Coqueluche, qual é o risco para meu bebê?

Saiba tudo o que você precisa saber sobre a coqueluche neste artigo!
Coqueluche, qual é o risco para meu bebê?

Última atualização: 16 julho, 2018

Coqueluche, também conhecida como pertússis ou tosse convulsa, é uma grave doença causada pela infecção bacteriana do sistema respiratório e caracterizada por fortes acessos de tosse com um som agudo que é emitido no momento de inspirar.

Esta doença respiratória contagiosa afeta principalmente crianças com menos de 6 meses de idade que não tenham sido devidamente vacinadas. Apesar disso, também pode afetar crianças entre 11 e 18 anos cuja imunidade concedida por estas vacinas tenha diminuído.

Embora na atualidade as vacinas contra coqueluche tenham reduzido consideravelmente o número de mortos, atualmente muitos bebês e crianças morrem porque não são tratados a tempo, já que essa condição faz com que as crianças parem de respirar.

Neste artigo, vamos falar sobre como você pode proteger o seu filho para evitar que ele contraia coqueluche e quais são as vias de contágio. Leia com atenção e comece a se lembrar: você e seu filho se vacinaram para prevenir essa doença?

Vias de contágio da coqueluche

As pessoas com coqueluche geralmente transmitem a doença ao tossir ou espirrar perto de outras pessoas, que inalam as bactérias que causam a doença. Por isso, muitos bebês adquirem a infecção de seus pais, irmãos ou pessoas com quem tem contato, os quais podem até mesmo desconhecer seu próprio estado de saúde.

Uma vez contraída esta infecção, os pulmões e as vias respiratórias do paciente começam a inflamar, infectando também a traqueia. Isso causa uma tosse persistente e muito forte.

coqueluche

Sinais e sintomas da coqueluche

Os sintomas iniciais que a coqueluche manifesta são exatamente os mesmos ou semelhantes aos que ocorrem em casos de resfriados comuns, tais como:

  • Corrimento nasal
  • Espirros
  • Tosse leve
  • Febre baixa

Dentro de duas semanas a tosse seca e irritante se transforma em ataques de tosse com mais de um minuto de duração, muito difíceis de controlar. Vale ressaltar que durante esses ataques intensos de tosse a criança pode ficar vermelha ou roxa. Após a tosse, ela pode emitir ruídos ao respirar ou até mesmo vomitar.

No entanto, enquanto muitos bebês e crianças desenvolvem o sintoma, não necessariamente todos eles os apresentam já que alguns pequenos não tossem nem emitem sons. Mas podem dar a impressão de que lhes falta ar para respirar, podem ficar roxos e até mesmo parar de respirar por alguns segundos.

Também é possível que os menores contraiam pneumonia (infecção pulmonar) e tenham certa dificuldade para respirar. Como é presumível, metade dos bebês com coqueluche são hospitalizados.

Um dado importante para levar em conta é que durante os episódios de tosse, os lábios e as unhas dos bebês tendem a ficar azulados devido à falta de oxigênio. Além disso, pode ser que a criança expulse ou vomite muco espesso.

Riscos particulares em recém-nascidos

A tosse convulsa representa um verdadeiro risco para qualquer bebê com menos de um ano porque eles são propensos a sofrer complicações como: pneumonia, convulsões, lesões cerebrais e inclusive a morte. Por isso mesmo os especialistas recomendam levar o bebê para a emergência imediatamente.

Assim, os especialistas em pediatria previnem os pais e sugerem ir para a enfermaria do hospital caso o bebê mostre dificuldades em respirar, apresente vômitos persistentes, convulsões ou sintomas de desidratação.

Como prevenir a coqueluche?

É possível impedir a coqueluche administrando oportunamente a vacina DTPa (difteria, tétano e tosse convulsa acelular), aplicada em cinco doses antes dos seis anos de idade. A Academia Americana de Pediatria também recomenda, para proteção adicional, que crianças entre 11 e 18 anos recebam um reforço.

Além disso, essa vacina pode ser administrada em adultos que não tenham sido vacinados na infância ou adolescência, especialmente no caso de conviver com crianças, uma vez que estas podem desenvolver complicações da coqueluche que põem em perigo suas vidas.

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Hora de procurar o pediatra

Se você suspeitar que o bebê contraiu coqueluche ou se ele esteve em contato com alguma pessoa que padece da doença, mesmo que tenha recebido previamente todas as vacinas programadas contra essa doença, é conveniente consultar um pediatra. Principalmente, se a criança tiver ataques de tosse prolongada.

O sinal de alarme é intensificado se esses ataques estão acompanhados de sinais que devem ser considerados com especial atenção:

  • A pele, os lábios ou as unhas do bebê ficam avermelhados, roxos ou azulados.
  • Vomita com frequência, podendo até vomitar muco espesso.
  • Manifesta um som agudo ao inspirar depois de tossir.
  • Apresenta dificuldades para respirar ou tem breves episódios em que para de respirar (apneias).

Contudo, caso seu filho já tenha recebido atendimento médico, já tenha sido diagnosticado com coqueluche e esteja recebendo tratamento em casa, não hesite em procurar ajuda médica imediatamente se ele começar a convulsionar, tiver dificuldades para respirar ou se apresentar sinais de desidratação.


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