Por que as crianças têm medo de ficar sozinhas?

A partir de uma certa idade, as crianças começam a sentir medo quando ficam sozinhas. Para evitar que passem mal, é bom que os pais conheçam algumas dicas para ajudá-las a lidar com esse sentimento.
Por que as crianças têm medo de ficar sozinhas?

Última atualização: 03 junho, 2018

Todos os dias, milhões de pais e mães enfrentam a realidade de que suas filhas e filhos têm medo de ficar sozinhos. Por que esse é um dos fenômenos mais comuns entre as crianças, especialmente entre as menores?

Em geral, o medo de ficar sozinhos começa na idade entre os 2 e os 5 anos. E se não for canalizado de forma correta, pode repercutir de forma direta na saúde emocional das crianças.

Em alguns casos, isso também pode levar ao medo do escuro ou fazer com que as crianças queiram dormir com a luz acesa. Podem até mesmo temer fantasias ou palhaços. Enfim, o medo de estar sozinhos pode se manifestar de muitas maneiras em nossos filhos, e é por isso que devemos estar atentos para reconhecer essa situação e ajudá-los.

A percepção do tempo nas crianças

Uma das razões pelas quais as crianças têm medo de ficar sozinhas é que elas percebem a passagem do tempo de forma diferente dos adultos. Por exemplo, quando prometemos um passeio, ficam constantemente perguntando se já é hora de sair.

Isso ocorre porque elas não percebem a passagem do tempo da mesma maneira que nós. Então, alguns minutos podem parecer uma eternidade.

Além disso, se são as últimos a ficarem esperando na escola ou demorarmos alguns minutos para buscá-las, sentem que esperaram muitas horas e podem ter um ataque de pânico. Algumas crianças podem desenvolver medo de ir para a aula.

O medo de ficar sozinho, um fenômeno normal

Quase todas as crianças do mundo têm medo de ficar sozinhas durante algum período de sua infância. Isso não é algo com que os pais devam se preocupar. As crianças podem ter medo de ficar sozinhas mesmo quando têm companhia.

Por exemplo, as crianças podem ter medo de ficar sozinhas na escola, embora estejam cercadas por muitas outras crianças. Nesse caso, o medo é produzido por um sentimento de insegurança.

Elas também podem sentir medo de ficar sozinhas quando brincam em seu quarto, mesmo que estejamos em outro cômodo. Mesmo quando são bebês, o medo de ficar sozinhos ocorre quando são pegos por alguém que não é sua mãe ou pai.

Formas de ajudar as crianças a superar o medo de ficar sozinhas

Como pais, uma de nossas tarefas é ajudar nossos filhos a superar os contratempos difíceis que ocorram em suas vidas, e um deles é o medo de ficar sozinho. Veja a seguir alguns conselhos úteis:

1.- Nunca minimizar seus problemas

Por mais insignificantes ou tolos que nos pareçam os medos ou as preocupações das crianças, nunca devemos subestimá-los. A única coisa que essa atitude pode fazer é que as crianças não confiem em nós como pais.

2.- Não as ensine a ter medo

Alguns pais podem cair no erro de aterrorizar seus filhos para que façam algumas coisas. Por exemplo, lhe dizem frases como “Se você não tomar banho, o coco leva você…”. Isso promove temor e medo. Nossos filhos serão inseguros e medrosos, e será mais difícil para eles enfrentarem as situações.

Por outro lado, poderíamos cometer o erro de ser superprotetores. Por exemplo, se as crianças têm algum problema na escola, nós vamos até lá e resolvemos. No entanto, devemos deixar que as crianças resolvam seus problemas por si mesmas, assim elas vão ganhar confiança e autoestima.

3.- Entender o medo de ficar sozinhas

Em vez de forçá-las a enfrentar o medo, podemos perguntar o que lhes causa medo e a razão. Tentar entender o medo de ficar sozinho pode nos fornecer as ferramentas necessárias para ajudá-las a lidar com esse problema.

Quando conversamos sobre essa situação, devemos prestar atenção total nas crianças. Assim, verão que estamos muito interessados ​​em seus problemas desde muito jovens e, no futuro, irão se sentir mais à vontade nos contando sobre as situações pelas quais estão passando.

Lembre-se, o medo de ficar sozinho é um fenômeno perfeitamente normal nas crianças. E com a devida atenção e ajuda de sua parte, seu filho irá superá-lo com sucesso.


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