Por que meu filho me rejeita quando nos reencontramos?

Por que meu filho me rejeita quando nos reencontramos?

Última atualização: 17 março, 2022

Devemos admitir que é um sentimento muito duro, que acontece com frequência com as mães e é difícil de entender. Meu filho me rejeita quando nos reencontramos, por que isso acontece? Para as mães, o reencontro com os filhos depois de deixá-los por algumas horas é um momento de alegria. No entanto, para algumas crianças, parece um aborrecimento.

Para os pequenos, pode ser confuso quando os pais os deixam na creche ou com um estranho. Mostrar seu desconforto e rejeitá-los no início é uma espécie de vingança por parte das crianças pelo sentimento de abandono. É algo que pode doer muito, mas geralmente não dura muito tempo.

Depois de tanto tempo sem se separar, pais e filhos atingem um nível um apego infinito. Porém, chega o momento em que a separação é necessária. Esse período de reajuste pode ser muito difícil para ambas as partes, com a diferença de que os adultos o entendem melhor.

Qual é o motivo da rejeição?

Não é porque as crianças mostram rejeição quando nos reencontram que elas estão tristes por estarmos de volta. Embora possa não parecer, elas se sentem aliviadas e felizes ao ver que seus pais estão de volta, mesmo que não demonstrem isso da maneira correta.

É possível que a distância que elas estabelecem, às vezes acompanhada de birras, tenha a intenção de chamar atenção e de alguma forma culpar os pais por deixá-las sozinhas.

Criança brava.

Quando as crianças protestam dessa maneira, significa que elas se sentem afetadas pela separação e isso é uma indicação de que sentem nossa falta. Talvez devêssemos nos preocupar muito mais se elas não demonstrassem sinais de interesse.

Algumas crianças se sentem tão tranquilas com o “abandono” dos pais que rapidamente se distraem com outra coisa e depois de um certo tempo já se acostumam. Esse também é um motivo de rejeição, mas mais cruel.

A reprovação pela ausência é o principal motivo dessa rejeição momentânea, mas também nos diz que elas se sentiram bem durante suas horas com outras pessoas. Se as crianças se mostrarem ansiosas para serem “resgatadas” e mostrarem desapego ou medo por seus cuidadores, pode ser que algo esteja errado.

Também é aconselhável observar a reação delas em relação a outras pessoas. Às vezes é uma questão de personalidade, pois nem todas as crianças agem da mesma maneira. Às vezes, alguns pais acostumam seus filhos a ficarem frequentemente com os parentes ou morar com eles, então será normal para eles que os pais saiam e voltem. Outras crianças são maduras e independentes o suficiente para entender essa dinâmica.

Segundo os psicólogos, também por questões de personalidade, algumas crianças mais inseguras podem acreditar que de alguma forma “merecem” isso. É importante observarmos sua reação se ficarem tristes, mas não demonstrarem a rejeição típica. É aconselhável que nos preocupemos mais com a reação delas quando elas parecem sentir que estão sendo deixadas como medida de punição, pois é um triste sinal de baixa autoestima.

É normal que meu filho me rejeite?

Para os especialistas, é uma reação normal as crianças mostrarem sua discordância sobre algo que não gostam. Caso contrário, poderíamos estar diante de um problema maior. Os psicólogos explicam que o que a criança está tentando expressar não é uma rejeição em si, mas um desgosto. Não é que a criança não queira ficar com você, pelo contrário: ela queria que você não a deixasse.

 

O normal seria que a criança se acostumasse com a rotina quando você começa a deixá-la para sair para trabalhar, principalmente se ela se sentir bem com seus cuidadores. No entanto, é conveniente que não percamos o fio da comunicação e conversemos com ela, mostrando que as coisas continuarão acontecendo assim e que o amor por ela não mudará por causa disso.

Dedicar tempo de qualidade às crianças, aproveitando para passar momentos junto com elas quando estivermos disponíveis pode ajudá-la a ter certeza de que seus pais a amam e estão com ela em muitos momentos.

É muito importante tranquilizar seu filho e ter muita paciência com sua atitude, pois em vez de repreendê-lo por sua reação, é preferível entendê-lo com sinceridade.


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