6 chaves do método Montessori para tratar o ciúme entre irmãos

O ciúme entre irmãos dá muitas dores de cabeça aos pais. Portanto, essas dicas propostas pelo método Montessori podem ajudar você a melhorar a situação.
6 chaves do método Montessori para tratar o ciúme entre irmãos
Mara Amor López

Revisado e aprovado por a psicóloga Mara Amor López.

Escrito por Mara Amor López

Última atualização: 11 outubro, 2022

Maria Montessori foi médica, educadora, pesquisadora, educadora e psicóloga no início do século XX e se tornou uma das grandes influências na criação dos pequenos. Há muitas coisas que aprendemos com ela e uma delas é saber lidar com o ciúme entre irmãos.

Poder intervir e melhorar o relacionamento entre irmãos pode ser um grande alívio na vida familiar. Por esta razão, aqui vamos contar como administrar o ciúme e a inveja entre irmãos de acordo com o método Montessori, independentemente da idade de seus filhos. Não perca!

Por que ocorre o ciúme entre irmãos?

O ciúme geralmente aparece antes da chegada de um irmão à família. É um sentimento que a criança registra, mas não sabe explicar e muitas vezes o expressa por meio de comportamentos inadequados. Isso pode acontecer em várias áreas de sua vida, por exemplo, refletindo em uma queda nas notas escolares.

Seja qual for o motivo, o ciúme cria um obstáculo na relação entre os irmãos e um deles se sente deslocado do que pensava ser o seu lugar. Por isso, os pais devem ser compreensivos, amorosos e respeitosos com as emoções de seus filhos e promover o diálogo para melhorar essa situação.

Assim como a alegria ou a tristeza, o ciúme é uma emoção natural que a criança precisa aprender a administrar. Para fazer isso, ela deve ser capaz de decifrar o que está acontecendo consigo e encontrar uma maneira de expressar isso corretamente. Assim, é fundamental reservar um tempo para conversar com o pequeno antes da chegada de um irmão para evitar que a situação se agrave com o tempo.

Quais sinais indicam que há ciúmes entre irmãos?

O aparecimento de alguns dos seguintes sinais indicaria a presença de ciúmes:

  • Mudanças no comportamento da criança mais velha.
  • Falta de resposta aos limites dos pais.
  • Birras constantes.
  • Regressões a comportamentos que já não correspondem à idade maturativa. Por exemplo, fazer xixi em si mesmo depois de já ter conseguido controlar os efíncteres.
  • Imitação das ações do irmão mais novo.
  • Comportamento agressivo e rejeição ao diálogo.
  • Distúrbios do sono e pesadelos recorrentes.
  • Mudanças no apetite ou hábitos alimentares.
  • Manifestações de ansiedade ou baixa autoestima.

Como tratar o ciúme entre irmãos segundo Maria Montessori?

Envolver a criança na chegada do irmãozinho desde o início da gravidez a ajudará a canalizar melhor o ciúme e controlá-lo mais rapidamente.

Para evitar que o ciúme apareça em crianças que aguardam a chegada de um irmão, podemos aplicar algumas técnicas baseadas nos ensinamentos do método Montessori. Nós os mostramos abaixo.

1. Envolver o irmão mais velho desde o início da gravidez

Uma das formas para que o ciúme não apareça quando o irmão mais novo nasce, ou pelo menos que essa fase seja superada mais rapidamente, é envolver o irmãos mais velho desde o início na gravidez. Devemos dizer a ele que estamos esperando um bebê e que em poucos meses chegará um novo membro na família, que terá que ser amado e cuidado por todos.

O objetivo é que a criança perceba essa situação como algo natural, mas não deve ser sobrecarregada com responsabilidades que não lhe correspondem.

2. Não crie falsas expectativas com a chegada do irmãozinho

Quando falamos sobre o nascimento de um novo irmão, temos que fazer isso de forma realista. Não se deve transmitir a ideia de que tudo vai ser perfeito ou algo negativo. O ideal é ser honesto e explicar o que representa a chegada de um novo membro na casa, usando um vocabulário de acordo com a idade da criança. Além disso, motive-a a expressar suas preocupações sobre esse evento.

3. Não compare irmãos

Não importa a idade, irmãos nunca devem ser comparados. Fazer distinções, sejam elas positivas ou negativas, só prejudica a autoestima e aumenta o ciúme.

4. Reafirmar o papel de cada irmão

Devemos dar independência a cada um dos irmãos e deixá-los terem seu próprio espaço. Eles mesmos devem colocar em prática essas novas capacidades, mesmo que falhem em muitas delas. Não devemos esquecer que aprendemos mais com os erros do que com os acertos.

Fomentar a relação entre os irmãos contribuirá para o desaparecimento do ciúme. Uma boa opção é contar com a ajuda do irmão mais velho na hora de cuidar do mais novo. Quando crescerem, esse sentimento de colaboração será mútuo.

5. Conte com o irmão mais velho em tudo que for possível

Podemos contar com a ajuda do irmão mais velho na hora de trocar a roupa do bebê ou preparar o banho. Quando ambas as crianças forem maiores, podemos também encorajar o irmão mais velho a acompanhar o mais novo à escola, por exemplo, ou a ajudá-lo nas tarefas de casa, entre outras atividades.

Não importa quantos anos seus filhos tenham, saber que eles sempre podem contar com a ajuda um do outro os ajudará a fortalecer seu relacionamento.

6. Intervir adequadamente quando chamado para atenção

Os irmãos mais velhos podem pedir atenção constantemente devido ao ciúme ou vice-versa. De qualquer forma, sempre que um deles exige a atenção de seus pais, é melhor dar. Para isso, é importante conversar com as crianças, buscar momentos para compartilhar todos juntos e também outros de exclusividade. Todas as crianças precisam entender que não precisam fazer “barulho” para que seus pais queiram passar tempo com elas.

Sobre as dicas para tratar o ciúme entre irmãos segundo Montessori

Você já viu como essas técnicas são simples para tratar o ciúme entre irmãos. Agora, resta apenas colocá-las em prática para que a situação familiar melhore. Paciência, amor e respeito são fundamentais na criação dos filhos e serão de grande ajuda, sobretudo diante dessas crises de vida esperadas.


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  • Montessori, M., & Bofill, M. (1986). La mente absorbente del niño. Diana.
  • Dattari, C., Bonnefont, J., Falcone, C., Giangrandi, B., Mingo, G., Naretto, D., & Souper, C. (2017). El Método Montessori. Teoría de la educación. En internet: https://d1wqtxts1xzle7.cloudfront.net/54740567/Montessori_FINAL-with-cover-page-v2.pdf?Expires=1659358873&Signature=O9LKih-xEY1yiXM6oiM4FQNL4IYR5Z1i7JBwHgbk-jGiGMrojvQOWP3D~aha5iWYydh-rW-3-WYc53W6EGleof0VG8XqN7DGGTCftLpRSwivk44eK1HwdIboduczRHdhkM~ags91OqSWbN6nN63ebfKlGW~4d5NSHOJ2SdSPF4HFtQCtF6~6ZhP-XP7VjZ1RSOlKXowOPSmsmIyqH4GiAOr~BmxxW-g1QUollZ3YFhXDBTtr0JuhDsKAPPd0QfZcmPPgSwxdpMMlh-KxE6BYln-Dcn4VSQ4Fr8gBP~mI~1tTg6UybgzRLx6wXcDZPtj5R9s6qjLMxIGCvjSHWYmS~Q__&Key-Pair-Id=APKAJLOHF5GGSLRBV4ZA

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