Meu filho: minha maior obra de arte

“Meu filho é a minha maior obra de arte”, é uma frase que pode ser ouvida nas entrelinhas em reuniões de mães, salas de espera de hospitais e reuniões de bairros.

Em qualquer frase que uma mãe disser, esse ponto de vista vai estar mais do que evidente. E não é para menos. Pois, possuindo habilidades artísticas ou não, não pode haver outra obra de arte ou criação que supere aquela que se supõe ser nada mais nada menos que o milagre da vida.

Nove meses de gestação, vários anos de formação e, voilà, a obra-prima de cada casal.

Meu filho, uma obra de arte completa

É completamente válido esse pensamento se considerarmos que, durante a gestação a mãe começa a se conectar com o bebê. Esse pequeno, que faz parte do próprio corpo dela, essa vida dividida ou desdobrada compreende mais que ninguém o funcionamento do nosso ser, já que fez parte dele.

Conhece nossa dor, já que ouviu lá de dentro as batidas do nosso próprio coração. Conhece, principalmente, e como ninguém, nossa força, já que ouviu cada suspiro de cansaço seguido pela inspiração que nos impulsiona a alcançar cada meta. Ele nos sentiu lutar pelo que acreditávamos ser impossível.

E, assim, com todo esse conhecimento – que não é pouco -, chega armado e protegido a essa vida . Por mais indefeso que você o veja, seu filho guarda os segredos da vida dentro da pequena e comovente armadura que possui. “Meu filho é a minha maior obra de arte”, já que é capaz de me transportar.

Nele se faz presente a força, o poder ou o dom sobrenatural de nos levar ao passado, vivendo o presente, mas sempre ponderando o futuro. Um pequeno sol, durante três estações se formando para se materializar em um ato de amor: a maternidade.

A ternura e a inocência, dois estados que a infância nos transmite. A paz que oferece à nossa barulhenta e atarefada rotina cotidiana supera a perfeição ostentada por qualquer obra de arte. As ideias e os sorrisos dele, um mistério capaz de superar ao sorriso da Mona Lisa.

Meu filho supera qualquer obra de arte

O cheiro de vida na pele, a vivacidade das travessuras e tudo o que o olhar dele é capaz de transmitir supera qualquer obra de arte. Ver uma criança crescer pode fascinar ainda mais que os sugestivos e coloridos quadros de Frida Kahlo.

Ver o pequeno enfrentar conflitos, decepcionado ou frustrado, possui maior capacidade de provocar angústia que qualquer afresco de Van Gogh ou Munch. Ver as diferentes facetas e comportamentos dele, em público ou em casa, é como observar uma obra cubista de Picasso.

Com a chegada de um filho, a concepção do sublime e do supremo varia consideravelmente. Não há museu capaz de conter tanta magia junta. Não há obra de arte que se compare com aquela que encerra uma verdade em si mesma. Que expressa tanto e faz sentir ainda mais.

É impossível não sucumbir frente a tudo o que a infância de uma criança tem para oferecer. “Meu filho é a minha melhor obra de arte”, é apreciado – disfarçadamente – no âmbito do não dito. Típico de toda mãe fascinada com esse ser que se transformou, por sua vez, em um professor da vida.

Trata-se de se deixar levar pela obra de arte. E o que pode ser melhor que um beijo, um carinho ou um simples “Mamãe, eu te amo” para morrer de amores lentamente com esse ser? O fruto do amor, capaz de roubar tantos suspiros e de encarnar tantos sonhos e ilusões não compartilhadas.

Pare para apreciar a beleza do seu filho. Observe os detalhes: tudo de mais bonito tiver para oferecer. Sinta-se abençoada por cada virtude e aceite os pequenos defeitos. Deixe-se encantar pela beleza dele e ser cativada pela graça natural que possui. Descubra nesse pequeno ser o verdadeiro sentido da imensidão de um amor sem limites.