Acetona nas crianças: causas e tratamento
Nas crianças, um nível muito baixo de glicose no sangue faz com que o corpo queime gordura como um meio alternativo de energia. Consequentemente, isso produz uma substância chamada acetona. Você sabe quais são seus sintomas e tratamento?
Causas da acetona nas crianças
A acetona pode ocorrer tanto em crianças saudáveis quanto naquelas que apresentam certo mal-estar, de modo que suas causas dependem do estado de saúde da criança.
Em crianças saudáveis
- Jejum por muitas horas. Não tomar café da manhã a tempo ou atrasar a hora das refeições faz com que os açúcares no corpo diminuam.
- Ingestão desordenada de alimentos. Por exemplo, se tiver consumido muita gordura ou proteína animal além da necessária e não tiver consumido açúcar.
Em crianças com certo mal-estar ou doentes
- Muita febre. Quando há uma febre prolongada, o corpo é submetido a um grande esforço.
- Vômitos. Se vomitou várias vezes, eliminando o excesso de açúcares.
- Faringite. Por causa do desconforto que causa, impede que a criança coma ou faz com que o apetite diminua, causando, assim, o jejum prolongado.
- Diabetes infantil. Uma diminuição da glicose no sangue pode ocorrer devido a atrasos habituais na hora das refeições ou a um aumento da glicose no sangue quando se trata do diabetes tipo 1, devido à falta de insulina no corpo da criança.
Sintomas da acetona nas crianças
- Hálito com cheiro de maçã madura. A acetona é descartada pela respiração em contato com o ar, causando um cheiro ácido no hálito da criança, como o da maçã madura.
- Urina com um cheiro muito forte. Além disso, ao ser descartada pela urina, produz um cheiro forte.
- Sonolência, falta de apetite, náusea, palidez, vômito. Devido à hipoglicemia (nível muito baixo de glicose no sangue), tanto em crianças saudáveis quanto em diabéticas.
- Boca pegajosa, língua branca e seca, distúrbios digestivos, irritabilidade. Devido à hiperglicemia (nível de glicose muito alto no sangue), exclusivamente no caso de crianças diabéticas, principalmente do tipo 1 (dependentes de insulina), devido à falta de insulina ou à aplicação de uma dose menor do que a necessária.
Tratamento da acetona nas crianças
Diante do aparecimento dos sintomas acima mencionados, é essencial consultar um especialista para determinar o tratamento adequado. Ainda assim, em geral, estas são algumas das indicações:
- Alimentação. Para crianças saudáveis, evite alimentos gordurosos com frequência e tente fazer sucos de frutas. Para crianças diabéticas com hiperglicemia, ofereça líquidos sem açúcar e evite carboidratos. Se houver hipoglicemia, administre líquidos com açúcar.
O suco de frutas é altamente recomendado quando o nível de glicose no sangue está baixo, devido ao seu alto teor de açúcar.
- Insulina. No caso das crianças com diabetes tipo 1 (dependentes de insulina), tente aplicar a dose correspondente.
- Descanso. Tanto para as crianças saudáveis quanto para as diabéticas, evite a prática de exercício enquanto a acetona estiver presente no corpo da criança.
- Nesse caso, o corpo seria forçado a extrair energia da gordura – porque não há reservas de glicose – e isso vai aumentar a quantidade de acetona.
- Exames. No caso das crianças saudáveis, meça os corpos cetônicos com o teste através da urina. No caso das diabéticas não é só a acetona que deve ser medida, mas também a glicose no sangue através do glicosímetro.
Algumas recomendações
A acetona não é uma doença, mas é recomendável que os pais saibam se ela está ou não presente no organismos dos seus filhos.
De fato, o aparecimento da acetona no corpo de uma criança não é grave se isso for resolvido a tempo. Mas em grandes quantidades e por um tempo prolongado pode, sim, ser grave.
Isso ocorre pois pode causar sintomas que ameacem a saúde de uma criança saudável e, caso ela sofra de alguma doença, que prejudique o seu controle e tratamento.
É essencial que o pediatra seja imediatamente informado sobre o surgimento de qualquer um dos sintomas. Somente assim poderá analisar o estado de saúde da criança. Dessa forma, o profissional vai indicar o tratamento adequado para que essa patologia não se torne prejudicial no futuro.
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