual não entenda o verdadeiro alcance.

Agressão social

Conclusão

A infância e a vida escolar são lindas etapas que marcam para sempre o desenvolvimento de uma pessoa. É essencial que aqueles que passem por elas tenham a orientação e o controle dos mais velhos para entender o que é certo e o que é errado.

Em muitos casos, não é a maldade que move os agressores. Pode haver causas psicológicas profundas por trás do seu mau comportamento; se isso acontece, também são vítimas. Portanto, se torna essencial trabalhar todos os aspectos para prevenir todos os tipos de bullying na escola.


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