Como a fumaça do cigarro afeta as crianças?
Até pouco tempo atrás, os fumantes eram considerados pessoas interessantes, refinadas ou sexys. No entanto, não se conheciam os efeitos da fumaça do cigarro ou mesmo do tabagismo passivo.
A tolerância ao cigarro se justificava pela falta de informação sobre seus efeitos prejudiciais para a saúde.
Com o passar dos anos, os avanços nas pesquisas científicas mostraram que o hábito de fumar causa danos irreparáveis ao organismo.
Entre as doenças mais comuns e menos graves estão a halitose ou o mau hálito, o aumento da probabilidade de ter cáries e a deterioração da pele facial.
Como problemas mais sérios, ou mesmo letais, se encontram a disfunção erétil, problemas de reprodução, diferentes tipos de câncer, doenças do sistema circulatório e doenças no aparelho digestivo.
As crianças: os principais fumantes passivos
Os regulamentos contra o cigarro reduziram o consumo involuntário de nicotina por fumantes passivos adultos.
Um estudo da Universidade de Granada, na Espanha, afirma que essa redução atingiu até 90%. No entanto, este mesmo estudo indica que as crianças passaram a ser o principal foco de fumantes passivos.
Os pesquisadores do Instituto de Pesquisas Bio-sanitárias realizaram este estudo cujo resultado mostrou que mais de 50% das crianças estudadas eram fumantes passivos.
O estudo também concluiu que são vários os fatores que influenciam na exposição das crianças à fumaça do cigarro. É possível citar, por exemplo, o nível de educação ou o nível socioeconômico dos pais.
A saúde das crianças fumantes passivas
Quando um dos pais ou outro membro da família fuma, as crianças também ficam expostas à fumaça do cigarro.
Ou seja, as crianças ficam suscetíveis a inalar a fumaça produzida a partir da exalação do fumante ou a fumaça gerada quando o cigarro queima. Além disso, os efeitos prejudiciais do cigarro já afetam o feto desde o momento da gravidez.
A fumaça contém múltiplas substâncias tóxicas que são prejudiciais à saúde. Tais substâncias não desaparecem mesmo que o cigarro tenha sido apagado.
Essas substâncias permanecem por um tempo em diferentes superfícies da casa, como brinquedos, móveis e paredes.
Quais são as consequências da fumaça do cigarro para as crianças?
Morte súbita
A fumaça do cigarro aumenta o risco da síndrome de morte súbita infantil. Esta é uma das principais causas de morte em crianças menores de 1 ano.
A hipótese mais frequente nas pesquisas médicas é que impede o amadurecimento do sistema nervoso central. Portanto, não há atividade cardiológica e respiratória normal.
Doenças respiratórias
As crianças que são fumantes passivas podem desenvolver tosse crônica, bronquite e pneumonia. Em um ambiente de fumantes, as chances de desenvolver essas doenças aumentam entre 50 e 100%.
Além disso, outro risco comum é o aparecimento de asma e diferentes tipos de alergia.
Otite
A exposição à fumaça do cigarro pode produzir infecções de ouvido. Isto porque os ouvidos estão ligados ao sistema respiratório.
Câncer
A exposição às 40 substâncias cancerígenas liberadas pelo cigarro aumenta as probabilidades de desenvolver diferentes tipos de câncer na idade adulta.
Essas probabilidades aumentam à medida que os anos de exposição ao cigarro passam. Além disso, também é preciso considerar o número de fumantes com os quais se tem tem contato em casa.
Doenças cardiovasculares
Os sintomas das doenças no sistema circulatório costumam aparecer na idade adulta.
No entanto, as alterações anatômicas que as produzem se originam durante a infância. A fumaça do cigarro influencia no aparecimento de tais alterações.
Portanto, a recomendação principal para preservar a saúde das crianças é que os pais façam o possível para abandonar a dependência do cigarro.
Caso não seja possível, é aconselhável evitar a todo custo o contato das crianças com as substâncias tóxicas associadas ao cigarro.