O que fazer se meu filho chora por qualquer coisa?
O choro é uma das principais formas de expressão que os bebês e as crianças pequenas apresentam. É uma forma de chamar a atenção dos pais e, deste modo, fazer com que lhes deem importância.
Assim, muitos pais se perguntam durante esta etapa por que motivo seu filho chora por qualquer coisa. A seguir, mostraremos uma série de ideias, conselhos e situações facilmente identificáveis.
“Toda criança passa por uma fase no seu crescimento na qual o choro é o principal protagonista”
Principais causas do choro
Os bebês e as crianças pequenas costumam muitas vezes resmungar e chorar quando estão com fome ou com sono, pois são especialmente sensíveis a estes estímulos. Mas além destes motivos que são considerados habituais, podemos destacar alguns outros:
- Quando a criança percebe que somente recebe atenção através do choro. No momento em que o choro passa a ser a maneira perfeita de conseguir aquilo que se quer, em qualquer momento. Os pais se comovem com as lágrimas e acabam dando para a criança tudo aquilo que ela deseja.
- Se a criança tem um desconforto físico. Mudar o bebê de posição com frequência é fundamental na hora de trocá-lo. Isto é crucial porque, além de evitar irritações que possam incomodar, mantê-lo limpo e fazer desta tarefa um momento agradável é o primeiro passo para estabelecer uma rotina de higiene.
- A dor. Neste momento, o bebê se encontra em uma fase de adaptação contínua e, em mais de uma ocasião, isso será doloroso. Destacam-se especificamente as dores intestinais, tanto por conta de gases, como por prisão de ventre ou cólicas.
- A solidão do bebê. Ainda que a criança esteja bem fisicamente, pode ser que precise de mais momentos e gestos de carinho e proteção da parte de quem a rodeia, especialmente dos pais.
Recomendações para saber como agir se seu filho chora por qualquer coisa
A princípio, é normal que diante de episódios nos quais seu filho chore por qualquer coisa, você não saiba com segurança como reagir. Por isso, aqui sugerimos uma série de conselhos e recomendações que você pode seguir para que este momento não se torne algo incômodo para ambos.
- Tente interpretar o choro do seu filho e a sua causa, associando-o com diferentes contextos e situações.
- Se você não pode atendê-lo neste momento, procure fazer com que ele saiba que você entende que ele precisa de você, e que irá atendê-lo assim que seja possível.
- Se seu filho está aprendendo a falar, peça que te conte com palavras o que está acontecendo.
- Responda a seu choro de diferentes maneiras: com gestos carinhosos, beijos, abraços ou frases motivadoras.
O choro está associado à sensibilidade?
A princípio, vamos colocar o choro de um lado e a sensibilidade de outro, para tentar chegar ao x da questão.
O choro e a fase da imitação
É necessário destacar que toda criança, em um determinado momento de seu desenvolvimento, vai passar por uma fase na qual manifestará uma maior capacidade de se colocar no lugar do outro. Normalmente, isso acontece muito cedo, enquanto ainda são bebês, e em alguns casos pode se prolongar até os 2 ou 3 anos de idade.
Durante este período, as crianças tendem a acompanhar os outros quando choram ou riem, ou seja, imitando-os. Isto, em certo sentido, poderia ser classificado como um efeito “contagioso”, e somente poderá parar com o próprio amadurecimento.
Este seria um comportamento previsível nesta idade. Por isso, você não deve se preocupar, já que isto vai passar com o tempo e o crescimento da criança.
“É normal que a princípio você não saiba como agir diante de episódios nos quais seu filho chora por qualquer coisa”
O choro e o início do período escolar
Entretanto, se esta atitude continua além do normal, já bem depois do início da etapa escolar, devemos começar a observar atentamente. Aqui veremos que os motivos do choro são os mais diversos: um problema na escola, as brigas com os irmãos ou amigos ou simplesmente algo de que não gostem.
Neste caso, devemos ter paciência e ir conhecendo as situações que incomodam seu filho ao longo de um curto período de tempo. Ou seja, avaliar as situações relacionadas com o choro. Assim também como o contexto no qual se produzem.
O choro e a hipersensibilidade
E em último lugar e, portanto, no caso mais extremo, encontramos a hipersensibilidade. O perfil das crianças hipersensíveis é o de serem muito observadoras, a ponto de chegarem a se emocionar através de qualquer estímulo. Por este motivo, elas desenvolvem uma grande capacidade imaginativa e criativa.
O conselho mais eficiente para tratar crianças com estas características, é facilitar que expressem seus sentimentos internos. O principal é que possam demonstrá-los ao mundo e, para isso, devemos lhes abrir os caminhos, sem nenhum tipo de barreira.
A etapa na qual a criança chora por qualquer coisa é realmente passageira. Durante este período, para evitar situações incômodas ou desagradáveis para a família e, sobretudo para a criança, a figura dos pais se transforma num pilar fundamental.
O comportamento deles ao tentar canalizar o choro do filho acaba sendo primordial. Está em suas mãos agir de forma correta para que logo possam deixar de ser um lenço para as lágrimas de seu filho toda vez que for necessário.
Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.
- Cardozo, S. Y. C., Cardozo, E. C., & Acevedo, E. A. P. (2018). El arte en un acto sensible: El niño en procesos creativos. Calle 14 revista de investigación en el campo del arte, 13(23), 186-196.
- de Cock, E. S., Henrichs, J., Rijk, C. H., & van Bakel, H. J. (2015). Baby please stop crying: An experimental approach to infant crying, affect, and expected parenting self-efficacy. Journal of Reproductive and Infant Psychology, 33(4), 414-425. https://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/02646838.2015.1024212
- Long, T., & Johnson, M. (2001). Living and coping with excessive infantile crying. Journal of advanced nursing, 34(2), 155-162. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/abs/10.1046/j.1365-2648.2001.01740.x
- Jones, S. (1992). Crying baby, sleepless nights. Houghton Mifflin Harcourt.
- Illingworth, R. S. (1955). Crying in infants and children. British medical journal, 1(4905), 75. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2060770/
- Hiscock, H., & Jordan, B. (2004). 1. Problem crying in infancy. Medical journal of Australia, 181(9), 507-512. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/abs/10.5694/j.1326-5377.2004.tb06414.x