Cuidados paliativos para crianças
Os cuidados paliativos para crianças são um conjunto de ações que buscam aliviar o mal-estar e fazer com que no dia a dia tenham a maior qualidade de vida possível.
A ideia é suprir tanto as necessidades físicas quanto as emocionais, já que as crianças se encontram em uma situação difícil na qual precisam de muito apoio e afeto.
Quando a vida está muito corrida, é necessário estar bem informados a respeito das diferentes etapas, necessidades, situações e modos de agir. Por esta razão é sumamente importante manter uma terapia psicológica apropriada. Ela ajudará tanto o paciente quanto as pessoas próximas.
“Os cuidados paliativos são oferecidos aos pacientes que têm um prognóstico de vida pouco favorável ou cuja resposta aos tratamentos é limitada ou nula.”
Características dos cuidados paliativos
Os pilares básicos dos cuidados paliativos são: o controle dos sintomas, comunicação eficaz, apoio psicoemocional e atenção à família.
- Afeto.
- Respeito.
- Empatia.
- Solidariedade.
- Atenção contínua.
- Flexibilidade e adaptabilidade.
- Supervisão médica constante.
De acordo com estas características, os cuidados paliativos para crianças estão voltados a oferecer um conjunto de cuidados personalizados com a finalidade de garantir o bem-estar, na medida do possível.
O mais importante no âmbito emocional é fazer com que a criança se sinta amada e valorizada. Por outro lado, é importante que a criança perceba que a sua família está unida.
“Os cuidados paliativos fazem parte do ramo mais sensível e humano da medicina, já que consiste em aliviar, prevenir e oferecer qualidade de vida aos pacientes.”
Princípios dos cuidados paliativos
- Fornecer alívio à dor e outros sintomas.
- Dar apoio à família para que enfrente a doença.
- Amar a vida e aceitar a morte como um processo natural.
- Conseguir que o paciente se integre em aspectos psicossociais e espirituais.
- Deixar que a morte aconteça quando tiver que acontecer, e por isso não se deve adiantá-la ou atrasá-la.
- Alguns centros contam com um sistema de ajuda para que a criança possa viver ativamente o máximo possível.
Como a ajuda a crianças e familiares é oferecida?
Para que os cuidados paliativos tenham sucesso, os profissionais se encarregam de criar uma linha de comunicação aberta com o paciente e seus familiares.
Deve primar por um ambiente de respeito, consideração, confiança e cordialidade. Também deve existir um claro entendimento dos objetivos propostos, o estado real da doença e os desejos de todas as partes, principalmente do paciente.
“Os cuidados são aplicados de acordo com a idade da criança e suas circunstâncias.”
Cuidados específicos, por etapas de assimilação
Crianças com menos de 18 meses, como não têm a capacidade de compreender a doença, a enfrentam como dor física e angústia. Nestes casos, o profissional centra-se em controlar os sintomas e fazer com que a mãe e familiares se encontrem presentes de maneira contínua.
Entre as idades de 18 meses e 5 anos, as crianças desenvolvem compreensão sobre a temporalidade recente, mas não sobre o futuro, por isso entendem a morte como sair, pegar no sono com a possibilidade de voltar ou acordar.
Aos 5 anos de idade, as crianças já são afetadas enormemente pelo isolamento, não só de seus familiares, mas também de amigos e de seus lugares favoritos. Isto as faz se sentir inseguras e começam a ver a doença como uma inimiga que lhes faz mal o tempo todo.
A partir dos 10 anos até a adolescência são mais conscientes da irreversibilidade da morte. Vivem a doença com raiva pelo isolamento e limitação pessoal que lhe provocou.
Os cuidados paliativos pediátricos se adaptam tanto às intervenções cirúrgicas quanto aos possíveis tratamentos e às mudanças que as crianças enfrentam, em suas diferentes etapas.
Deve-se ter muito tato, mas isso não significa que devamos dissimular ou negar a realidade. O entendimento é fundamental para facilitar a aceitação das diferentes etapas.
Os familiares têm uma tarefa um tanto difícil: fazer com que as crianças que recebem cuidados paliativos entendam a morte da forma mais humana e digna possível.
Neste sentido, os médicos e psicólogos vão nos oferecer todas as ferramentas de que vamos precisar ao longo do caminho. Além disso, também devem oferecer aos familiares todo o apoio durante o luto e um acompanhamento depois do falecimento da criança.
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