Como ajudar a superar os medos infantis

Medos, temores, ansiedade, fobias e muitas outras sensações. São emoções normais na infância, desde que estejam em conformidade com certos parâmetros e dentro de alguns limites. No entanto, é possível que esses medos vivenciados pela criança possam se tornar um problema psicológico real. Nesse caso, a criança vai precisar de ajuda profissional.
Como ajudar a superar os medos infantis
María Alejandra Castro Arbeláez

Revisado e aprovado por a psicóloga María Alejandra Castro Arbeláez.

Escrito por Equipo Editorial

Última atualização: 28 janeiro, 2021

Os medos infantis são relativamente normais até uma certa idade. Em maior ou menor medida, grande parte das crianças passa por isso. No entanto, não é a mesma coisa que uma fobia ou um transtorno de ansiedade. Mas como podemos ajudar as crianças a superar os medos infantis?

A importância de entender o medo infantil

Nos diferentes estágios do desenvolvimento das crianças, é comum que elas sintam medos que são próprios do seu crescimento e de uma etapa evolutiva específica. Quando a criança tem medo do escuro, de estranhos ou de ficar sozinha, o que chamamos de ‘medos evolutivos’ podem estar se formando.

O medo é uma reação natural dos seres vivos e tem como objetivo evitar situações de perigo, tanto imediatas quanto potenciais, que coloquem a sua sobrevivência em risco. Nas crianças, os medos são comuns na maioria dos casos. Eles geralmente são temporários e variam de intensidade dependendo do estágio do desenvolvimento.

O medo infantil de acordo com a idade

O medo infantil varia de acordo com a idade da criança. Durante os dois primeiros anos, os medos se devem a ruídos altos, pessoas que não conhecem e separação dos pais.

Ao atingir a fase pré-escolar, esses medos se tornam mais evidentes porque a criança começa a desenvolver a sua imaginação e seus medos ficam mais abstratos. Por exemplo, elas têm medo de fantasmas, monstros, bruxas, etc.

Na fase escolar, entre os 7 e os 11 anos, os medos começam a se relacionar com a realidade. Geralmente, estão relacionados a sofrer lesões físicas, doenças ou ir ao médico. Por exemplo, a criança pode ter medo do divórcio dos pais ou de não se adaptar socialmente.

Na pré-adolescência, os medos mencionados anteriormente começam a ficar cada vez menores. Nessa etapa, os assuntos relacionados ao ambiente escolar têm uma grande importância: é o caso de não ser aceito pelos colegas, a reprovação dos adultos e o fracasso nas notas e no desempenho na escola.

Quando o medo infantil se transforma em fobia

Quando o medo infantil se transforma em fobia

O medo infantil não é a mesma coisa que uma fobia. Por isso, os pais devem estar atentos. Se houver sintomas de que a criança tenha fobias, é necessário procurar auxílio rapidamente.

A fobia é um medo constante, excessivo e irracional que a criança tem diante de uma situação ou objeto específico. Ao contrário do medo, que procura nos proteger em situações de risco, a fobia se refere a um medo irracional de um perigo que não pode ser controlado pela criança. Esse medo a limita e paralisa.

Entretanto, pode ser muito difícil distinguir o medo de uma fobia. Normalmente, as fobias se manifestam pela emoção que surge da ansiedade gerada ao enfrentar determinadas situações ou objetos específicos.

É necessário ter em mente que existem três tipos de fobias, dependendo do estímulo que as desencadeie:

  • Generalizada: o medo e a ansiedade excessiva são experimentados em situações de diferentes tipos.
  • Específica: refere-se ao medo diante de situações relacionadas a animais ou insetos, ou relacionadas ao ambiente natural, tais como fenômenos climáticos, ou o medo de qualquer intervenção médica.
  • Social: as situações sociais geram ansiedade ou, então, a criança sente um grande desconforto. Por exemplo, ao estar com muitas pessoas, ao interagir com estranhos, etc.

“Nas crianças, os medos são comuns na maioria dos casos. Eles geralmente são temporários e variam de intensidade dependendo do estágio do desenvolvimento”

Como ajudar a superar os medos infantis?

O fato de não acompanhar o filho e ajudá-lo a superar os seus medos durante o desenvolvimento infantil pode gerar consequências na vida adulta. O resultado será o aumento da probabilidade de que ele sofra de ansiedade generalizada diante de vários desafios ou situações.

Para ter mais segurança, é sempre melhor abordar o problema com um profissional. Afinal, ele vai recomendar o tratamento adequado para aliviar os medos da criança.

Como ajudar a superar os medos infantis

Na esfera doméstica, para ajudar a criança com os seus medos, é necessário ter muito claras as seguintes diretrizes:

  • Identificar quais situações ou objetos causam medo.
  • Comunicar-se ativamente, ouvindo e buscando contenção.
  • Transmitir segurança e confiança à criança, principalmente para que ela supere os medos ou as situações que lhe causam frustração.
  • Ensinar métodos para controlar a ansiedade ou oferecer alguma ferramenta para lidar com uma situação. Por exemplo, dar um objeto especial que ela se sinta segura no caso de ter medo do escuro durante a noite.
  • Dar o exemplo e fornecer à criança uma perspectiva positiva dos problemas, principalmente ensinando a encontrar possíveis soluções e a enxergar os medos como algo que faz parte da vida.

Em suma, ajudar a superar os medos infantis é possível e extremamente benéfico. No entanto, sua presença não deve ser um motivo de preocupação para os pais, desde que eles não se tornem transtornos maiores.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.



Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.