Principais doenças mamárias não cancerígenas
O diagnóstico e tratamento precoce das doenças mamárias é essencial. Por isso, conhecer as principais anomalias e doenças mamárias pode ajudar muito a identificá-las caso seja necessário.
As mamas passam por mudanças durante as diferentes fases da vida da mulher e cumprem a função de alimentar os filhos, estabelecendo assim uma conexão única. Mas também exigem cuidados e enfrentam riscos. Hoje apresentaremos as principais doenças mamárias benignas, ensinaremos como detectá-las e seus possíveis tratamentos.
Desde o início, é importante salientar que a maioria das doenças mamárias são benignas, ou seja, não cancerígenas. Entretanto, isso não significa que podemos abandonar os cuidados referentes aos controles pertinentes para detectar qualquer anomalia relacionada ao câncer de mama.
Doenças mamárias benignas mais frequentes
Segundo a Sociedade Americana Contra o Câncer, estas são as doenças mamárias benignas mais comuns:
1.- Mastite
A mastite é uma inflamação da mama, geralmente causada por uma infecção. Acontece em mulheres lactantes (na maioria das vezes) como não lactantes. Normalmente é tratada com antibióticos.
2.- Fibroses e cistos
Muitos nódulos nos seios são causados por mudanças no tecido mamário, principalmente em idade fértil. Eles são detectados por inflamação ou hipersensibilidade. Geralmente desaparecem com o tempo, embora seja possível extrair o líquido usando uma agulha através de uma cirurgia, pois pode aparecer novamente ou provocar sintomas dolorosos.
3.- Adenose
É a presença de mais glândulas produtoras de leite (lobo mamário) que o normal e de maior tamanho. Tende a causar dor e desaparecer depois de um tempo. No entanto, recomenda-se um acompanhamento profissional.
4.- Necrose gordurosa da mama e cistos oleosos
Ocorre quando o tecido adiposo está danificado. Pode ocorrer após cirurgia ou tratamento com radiação no seio. O cisto oleoso é um caso de líquido gorduroso que se forma em vez de cicatrizar uma ferida. Pode provocar protuberância e avermelhamento, mas não provoca dores. De modo geral não são tratados, mas poderiam necessitar de uma biópsia para garantir que não há presença de células cancerígenas.
5.- Fibroadenoma da mama
São tumores não cancerígenos compostos por tecido glandular e tecido conjuntivo. São mais comuns entre 20 e 40 anos de idade e, ao toque, se assemelham a uma bola de gude dentro do seio. Alguns são palpáveis e outros são detectados através de uma mamografia ou ecografia. Se não crescerem e os médicos tiverem certeza de que não são produtos de outra doença, são deixados até desaparecer. Caso contrário, para prevenção, são removidos.
6.- Hiperplasia mamária
É o crescimento excessivo das células que revestem os ductos ou as glândulas mamárias. Não gera protuberâncias e é detectado por meio de mamografias ou biópsias. Ao contrário das anteriores, a hiperplasia atípica (um dos tipos em que as células ficam mais distorcidas) aumenta a possibilidade de desenvolver câncer de mama. Quando houver risco, o tecido circundante deve ser removido.
7.- Carcionoma locular in situ
Também conhecido como neoplasia lobular. É o crescimento de células cancerígenas nas glândulas produtoras de leite, ainda que não atravessem os lóbulos. Não causa inchaço ou dor, então é detectado através de uma biópsia feita devido a algum outro problema do seio. Esta condição também aumenta o risco de câncer de mama.
8.- Papilomas intraductais
São tumores benignos semelhantes a verrugas que crescem nos ductos lácteos. Podem ser solitários (causam secreções de líquido) ou múltiplos. São detectados com mamografia ou ecografias. Se forem grandes, também é realizada uma biópsia. Por si só eles não aumentam o risco de câncer, mas o fazem se forem seguidos por alguma outra condição, como a hiperplasia atípica.
Como reduzir os riscos de doenças da mama?
Para reduzir as chances de desenvolver alguma destas doenças de mama, a Associação Espanhola Contra o Câncer (AECC) recomenda seguir os seguintes conselhos:
- Manter uma dieta e peso saudáveis. Está comprovado que os dois fatores influenciam as chances de contrair câncer durante a vida adulta.
- Manter-se fisicamente ativo. Isso é possível de ser feito através de atividades físicas moderadas ou intensas.
- Evitar o consumo de bebidas alcoólicas.
- Amamentar. A AECC afirma que a lactância materna é uma escolha capaz de prevenir essa doença.
- Medicamentos receitados, no caso de mulheres com maior risco de desenvolver câncer de mama.
- Cirurgia preventiva, quando for detectado um importante perigo de sofrer desta doença.
Como recomendação final, sugerimos que não tenha medo de fazer testes quando necessário. Além de ser indolor, eles são essenciais para o tratamento adequado de qualquer condição que possa ser encontrada.
“A única coisa que devemos temer é o próprio medo. Então a única coisa da qual você deveria ter medo é não fazer suas mamografias”
– Cynthia Nixon–
Lembre-se de que ficar com os braços cruzados não vai ajudar. Diante de qualquer dúvida ou desconforto, consulte seu médico sem pensar duas vezes.