5 estratégias para gerenciar a agressividade nas crianças
Chutar, insultar, morder, gritar ou atirar brinquedos são algumas das muitas maneiras pelas quais a agressividade se manifesta nas crianças. Essa situação é frequente e exige uma dupla abordagem: entender o que está acontecendo com aquele pequeno e acompanhá-lo para identificar e gerenciar suas emoções de forma saudável.
Sabemos que na prática atingir esse objetivo é muito mais difícil do que se imagina, por isso vamos compartilhar algumas estratégias úteis para esses momentos de tensão. Não perca!
O que é a agressividade em crianças?
Para esses tipos de perguntas, nunca encontraremos uma única resposta. Em vez disso, é apropriado tentar entender a situação em toda a sua complexidade e à luz dessa criança em particular. Ou seja, levando em conta sua personalidade, seu contexto e sua história. Além disso, é fundamental evitar catalogar a criança, fazer análises ou diagnósticos levianamente ou colocar rótulos prejudiciais nela.
Outro aspecto importante a ser considerado é que o cérebro ainda não está totalmente maduro na infância e, gradativamente, adquire novas habilidades.
Simplificando, a princípio as crianças “são pura emoção” porque o cérebro inferior domina seu comportamento. Com o tempo, o cérebro superior se consolida e, a partir desse momento, torna-se capaz de integrar experiências e dar respostas mais adequadas aos estímulos.
Entretanto, é ilógico esperar que uma criança reaja como um adulto e devemos entender a importância do nosso acompanhamento no desenvolvimento de suas habilidades.
5 estratégias para gerenciar a agressividade nas crianças
Para além da técnica de criança que decidimos implementar com nossos filhos, a gestão das emoções é um capítulo crucial e uma ferramenta fundamental para as suas vidas.
Se acompanharmos as crianças para que elas entendam o que está acontecendo com elas, por que isso está acontecendo com elas e o que podem fazer para mudar essa situação, elas alcançarão o bem-estar emocional que queremos que elas alcancem.
Descubra abaixo quais são as estratégias para gerenciar a agressividade em crianças.
1. Use a técnica do semáforo
Embora tenha variantes, a técnica do semáforo é uma ferramenta muito útil para orientar o comportamento das crianças e obter aprendizado de suas ações.
Desenhe e pinte um grande semáforo juntos, para que você possa pendurá-lo ou colá-lo na parede. Quando estiver pronto, peça para que seu filho aponte para situações que o incomodam, frustram e o deixam com raiva. Ele pode falar sobre elas ou pode escrever no papel e depois colá-lo ao lado da cor vermelha.
Em seguida, peça para que ele descreva as situações que o deixam desconfortável ou desconcertado. Sigam o mesmo processo do passo anterior, mas dessa vez coloquem os papéis na cor amarela.
Por fim, pergunte quais são as situações que o deixam feliz, que ele gosta e que o fazem se sentir bem. Nesse caso, coloque esses papéis na cor verde.
Feito tudo isso, ajude seu filho a pensar em como situações difíceis podem ser resolvidas e quais seriam os melhores comportamentos para chegar a uma resolução sem prejudicar ninguém.
2. Ensine a relaxar e respirar
Dê ao seu filho instruções para inspirar e inflar como um balão. Em seguida, diga para soltar o ar e voltar a inspirar novamente. Além disso, você pode dizer a ele para fechar os punhos e colocar muita força neles, depois afrouxá-los pouco a pouco e sentir as mãos leves como papel.
De ambas as formas, você ajudará seu pequeno a respirar e relaxar e, assim, contribuirá para reduzir a agressividade.
3. Use a música como distração durante o conflito
Dessa forma, você consegue regular as emoções. No entanto, em seguida é preciso refletir sobre o ocorrido e tentar identificar o que levou a criança a agir dessa forma. Isso facilitará o processo de compreensão dos sentimentos.
4. Proponha algumas atividades artísticas
Uma das estratégias que também são usadas para trabalhar a agressividade é desenhar as emoções. Então, quando alguém parece estar zangado, pode estar com os cabelos despenteados, os dentes cerrados e o rosto vermelho.
Essa também é uma maneira de neutralizar o conflito e ajudar as crianças a refletirem sobre como elas se veem (e o que os outros veem) nesses momentos tensos. Claro, é importante acompanhá-los durante a análise da situação e do aprendizado.
5. Promova o exercício físico
A atividade física é uma forma de gastar energia e tensão, produzir os hormônios da felicidade e alcançar maior bem-estar.
Algumas recomendações adicionais
Outra maneira de ajudar as crianças a falar sobre suas emoções é socializar e compartilhar as nossas. Elas podem se sentir identificadas e motivadas a nos pedir mais exemplos que sirvam de experiência. Além disso, aprender a dar um nome à maneira como nos sentimos também nos ajuda a relaxar.
Por outro lado, não é preciso esperar que a agressividade se revele: é preciso intervir antes. Ou seja, se podemos antecipar um conflito, é importante fazer isso.
Por fim, é essencial que os adultos sejam bons modelos. Somos a principal fonte de aprendizagem para as crianças e, se elas nos virem sobrecarregados, pensarão que essa é a forma adequada de agir. Devemos procurar manter a calma em situações adversas e evitar agir de forma agressiva, seja com gritos ou com outro tipo de violência.
Raiva não é o mesmo que agressividade
A raiva faz parte do nosso leque emocional e devemos permitir que ela venha à tona. Na verdade, as crianças precisam ter uma variedade de experiências para que aprendam a reconhecer do que gostam, do que não gostam, como se sentem e quando se sentem bem ou mal.
No entanto, é importante diferenciar a raiva da agressividade e da violência. Esta última deve ser entendida como uma dificuldade na gestão das emoções e deve ser redirecionada. É necessário intervir precocemente para dotar as crianças dos recursos necessários para que possam encontrar soluções alternativas para os seus problemas.
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