Como lidar com a dor de barriga das crianças
Quase todas as crianças passam por episódios de dor de barriga em algum momento. Na maioria das vezes, não é causada por um problema grave. Assim, na maioria dos casos, você pode resolver em casa esse problema.
Causas da dor de barriga das crianças
A dor abdominal forte por vezes pode vir de condições leves, como gases, cólica ou gastroenterite viral epidêmica, de acordo com a Sociedade Espanhola de Pediatria.
Como esses episódios são relativamente comuns, é melhor conhecer as maneiras como elas podem descrever esse tipo de dor.
Por exemplo, há um tipo de dor que é generalizado em mais da metade do abdômen. Nesse caso, pode ser causada por um vírus do estômago, indigestão ou gases.
A dor similar a uma cãibra, normalmente, não é grave. E é mais provável que ocorra devido a gases e inchaço. Muitas vezes, ela é seguida por diarreia.
Assim, os sinais mais preocupantes são: quando a dor ocorre frequentemente, dura muito tempo (mais de 24 horas) ou aparece acompanhada de febre.
As cólicas, no entanto, são uma dor que vem em ondas. Geralmente, começam e param de repente e, muitas vezes, são intensas.
Entretanto, bebês e crianças pequenas não conseguem descrever a dor que sentem. Portanto, alguns sinais de dor de barriga podem ser:
- O aumento da irritabilidade
- Levantar as pernas na direção da barriga
- Alimentação deficiente
Muitas condições podem causar dor abdominal em uma criança. O segredo, portanto, é saber quando procurar atendimento médico.
Em muitos casos, você pode simplesmente esperar, usar remédios caseiros, e, posteriormente, procurar o médico se os sintomas não desaparecem.
Um remédio caseiro inofensivo é o chá de orégano ou camomila, em se tratando de crianças mais velhas.
Nos bebês, o choro prolongado e inexplicável pode ser causado por dor abdominal. Essa dor pode desaparecer com a eliminação de gases ou fezes.
A cólica, muitas vezes, fica pior à noite. Nesses casos, balançar a criança no colo pode trazer algum alívio.
As causas menos graves de dor de barriga das crianças:
- Prisão de ventre na síndrome do intestino irritável
- Alergias ou intolerância alimentar
- Azia estomacal ou refluxo ácido
- Gastroenterite viral epidêmica ou intoxicação alimentar (salmonela, shigella)
- Faringite estreptocócica e a mononumoncleose.
Outras possíveis causas são derivadas de:
- Apendicite (inflamação do apêndice)
- Oclusão ou obstrução intestinal
- Doença inflamatória do intestino (doença de Crohn ou colite ulcerativa)
- Intussuscepção causada por uma parte do intestino que entra em si mesmo
- Infecções do trato urinário
Como cuidar de uma dor de barriga em casa
Quando a dor mais leve começar, peça ao seu filho para se deitar em silêncio para ver se a dor desaparece. Às vezes, tomar bastante água pode ajudar. Você também pode pedir ao seu filho para tentar defecar.
Evite alimentos sólidos durante as primeiras horas. Em seguida, tentar alimentá-lo com pequenas quantidades de alimentos macios, como arroz ou maçã.
Além disso, evite ao máximo o consumo de cafeína, refrigerantes, cítricos, laticínios, frituras ou alimentos gordurosos.
Não dê aspirina, ibuprofeno, paracetamol (Tylenol) ou medicamentos similares sem antes conversar com o pediatra.
Ademais, para evitar muitos tipos de dor abdominal:
- Evite alimentos gordurosos
- Faça com que a criança beba bastante água todos os dias.
- Incentive-a a comer pequenas refeições mais frequentemente.
- Encoraje-a a se exercitar regularmente.
- Reduza alimentos que causam gases.
- Certifique-se de que as refeições sejam bem equilibradas e ricas em fibras.
- Incentive o consumo abundante de frutas e legumes.
Dores de longa duração
Há uma doença chamada dor abdominal de longo prazo. Em crianças, é um motivo frequente de consulta nos cuidados primários e hospitalares, sendo responsável por 24% das consultas pediátricas.
De acordo com a Associação Espanhola de Pediatria, entre 13 e 17% das crianças em idade escolar sentem dor abdominal semanalmente. Portanto, essa condição, geralmente, ocorre entre os 5 e 12 anos.
Para diagnosticá-la,é preciso estabelecer a existência de uma reatividade intestinal anormal a estímulos diferentes: fisiológicos (alimentos, distensão de alças intestinais, alterações hormonais), nociceptivas (inflamatória) ou estressores psicológicos (separação dos pais, e ansiedade).
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