A comunicação com os adolescentes: uma missão difícil?
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, os adolescentes (com idades entre 10 e 19 anos) representam, aproximadamente, um sexto da população mundial (1,2 bilhão de pessoas).
A maioria dos jovens tem uma boa saúde, mas a mortalidade prematura e as lesões entre os adolescentes permanecem sendo consideráveis. Por isso, desenvolver estratégias inovadoras que abordem a questão da comunicação com os adolescentes se torna um elo fundamental.
A comunicação com os adolescentes
A comunicação com os adolescentes, embora seja uma tarefa que a priori possa parecer difícil, nem sempre é assim. Porém, ela representa um grande desafio.
Promover comportamentos saudáveis durante a adolescência e adotar medidas para proteger melhor os jovens contra os riscos à saúde é essencial para a prevenção de problemas de saúde na idade adulta.
Isso também é fundamental para a saúde futura dos países e para a sua capacidade de se desenvolver e prosperar. A adolescência é uma das fases mais rápidas do desenvolvimento humano, de acordo com dados de pesquisas da Organização Mundial da Saúde.
“A maturidade biológica precede a maturidade psicossocial. Isso tem implicações nas respostas oferecidas pelas políticas de saúde durante a adolescência.”
-Organização Mundial da Saúde-
Os adolescentes mais jovens podem ser particularmente vulneráveis enquanto as suas habilidades ainda estão se desenvolvendo e eles estão começando a ir além dos limites das suas famílias. As mudanças da adolescência têm consequências para a saúde não apenas durante essa fase, mas também ao longo da vida.
Alguns avanços e novos desafios
Apesar dos avanços em relação à saúde dos adolescentes, ainda existem muitos desafios que exigem a implementação de uma série de propostas inovadoras para que resultados satisfatórios sejam alcançados. A comunicação com os adolescentes representa uma ferramenta importante que não deve ser deixada de lado.
O que já sabemos?
Por um lado, já sabemos que essa comunicação não surge do nada e possui uma história e uma trajetória, além de certos padrões importantes a serem revistos. Por outro lado, a comunicação com os adolescentes não se refere a qualquer tipo de relação, mas sim a uma que é mediada pelo afeto.
Algumas características dos adolescentes
Para nos comunicarmos melhor, é muito importante não perder de vista o fato de que os adolescentes são nossos filhos, sobrinhos, netos, afilhados e, portanto, é uma relação com uma grande carga de sensibilidade.
Essa é, por sua vez, uma fase em que há uma preocupação com o aqui e agora em vez do futuro próximo e do distante.
Ao mesmo tempo, é necessário que haja um confronto saudável, bem como a continuidade no estabelecimento de limites que, nessa fase da vida, traz algumas particularidades. Por outro lado, combina-se o desejo de explorar e ao mesmo tempo de experimentar, desejar, procurar e decidir, entre outros.
Fatores que favorecem a boa comunicação com os adolescentes
- Usar palavras e gestos adequados.
- Defender bem os próprios pontos de vista, mas sem raiva ou descontentamento.
- Levar em consideração os argumentos e os interesses do outro, principalmente no caso dos nossos filhos.
- Encontrar soluções de compromisso e cuidado razoáveis para ambas as partes.
É essencial não apenas conhecer a arte de ouvir, mas também colocá-la em prática.
Dicas para saber se você ouve os adolescentes ou não
- Preste total a atenção à pessoa que está falando e dê sinais claros disso: olhe nos olhos com frequência, acenando por meio de gestos e expressões verbais.
- Repita os pontos-chave do que a pessoa estiver dizendo e que pareçam ser importantes para ela, para que ela perceba que você está entendendo.
- Não interrompa, exceto para mostrar atenção e para pedir esclarecimentos se você não entender alguma coisa.
Se você atendeu a algumas dessas condições, provavelmente está ouvindo e prestando atenção ao que eles dizem, dois pontos de partida essenciais para uma boa comunicação, ainda mais durante a fase da adolescência.
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- Organización Mundial de la Salud. (2014).
- Luis Feduchi Benlliure. (2011). “El adolescente ante su futuro” Temas de Psicoanálisis, 2011.