Fácil: como ajudar crianças difíceis
As crianças difíceis são aquelas que precisam de nossa ajuda mais do que qualquer outra coisa. Sim, é verdade que diante deste panorama as coisas não parecem nada fáceis, mas hoje viemos te ajudar com isso.
A seguir, vamos te explicar como ajudar crianças difíceis. É muito fácil. Preste atenção, mamãe!
Presa, sem saída, é assim que a criança se sente. Fechada dentro de seu próprio redemoinho, usando uma couraça que não deixa seus medos saírem. Selada, sem portas, janelas ou pontos de fuga.
Por isso cabe a nós encontrar, com paciência, a maneira de libertar esse pequeno.
Em primeiro, se você quer ajudar uma criança difícil, você deve lhe dedicar tempo e muita paciência. Talvez você já saiba disso, mas nunca é demais lembrar. Porque se há algo claro, é que nosso esforço valerá a pena.
Toda a dedicação que damos à criança dará resultados que irão se traduzir em um ser humano melhor amanhã.
A importância do ponto de vista
Tanto os pais quanto as mães estão sobrecarregados com as circunstâncias e veem a missão de educar a criança como um desafio.
Ao encará-la dessa forma, indiretamente, está conferindo uma carga negativa para a educação, o que tornará o trabalho cada vez mais difícil para nós.
Por outro lado, se modificarmos nossa maneira de pensar sobre esse assunto e dermos uma carga positiva, o caminho certamente se tornará mais plano.
Os pais geralmente se frustram diante da incerteza que provoca o fato de não saber como agir de maneira correta, já que, até o momento, nada parece ter algum efeito verdadeiro. Mas tenha calma, as curas nem sempre são imediatas.
A preocupação que o mundo gera em uma criança difícil geralmente é externalizada de maneira incorreta. Birras e acessos de raiva acompanhados de choro, insultos e desobediência. Acontece que a criança simplesmente desabafa como pode.
As chamadas “crianças difíceis” são aquelas que ainda não aprenderam a gerenciar adequadamente seu mundo emocional. Por isso, elas se comportam de forma inadequada para os outros.
Elas apenas tentam se defender do mundo. Porque, sim, uma criança difícil pode perceber o mundo de maneira tão hostil que sua reação não poderá ser outra além de agir na defensiva, da maneira mais primitiva que conhece.
Para ajudar uma criança difícil, você não precisa complicar sua vida. Na verdade, nós vamos mostrar o que você pode fazer para ajudá-la e tornar a vida de ambos muito mais fácil.
Ajudar(-nos) de forma fácil e eficaz
Todo ser humano é diferente, único e irrepetível. Portanto, os métodos de terceiros ou qualquer conselho que ouvirmos não farão efeito.
Apesar da boa intenção que a outra pessoa possa ter ao compartilhar seu próprio método, o ideal é consultar um especialista e contrastar com a informação recebida.
Por quê? Porque você evitará usar rápido demais uma fórmula que para outra criança pode ter funcionado em um determinado momento, mas que para a sua, agora, simplesmente não vai. Talvez mais tarde. O especialista é quem irá te dizer quando e como proceder.
Nosso primeiro conselho é muito simples: pare de dizer que você tem um problema ou uma criança difícil. Sim, exatamente o que você leu. E aqui vem outra bomba: crianças difíceis NÃO existem.
As palavras que escolhemos para falar definem até inconscientemente a forma como nos desenvolvemos emocionalmente.
A palavra problema não soa atraente, poderosa ou boa em termos gerais. No entanto, se você decidir usar outra palavra, certamente será mais benéfico.
Por exemplo, a palavra “situação” simplesmente implica um conjunto de elementos em uma determinada circunstância. Uma questão transitória. Mais uma fase.
Abordar o assunto como mais uma fase nos beneficia instantaneamente. Sentimos que estamos em uma situação na qual simplesmente precisamos encontrar uma ferramenta para poder prosseguir. Soa melhor, não é?
