Medicamentos durante a gravidez: riscos e consequências

Neste artigo, vamos trazer as melhores informações para evitar situações de risco tanto para o feto como para a mãe.
Medicamentos durante a gravidez: riscos e consequências

Última atualização: 23 outubro, 2018

Neste espaço, vamos destacar a importância de conscientizar a população feminina sobre o risco da automedicação e de consumo de medicamentos durante a gravidez.

O objetivo aqui é evitar causar danos irreversíveis ao seu futuro bebê.

É recomendável evitar o consumo de medicamentos durante a gravidez. Isso inclui suplementos nutricionais e plantas medicinais.

Tudo o que a mãe ingere chega à corrente sanguínea e passa para o feto, do mesmo modo que os nutrientes.

Essa recomendação toma como base diversas organizações sanitárias, incluindo a Organização Mundial da Saúde (OMS) que estima que mais de 90% das mulheres fazem uso de produtos de livre venda ou medicamentos durante a gravidez.

Ainda de acordo com a OMS, essa atitude é responsável por provocar 3% das anomalias congênitas.

Riscos de consumir medicamentos durante a gravidez

medicamentos durante a gravidez

O consumo de medicamentos sem prescrição médica durante a gestação pode prejudicar a saúde do feto e até, em casos extremos, provocar a morte do mesmo.

Esse tema costuma ser extremamente delicado. Dessa forma, é preciso ser absolutamente responsável na hora de ingerir medicamentos devido às seguintes razões:

  • Os medicamentos agem diretamente sobre o feto, afetando o desenvolvimento. Ou seja, pode provocar malformações e deformações (efeito teratogênico).
  • Afeta os vasos sanguíneos da placenta e reduz a troca de oxigênio e nutrientes entre o feto e a mãe.
  • Contrai os músculos uterinos e diminui a quantidade de sangue que o feto deve receber, provocando anomalias congênitas.

No entanto, em cada trimestre de gravidez, o risco de chegar ao feto é diferente.

Dessa forma, o efeito vai depender do estágio de desenvolvimento do feto e da natureza, da potência e da dose do medicamento.

Primeiro Trimestre

Neste período de tempo, ocorre o desenvolvimento dos órgãos, deixando o feto altamente vulnerável a tudo o que receber da placenta da mãe.

Assim, o risco de contrair problemas de saúde é elevado.

Após o primeiro trimestre, é provável que o consumo de medicamentos não provoque anomalias congênitas evidentes, mas sim altere o crescimento e a função dos tecidos.

Segundo Trimestre

Durante esta fase, o consumo de medicamentos pode afetar gravemente o crescimento do bebê e o desenvolvimento do sistema nervoso dele.

Terceiro Trimestre

Nesta etapa, o consumo de medicamentos aumenta o risco de o feto apresentar dificuldades e complicações respiratórias após o parto.

Regra de ouro: consuma somente medicamentos prescritos pelo médico que acompanha sua gravidez, na quantidade e dose indicadas a fim de reduzir as chances de afetar o bebê.

Medicamentos que não devem ser consumidos

medicamentos durante a gravidez

É preciso levar em consideração que determinados medicamentos podem provocar defeitos congênitos nos fetos.

Por isso, deve-se evitar o consumo dos seguintes medicamentos:

  • Aspirina e outros analgésicos não esteroides 
  • Ansiolíticos e antidepressivos
  • Analgésicos opiáceos, barbitúricos
  • Protetores da mucosa gástrica
  • Antiespasmódicos / anticonvulsivantes
  • Lítio
  • Diuréticos e anabolizantes 
  • Antibióticos como as tetraciclinas ou aminoglicosídeos
  • Ácido retinoico
  • Iodo radioativo e metimazol (para problemas tireoidianos)
  • Alguns medicamentos para a acne e outros problemas cutâneos (como a isotretinoína e o etretinato)
  • Quimioterapia oncológica (medicamentos citostáticos)
  • Hormônios sexuais como os progestogênios sintéticos, os hormônios androgênicos (masculinizantes) e o dietilestilbestrol (DES), um estrogênio sintético 
  • Anfetaminas
  • Anticoagulantes, alguns antiarrítmicos e anti-hipertensivos
  • Alguns medicamentos para queda de cabelo

Vacinas durante a gravidez

Embora as vacinas protejam o organismo contra doenças virais, é verdade que durante a gravidez não é recomendável tomar vacinas.

Isso porque a maioria delas contém vírus que podem provocar infecções na placenta e no feto.

A decisão de tomar ou não vai depender da situação de risco iminente à qual cada futura mãe está exposta, previamente avaliada pelo médico que acompanha a gravidez.

Recomendações Gerais

Naturalmente, durante a gravidez, as mulheres passam por constantes mudanças hormonais.

Assim, nesse período, pode ser necessária a administração de algum medicamento para resolver determinada condição médica própria da gestação ou alguma doença crônica.

Por isso, é importante:

  • Manter uma boa comunicação com o médico que acompanha a gravidez 
  • Avaliar com seu médico a relação “custo/benefício” antes de tomar a decisão de tratar uma doença com os medicamentos correspondentes. Sempre, é claro, levando em consideração a dose terapêutica e o tempo de administração.
  • Evitar medicamentos com múltiplos princípios ativos na sua composição. 
  • Evitar o máximo possível medicamentos de comercialização recente.

É importante relembrar que a prevenção pode ajudar a passar por uma gravidez feliz e ter um bebê saudável.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.