Em que posição os bebês devem dormir?
Quando você finalmente tiver o bebê em seus braços e estiver pronta para ir a casa e começar a viver este momento sonhado, provavelmente, milhares de perguntas passarão por sua cabeça, como por exemplo: Em que posição os bebês devem dormir? Você pensa nisso, porque quer descartar qualquer fator de risco que comprometa o bem-estar ou a integridade do seu recém-nascido.
É normal estar um pouco ansiosa por saber se tudo sairá bem e se poderemos garantir o bem-estar do nosso bebezinho que parece tão frágil e que depende 100% do que fazemos. Por isso é muito importante reduzir os factores de risco. Neste caso ao colocar o bebê para dormir, e, portanto, estar mais calma e aproveitar o tempo para recuperar as energias.
Neste sentido, há duas coisas que toda mãe teme e que podem ocorrer enquanto o bebê dorme. A primeira é conhecida como Síndrome da Morte Súbita Infantil e o segundo, os problemas causados pelo refluxo.
90% dos casos de bebês afetados com a Síndrome da Morte Súbita Infantil foram registrados entre 2 e 6 meses de vida, após completar um ano as chances de risco se reduzem significativamente
– Livro Branco da Morte Súbita do Lactente –
Fatores de risco ao colocar os bebês para dormir
No caso da síndrome de morte súbita infantil ainda não se conhece as causas da mesma, porém é um evento que afeta crianças saudáveis de até um ano de idade de maneira repentina. Mesmo após uma autópsia não foi capaz determinar as causas exatas do fato.
Especialistas acreditam que a Síndrome da Morte Súbita Infantil também conhecida como “morte do berço” pode estar relacionada com falhas do sistema cardíaco ou respiratório do bebê, embora não haja dados precisos sobre isso.
Outro problema que pode alarmar as mães é quando o bebê sofre de refluxo mas, neste caso, é um problema temporário causado por um sistema digestivo imaturo. No entanto, o perigo que isto envolve é a chamada broncoaspiração, isto é, o vômito que chega aos pulmões e pode causar asfixia.
Mitos e realidades dos bebês na hora de dormir
Embora por muito tempo acreditou-se que o melhor era que o bebê dormisse de boca para baixo, pois em caso de refluxo o vômito seria a melhor posição para sua expulsão e, assim, reduzir a possibilidade de asfixia, isso só aumentou os casos de morte súbita e originou uma investigação médica.
Por esse motivo, atualmente os médicos recomendam que o bebê durma de barriga para cima. Desde que foi implementada esta mudança, os casos de mortes desse tipo diminuíram significativamente. Outras recomendações para que você mantenha o seu bebê fora de risco são:
- Escolha um colchão firme e evite que durma em superfícies muito moles.
- Não abrigá-lo com cobertores ou edredons até que tenha um ano, é preferível que esteja com um pijama adequado ao clima.
- Certifique-se que o quarto do bebê tenha ventilação e temperatura adequadas. Abrigar os bebês em excesso pode causar superaquecimento corporal.
- Mantenha seu bebê longe da fumaça do cigarro.
- Escolha um jogo de cama de solteiro, de preferência de algodão. Alguns até preferem não usar os protetores que são colocados nas laterais do berço.
- Use um travesseiro adequado ao tamanho do bebê,evite os de adulto. Existem alguns com uma leve inclinação ideal para os bebês especialmente feitos para o refluxo .
- Existem pediatras que recomendam evitar que o bebê durma com os adultos, pois quando você respira exala dióxido de carbono que é prejudicial para o bebê, caso ele o aspire. Mas cada um pode fazer o que considerar melhor.
Ao considerar estas recomendações você irá garantir que o seu filho tenha uma boa noite de sono e que estará ao mesmo tempo confortável e seguro. Desta forma, os pais podem estar mais sossegados enquanto o bebê dorme e continua crescendo de maneira saudável.
Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.
- Olmedo, J. O., Visus, F. S. V., Pérez-Nievas, A. Z., Zubiri, S. B., Urdiroz, A. O., Campistegui, D. V., & Grimá, G. G. (1996). Cambio de postura y disminución de la tasa de mortalidad por muerte súbita infantil en Navarra. An Esp Pediatr, 45, 161-166.
- Guevara, G., & TOLEDO, M. (2011). Reflujo gastroesofágico en pediatría. Revista chilena de pediatría, 82(2), 142-149.