Estratégias de disciplina para crianças altamente sensíveis
Disciplinar as crianças nunca foi fácil, mas, para os pais de crianças altamente sensíveis, isso pode ser especialmente desafiador. É importante que os pais conheçam algumas dicas para disciplinar seus filhos com sucesso, mesmo que eles sejam altamente sensíveis e emotivos.
Ser pai ou mãe é um dos trabalhos mais gratificantes do planeta, e todos que contam com esse privilégio têm muita sorte. No entanto, nem sempre é fácil. Geralmente, os trabalhos mais gratificantes também requerem muito esforço.
É através desse trabalho árduo que crescemos como pais e indivíduos e, de vez em quando, somos recompensados com momentos que nos fazem parar, tomando conta dos nossos corações e mostrando que estamos no caminho certo. Esse trabalho pode representar ainda mais desafios para os pais de uma criança altamente sensível ou muito emotiva.
Como são as crianças altamente sensíveis?
Uma criança altamente sensível é muito consciente e reage rapidamente. Ela sente as coisas em um nível mais profundo. Essas crianças são incrivelmente empáticas e perspicazes em relação ao ambiente ao seu redor e sobre como elas se movem pelo espaço.
Quando uma criança altamente sensível fica frustrada, é necessário mostrar para ela que não há problema em ficar nervosa e que ela pode tentar fazer novamente o que estava fazendo quando se sentir um pouco melhor.
Isso provavelmente funcionaria bem para uma criança que não é muito sensível. No entanto, para a criança que sente as coisas com profundidade, essas palavras não influenciam tanto seus sentimentos.
Agora que entendemos alguns dos comportamentos e componentes de uma criança altamente sensível, podemos pensar quais são as maneiras apropriadas para que os pais as ensinem e disciplinem? A seguir, vamos falar sobre isso com mais detalhes.
Como disciplinar as crianças altamente sensíveis
Primeiramente, é válido destacar que ser altamente sensível não é uma deficiência ou uma síndrome, e sim um traço de personalidade. Na verdade, ser altamente sensível constitui um traço de personalidade maravilhoso, desde que a criança e os pais entendam como podem se organizar melhor e cuidar das emoções e sentimentos profundos.
Elimine a defensiva
Como pais, devemos ter consciência dos nossos próprios sentimentos. Como nossos filhos estão separados de nós, uma vez que são seres individuais com os seus próprios pensamentos, sentimentos e reações, às vezes (com muita frequência) eles ficam com raiva pelas escolhas que fazemos. Não há nenhum problema nisso.
Portanto, como pais, devemos estar cientes dessa individualidade e validar os sentimentos dos nossos filhos. Ao fazer isso, é importante não ficarmos na defensiva, invadidos pelas nossas próprias emoções do momento.
Demonstrar empatia
Quando seu filho está chateado e fazendo birra, é importante mostrar empatia e compreensão com palavras, em vez de se afastar para que ele se acalme.
Quando nos afastamos, podemos estar enviando aos nossos filhos a mensagem de que eles não são aceitos. Precisamos reconhecer como eles se sentem cordialmente e dar a eles a oportunidade de expressar seus sentimentos.
Diga com carinho e sinceridade: “Estou vendo que você está chateado comigo, mas eu sou o tipo de mãe que realmente quer te ouvir. Converse sobre esse sentimento de chateação comigo”. Além disso, também é necessário que isso seja feito com empatia.
Por exemplo, com uma criança de três anos, você pode dizer: “A mamãe está vendo que você está decepcionado. Você quer brincar por mais tempo, mas agora está na hora do banho. Você ficou chateado com a mamãe. É difícil parar quando queremos mais”.
Ao mostrar que estamos ao lado dos nossos filhos tanto física quanto emocionalmente, estamos garantindo fortes laços com os nossos filhos para que, dessa forma, eles possam confiar em nós, mesmo nos momentos mais difíceis.
Disciplina gerencial
Uma vez que a comunicação e o apoio emocional tenham ocorrido, é importante estabelecer limites e seguir em frente. O acompanhamento mostra ao seu filho um comportamento consistente, no qual ele pode confiar. Precisamos ser capazes de apoiar nossos filhos com sinceridade, sabendo que eles podem conseguir.
Ao aplicar uma consequência, não se pode fazer isso fora de contexto. Precisamos fornecer a narrativa necessária para que eles entendam o que fizeram, compreendendo as consequências e aprendendo com elas.
Também podemos ser abertos e comunicativos com nossos filhos. Podemos dizer que temos o difícil trabalho de dizer “não”. Esse trabalho é difícil porque incomoda alguém que amamos. Mas dizemos “não” porque o nosso trabalho é manter os nossos filhos em segurança, ajudando-os a aprender.