12 doenças que influenciam a fertilidade
Atualmente, é possível detectar e tratar doenças que influenciam a fertilidade das mulheres. Em certos casos, as causas que impedem a gravidez são de complexidade incomum. Outras vezes, no entanto, são problemas relativamente comuns, sobre os quais há uma lista muito precisa.
Conhecer as razões que impedem a concepção é uma ferramenta muito poderosa para reverter a situação e chegar à gestação.
Assim, entre as principais causas e doenças que influenciam a fertilidade estão a síndrome dos ovários policísticos, os miomas uterinos, a insuficiência ovariana prematura e a endometriose.
Além disso, existem outros fatores de infertilidade que requerem tratamentos específicos, tais como a incapacidade de ovular, as infecções, a incapacidade do óvulo para amadurecer adequadamente e diversos problemas estruturais que o sistema reprodutivo pode apresentar.
Por outro lado, falhas na implantação e doenças autoimunes também podem ter como consequência a dificuldade para conceber.
Principais doenças que influenciam a fertilidade
Endometriose
Chama-se de endometriose o quadro no qual o endométrio, composto de células responsáveis pelo revestimento da cavidade uterina, cresce fora do útero. Essa é uma das causas mais frequentes de infertilidade: cerca de metade dos casos de dificuldade para conceber tem relação com esse problema.
Existem diferentes hipóteses para explicar porque essa característica celular causa infertilidade em 40% das mulheres que a possuem. Como não há certezas a esse respeito, pode-se generalizar dizendo que o crescimento anormal acaba obstruindo e dificultando algumas das diferentes etapas do processo reprodutivo.
Síndrome dos ovários policísticos
A síndrome do ovário policístico (SOP) é a segunda causa mais comum de infertilidade. Esse fenômeno ocorre quando são produzidos mais andrógenos do que o necessário. Os andrógenos são hormônios cuja presença em grande número impede o desenvolvimento normal dos folículos ovarianos e, por consequência, a ovulação.
A partir disso, os sacos ou folículos se enchem de líquido e permanecem dentro dos ovários. A SOP é muito comum nas mulheres: o número estimado indica que 10% das mulheres em idade reprodutiva sofrem com esse problema.
A SOP afeta a fertilidade, mas também pode causar outras doenças, tais como hipertensão, diabetes ou doenças cardíacas.
Um dos sintomas mais comuns é que as mulheres muitas vezes não chegam a ovular e, por isso, a menstruação não ocorre. Por outro lado, excesso de pelos, obesidade ou acne podem ser alguns dos efeitos colaterais.
Insuficiência ovariana prematura
Essa patologia também é chamada de menopausa precoce. A singularidade está na cessação da produção hormonal e no esgotamento dos óvulos em uma idade precoce.
Um sintoma frequente é a amenorreia, que começa com ciclos cada vez mais espaçados. Esse distúrbio não tem tratamento. No entanto, é possível engravidar através da fertilização in vitro ou da doação de ovócitos. Na verdade, 10% das pessoas com insuficiência ovariana prematura conseguem engravidar sem ajuda externa.
“Falhas na implantação e doenças autoimunes também podem ter como consequência a dificuldade para conceber”.
Miomas uterinos
São tumores não cancerígenos que se desenvolvem no útero. Os miomas uterinos variam quanto à sua localização específica e tamanho.
É uma das doenças que influenciam a fertilidade com mais frequência. Cerca de 5% dos casos de dificuldade para conceber são causados por essa patologia.
Embora a razão pela qual os miomas surjam ainda seja desconhecida, o mais provável é que esteja ligada a uma base genética. Dependendo do tamanho e da localização, esses miomas podem afetar o espaço no colo do útero ou dentro dele, dificultando, assim, a chegada dos espermatozoides.
Outras causas e doenças que influenciam a fertilidade
Além das já mencionadas, existem várias outras causas que podem ter uma influência decisiva para a infertilidade:
- Incapacidade de ovular: pode ser causada por insuficiência ovariana prematura, ovários policísticos, envelhecimento, distúrbios endócrinos.
- Hiperprolactinemia: está associada a distúrbios da hipófise que alteram a produção do hormônio prolactina.
- Doença da tireoide: hipotireoidismo e hipertireoidismo.
- Distúrbios das glândulas suprarrenais.
- Consumo de cigarro.
- Problemas estruturais: patologias do sistema reprodutivo, por exemplo, a presença anormal de tecido nas trompas de Falópio.
- Infecções: a mais frequente é a clamídia e geralmente são adquiridas por transmissão sexual.
- Distúrbios autoimunes.
Em conclusão, as doenças que influenciam a fertilidade estão principalmente associadas a problemas hormonais. No entanto, também é provável que certas anormalidades no sistema reprodutivo afetem a capacidade de conceber e gerar um bebê.
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