Como motivar as crianças em sala de aula?

Uma das chaves para se tornar um bom educador é saber como despertar o interesse das crianças para o aprendizado. Como isso nem sempre é uma tarefa fácil, é muito útil contar com alguns conselhos para conseguir.
Como motivar as crianças em sala de aula?
María Alejandra Castro Arbeláez

Revisado e aprovado por a psicóloga María Alejandra Castro Arbeláez.

Escrito por Equipo Editorial

Última atualização: 16 outubro, 2018

A infância é, para muitas crianças, uma época em que é difícil encontrar um sentido na obrigação de cumprir os deveres escolares.

Nesses casos, é importante que pais e professores unam esforços para gerar entusiasmo nas crianças. Nesse sentido, alguns conselhos para motivar as crianças em sala de aula podem ser úteis.

Um dos segredos para capturar o interesse de qualquer pessoa em relação a uma atividade é torná-la atraente.

Isto é, apresentá-la não como uma obrigação. Mas, sim, como uma oportunidade de fazer algo de que se goste e que, acima de tudo, será útil no futuro.

Como muitas vezes é difícil motivar as crianças em sala de aula, acreditamos que é prudente ter consciência de certos assuntos a serem considerados.

A seguir, vamos nos aprofundar em alguns deles.

Recomendações para motivar as crianças na aula

1. Desperte a motivação intrínseca a elas

É um aspecto fundamental, já que não há motivação mais forte do que aquela que nasce da própria mente.

Isso pode parecer um lugar-comum. Mas, na verdade, a questão que propomos aqui é como chegar a esse resultado.

Uma medida muito eficaz pela qual você pode começar é apresentar os conteúdos de uma maneira diferente da tradicional.

Ou seja, através de filmes, jogos ou atividades ao ar livre que coloquem o aluno em contato com outros materiais.

Muitas vezes, fazer uma experiência na escola ou visitar um museu é mais eficaz do que ler sobre esses mesmos tópicos em um livro.

Além disso, as versões audiovisuais de obras clássicas podem capturar o interesse das crianças.

motivar as crianças

2. Proporcione um bom ambiente

Esta é outra das bases sobre as quais a aprendizagem saudável é construída.

Os professores que recorrem constantemente a gritos e castigos não causam mais do que rejeição em seus alunos.

Pelo contrário, aqueles que mantêm uma atitude aberta e tratamento amigável, se colocando lado a lado com as crianças — mas sempre mantendo a autoridade, é claro— são aqueles que alcançam os melhores resultados.

Eles devem ser facilitadores da educação e precisam apoiar as crianças neste período complexo de amadurecimento constante.

3. Estabeleça metas e reconheça suas conquistas

Sem recorrer à competição entre os colegas, é positivo propor metas quando se trabalha em grupos.

Naturalmente, a conquista deve ser seguida de elogios, agradecimentos e – por que não? – uma recompensa para premiar seu esforço e comprometimento.

Por exemplo, ao propor uma exposição coletiva para a semana seguinte, ofereça um ponto extra para aqueles que adicionarem dados novos que não constavam no enunciado.

Dessa forma, as crianças serão motivadas a pesquisar por conta própria e ser criativas.

Uma medida muito eficaz para motivar as crianças é apresentar os conteúdos de uma maneira diferente da tradicional”

4. A participação, outra chave

Na modernidade, a relação entre alunos e professores requer variar o sistema de verticalidade em certas ocasiões.

É fato que se sentir parte do processo educativo e ser mais do que meros receptores da informação gera um comprometimento e uma dedicação muito mais fortes nas crianças.

Para explicar essa ideia com um caso específico, digamos o seguinte: ao explicar o sistema de governo da cidade, podemos propor que as crianças pensem sobre um problema a ser resolvido na comunidade.

Em seguida, avaliamos: quais ferramentas vocês têm para chegar às autoridades? Uma vez lá, qual processo deve ser seguido para que se torne uma lei?

Posteriormente, você pode expandir a questão para os governos estaduais e nacionais e até compará-la com o que aconteceu antes ou que acontece em outros países, por exemplo.

Como você vê, ‘trazer’ o conteúdo para a realidade pode ser extremamente produtivo.

motivar as crianças

5. Nem tudo se resume à avaliação

Um erro de muitos educadores é dar um papel central às avaliações.

Embora sejam um instrumento necessário e valioso, devemos também considerar que elas geram muito estresse, ansiedade e até mesmo medo em certas crianças.

De fato, as crianças que tendem a se sair bem na escola podem ter uma queda em seu desempenho nestes momentos.

Portanto, é melhor apresentá-las como apenas mais uma atividade. Novamente: isso não significa desmerecê-las ou evitá-las diretamente.

Devemos, simplesmente, tentar fazer com que sejam um simples instrumento de avaliação que não determinará radicalmente o ‘sucesso’ ou o ‘fracasso’ do ano letivo de uma criança.

Por fim, a última recomendação rápida tem a ver com as novas mídias. Porque, na era da tecnologia, devemos nos apoiar nela, em vez de a proibi-la totalmente.

Uma boa atividade, nesse sentido, é a recomendação de jogos e aplicativos que oferecem às crianças a oportunidade de aprender sobre determinados temas, como as operações matemáticas ou fatos históricos.

As ferramentas para motivar as crianças em sala de aula estão ao nosso alcance. Só temos que saber como tirar proveito delas.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


  • Thorne, K. (2008). Motivación y creatividad en clase (Vol. 246). Grao.
  • Raffini, J. P. (2008). 150 Formas de incrementar la motivación en clase. Editorial Pax México.
  • Tapia, J. A. (2005). Motivación para el aprendizaje: la perspectiva de los alumnos. La orientación escolar en centros educativos, 209-242.
  • Urdan, T., & Schoenfelder, E. (2006). Classroom effects on student motivation: Goal structures, social relationships, and competence beliefs. Journal of school psychology, 44(5), 331-349. https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0022440506000380

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.