Quatro curiosidades sobre a respiração dos bebês
Uma das preocupações mais recorrentes nos pais que têm um filho com alguns dias ou meses de idade é a maneira como eles respiram. De fato, é muito provável que, vendo o movimento do peito do bebê, os pais pensem que ele está agitado ou que algo não está funcionando bem em seus pulmões. A respiração dos bebês é bem diferente da dos adultos.
No entanto, existem certas características que distinguem o sistema respiratório dos recém-nascidos.
O sistema respiratório dos bebês ainda é pequeno e, também, um pouco imaturo até que eles atinjam pelo menos o segundo mês de vida.
Levando isso em consideração, para saber tudo sobre o assunto e poder distinguir um problema real de uma condição natural nessas idades, não perca as curiosidades que apresentaremos abaixo.
Curiosidades sobre a respiração dos bebês
Os bebês realizam entre 40 e 60 respirações por minuto. Isso será refletido diretamente no movimento de seu tórax, que possui pouco tecido adiposo e permite tornar mais perceptível o movimento acelerado de sua respiração.
Para que você possa ter uma ideia, se um recém-nascido faz 60 respirações por minuto, um adulto realiza apenas 20.
Mas isso não é tudo: a respiração dos bebês também é caracterizada pela mudança de ritmo, sendo irregular, nasal. Eles podem até roncar, suspirar e fazer barulhos específicos.
Por essas razões, você deve estar ciente e prestar atenção aos seguintes dados:
1. Respiração irregular nos bebês
Bebês recém-nascidos respiram com dinâmicas rítmicas que não são estáveis. Eles podem tomar ar profundamente e de forma acelerada e, em poucos minutos, mudar para uma respiração lenta e curta.
Quando os recém-nascidos choram com frequência, isso também afeta a mudança na respiração, que retorna rapidamente a um ritmo lento quando eles param de chorar.
Cabe destacar que os bebês prematuros são os mais propensos à respiração irregular. Isso é resultado da imaturidade de seus pulmões.
2. Bebês só respiram pelo nariz
Outra curiosidade sobre a respiração dos bebês é que eles só tomam ar pelo nariz. Isso ocorre porque o palato mole está muito próximo da epiglote, o que não permite a passagem de oxigênio pela boca. Essa condição só estará presente quando as crianças atingirem seis meses.
Há certas características que distinguem o sistema respiratório dos recém-nascidos. O sistema respiratório dos bebês ainda é pequeno e, também, um pouco imaturo até que eles atinjam pelo menos o segundo mês de vida.
3. Sobre o ronco
Outra ação comum relacionada à respiração dos bebês é o ronco frequente. Com relação a essa questão, devemos notar que os culpados são as secreções nasais tão comuns nos bebês, seja por choro ou resfriados frequentes aos quais estão expostos.
Sim, atenção especial deve ser dada ao ronco. Se a criança não apresenta catarro, não está resfriada e, ainda assim, ronca muito, você deve consultar o pediatra. Talvez isso seja a síndrome da apneia do sono.
Para identificar se a criança pode estar sofrendo dessa condição, você deve examinar se ele transpira muito quando dorme à noite. Além disso, observe se ele se sente muito desconfortável ou se fica em posturas estranhas para dormir ou, também, se sua respiração para por alguns segundos.
Lembre-se de que a vida do seu bebê pode estar em risco se a respiração dele parar por mais de 20 segundos.
Isso pode desencadear a chamada morte súbita, que é a morte da criança quando ela para de respirar. Geralmente ocorre quando ela dorme de costas e durante a noite.
4. Respiração periódica ou cíclica
Embora não pareça normal, as pausas na respiração dos bebês recém-nascidos são frequentes. Entretanto, como explicamos na seção anterior, se a pausa for maior que 20 segundos, pode ser arriscado.
No entanto, durante o primeiro mês de vida, os bebês geralmente param de respirar entre cinco e dez segundos e, automaticamente, retomam o ciclo respiratório sem afetar seu sistema cardiovascular.
Sinais de aviso
Finalmente, queremos que você saiba quais sinais não estão incluídos na chamada situação normal em relação à respiração dos bebês:
- Se você perceber que seu ritmo é muito rápido, excedendo 60 respirações por minuto.
- No caso de ele respirar com muita força e você perceber que seu peito e costelas afundam demais.
- Se o seu rosto, boca, língua ou algumas de suas extremidades ficarem azuis.
Em última análise, se você tiver possibilidades, é bom aprender sobre primeiros socorros e ressuscitação cardiopulmonar. Caso seu bebê pare de respirar por mais de 30 segundos e você achar que ele não responde, pode ser uma ferramenta muito valiosa para ele sair da emergência.
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- Gattinoni, L., Marini, J. J., Pesenti, A., Quintel, M., Mancebo, J., & Brochard, L. (2016). The “baby lung” became an adult. Intensive Care Medicine. https://doi.org/10.1007/s00134-015-4200-8