Um problema, por outro lado, soa como se tivéssemos que parar porque há algo ruim. Essa coisa ruim desencadeia sentimentos e emoções negativas: medo, ansiedade, estresse, tristeza, entre outras. Visto assim não soa bem, não é mesmo?
Uma atitude positiva nos liberta de sentir e/ou acumular estresse e frustração.
Paciência e ajuda profissional
Em segundo lugar, te aconselhamos que você seja paciente consigo mesma. Como mãe, você deve cuidar de si mesma também para que você possa ser a salva-vidas do seu filho nesta fase.
Assim como você deve ir ao especialista em caso de dúvida, é importante que você também expresse para ele como você se sente, o que pensa e tudo o que você queira manifestar para manter ou alcançar uma vida emocional saudável.
Há algo que você deve sempre dar por certo: toda criança precisa de paciência, amor e compreensão.
Mas se você não se ama, não se compreende e não tem paciência consigo mesma, não encontrará como dar isso à criança. Compreender suas emoções é o segredo para o sucesso.
O principal é nos concentrar em manter uma visão positiva. Buscar sempre a solução, em vez de simplesmente estudar o “problema”. Temos que encarar todas as situações com as quais nos deparamos porque simplesmente: só se vive uma vez.
Não tem porquê ser complexo
O mais provável é que, no início, essa criança resista até perceber que pode baixar a guarda e que ninguém ou nada vai machucá-la.
O segredo consiste em estabelecer vínculos sólidos à base de comunicação constante e afeto incondicional. Sob nenhuma circunstância aceite que fique isolada.
Não negligencie seu filho, ele precisa de você mais do que qualquer outra pessoa. Se você cuidar de seu filho e demonstrar apoio incondicional, vai perceber que o amor dele aumentará e recompensará você três vezes mais. Atenção! A recompensa não é o motivo para ajudá-lo. Que seu objetivo seja simplesmente vê-l0 feliz e saudável.
Sem dúvida, você irá atravessar uma estrada sinuosa. Por isso, deve sempre transmitir segurança para que seu filho se sinta confortável na hora de expressar essa emoção reprimida.
Somente assim ele poderá aprender a conhecer a si mesmo e a desabafar de maneira apropriada com liberdade absoluta.
Além disso, evite procurar um bode expiatório. Aqui não há culpados, pois as crianças difíceis não são necessariamente produto de uma má criação.
Se seu filho precisa de cuidados extras, compreensão e apoio, proporcione isso a ele. Caso contrário, ele se sentirá sobrecarregado porque não sabe o que fazer para não agir de forma “ruim”.
Como ajudar as crianças difíceis
Ajudar uma criança difícil significa, acima de tudo, ter as estratégias mais criativas para atender às suas necessidades.
O eixo central não é mais do que ajudá-la a gerenciar esse tsunami emocional que transborda. Para isso, a Inteligência Emocional se apresenta como um recurso para canalizar e exteriorizar sentimentos:
- Apontar o reforço positivo. Isso tem grande poder para ajudar uma criança difícil. Assim, não se concentre em erros que aumentam a raiva e a angústia da criança frágil. Expresse confiança nela, transmitindo segurança. Reconheça acertos com palavras positivas.
- Comunicação sem preconceito, comparações ou rótulos. Evite também longos interrogatórios. Trata-se apenas de encontrar o momento certo para dialogar com proximidade e simpatia. Uma comunicação com tom amável, sereno, sincero e suave. Sem zombar, humilhar ou ironizar.
- Alcançar o equilíbrio interno da criança. Faça com que a criança traduza sua emoção em uma palavra. Basicamente, tente fazer com que compartilhe de maneira adequada o que sente para conseguir o alívio. Deixe que descarregue e se alivie com a certeza de que você sempre estará disposta a ouvir e aconselhar.
- Relaxamento, essencial para ajudar uma criança difícil. Ensine-a a respirar, a canalizar os sentimentos através de vários métodos e técnicas para aliviar e distrair. Ensine-a a ouvir e a tolerar a frustração.
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