O papel dos pais na psicoterapia infantil
Ainda existe um certo estigma em relação à psicoterapia. Porém, quando uma criança tem problemas emocionais ou psicológicos, o melhor presente que podemos dar a ela é o acompanhamento de um profissional qualificado. No entanto, o papel dos pais na psicoterapia infantil é tão importante quanto o do próprio terapeuta. Por isso, queremos falar mais sobre esse assunto.
Diante da situação de ter que procurar um psicólogo infantil, os pais podem reagir de diferentes maneiras. Muitos deles tendem a se culpar pelas dificuldades do filho e sentem que são pais ruins e que falharam em seu trabalho. Outros, por outro lado, consideram que tiveram a má sorte de ter um filho com problemas.
Na verdade, nenhuma das opções acima se enquadra na realidade. Na maioria dos casos, há uma confluência de fatores que levam a criança a manifestar problemas emocionais ou comportamentais. E, em vez de procurar culpados ou vítimas, o mais importante é trabalhar em equipe para melhorar a situação.
Qual é o papel dos pais na psicoterapia infantil?
Detecção do problema
Quando um adulto se sente triste, ansioso ou cheio de raiva, ele consegue perceber que algo está errado, que ele está passando por dificuldades pessoais ou sociais. No entanto, a criança não tem a capacidade de identificar claramente o seu mal-estar e de reconhecer que se trata de algo patológico. Portanto, é tarefa dos pais observar sintomas, comportamentos e atitudes da criança para detectar possíveis dificuldades.
E, da mesma forma, eles serão responsáveis por buscar a ajuda profissional necessária. A decisão de procurar um psicólogo infantil é dos pais, pois eles são os responsáveis por garantir o bem-estar da criança.
Dinâmica familiar
Enfrentar a psicoterapia não é fácil, mas, se quisermos que a criança se beneficie dela tanto quanto possível, é necessário que os pais estejam dispostos a compreender e colaborar. Nesse sentido, é importante lembrar que as famílias funcionam como um sistema e que, portanto, os sintomas da criança muitas vezes são apenas o reflexo de certas disfunções na dinâmica familiar.
Confusão de papéis, limites incoerentes e conflitos entre alguns membros da família são alguns dos motivos que podem levar à presença de sintomas na criança. Assim, para que possa ocorrer alguma melhora, deve haver mudanças em todo o sistema e não apenas no pequeno.
Coterapeutas
Conforme foi mencionado anteriormente, o papel dos pais na psicoterapia infantil é tão relevante quanto o do terapeuta, uma vez que são eles que convivem com a criança diariamente. Além disso, eles são as suas principais figuras de referência, com as quais o pequeno aprende a perceber, processar e se relacionar com a realidade. Por isso, parte da terapia consiste em proporcionar pautas de atuação para os pais que eles possam colocá-las em prática com o filho.
Seu trabalho será fundamental para garantir os progressos obtidos durante as sessões de terapia e para transferi-los ao ambiente diário da criança. Portanto, será importante que eles também colaborem na aplicação de muitas das pautas e técnicas em casa. Em suma, trata-se de um trabalho conjunto.
O papel dos pais na psicoterapia infantil não se limita a trabalhar com a criança
Embora seja a criança que está apresentando os sintomas, ela não é a única afetada. Afinal, o sofrimento de um filho, sem dúvida, atinge os seus pais, tanto individualmente quanto na relação do casal. Por isso, talvez nesse momento seja conveniente realizar uma terapia conjunta ou individual, para que os pais também possam enfrentar os seus conflitos e dificuldades.
Isso traz benefícios em duas direções. Em primeiro lugar, pais saudáveis e conscientes, que cuidam de si mesmos, terão muito mais condições de favorecer a recuperação do filho . E, em segundo lugar, eles poderão aprender a enfrentar as consequências que o problema do filho reflete neles mesmos e no casal. Em suma, o papel dos pais na psicoterapia infantil é absolutamente essencial.
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