A regra dos quatro presentes de Natal
Entre luzes, decorações e a ampla oferta de brinquedos e doces acabamos passando esta época tão mágica entre catálogos e publicidades cheias de efeitos especiais e de desejos encapsulados em estratégias de marketing.
Isso pode fazer com que a decisão do que vamos a presentear nossas crianças no Natal gere grandes dores de cabeça, não sabendo o que elas vão gostar mais ou o que será mais útil para elas.
Geralmente nós pedimos para elas escreverem uma carta para o Papai Noel com seus desejos. Queremos que os presentem sejam algo que elas usem, que seja útil e ao mesmo tempo educativo.
Entretanto, provavelmente grande parte de nós pensamos que talvez estejamos fazendo algo errado. Que ao invés de perguntarmos o que dar de presente, primeiro teríamos que refletir sobre o quanto poderíamos gastar e com que critério fazer a seleção. E assim a noite poderia ser muito mais atrativa e, claro, mais educativa para as crianças.
A quantidade de presentes determinará a satisfação
Então quantos presentes de Natal seus filhos devem ganhar? A resposta para esta pregunta segundo os especialistas é que a quantidade ideal de presentes de Natal é quatro. Nem cinco, nem seis e nem doze. Quatro é o número perfeito.
Além disso, esses quatro presentes devem obedecer algumas regras, condições ou normas que determinarão a satisfação pessoal de cada criança com suas novas aquisições e, ao mesmo tempo, a utilidade que os mesmos tenham para elas.
Quais são os pontos que devemos considerar na hora de escolher os presentes?
Basicamente, a regra dos quatro presentes tem como objetivo que as crianças tenham um estímulo educativo, evitando assim que o intuito seja só se entupir de coisas. Qual é o roteiro que devemos seguir então?
- Dar algo que ele ou ela usem no dia-a-dia: roupa, sapatos, acessórios, etc.
- Algo que ajude a fomentar o hábito da leitura. O objetivo é proporcionar à criança um meio para entender o poder das palavras. Livros, contos, histórias em quadrinhos, jogos de mesa de palavras, etc.
- Um presente que elas queiram. Não precisa negar todos os desejos. Aqui é o caso de dar aquele brinquedo mais comercial que inunda as propagandas televisivas e que tanto chamam a atenção das crianças.
- O quarto presente tem que ser algo que elas precisem de verdade.
A regra dos quatro presentes tenta colocar algum método na noite de Natal, tentando não descartar a importância educativa da noite de presentes que tem as crianças como estrelas.
Não percebemos muitas vezes que dando presentes descontroladamente estamos prejudicando nossas crianças. Com a regra dos quatro presentes de Natal não só traremos a felicidade mas também fomentamos valores e responsabilidade em nossos filhos.
Não é porque ganham mais presentes que recebem mais amor
O carinho dos pais é o mesmo com quatro como com vinte presentes. Devemos procurar evitar o excesso. Em vez de dar dezenas de novos brinquedos, podemos dar um pouco de tempo e dedicação para ajudar a fomentar a criatividade e imaginação dos pequenos.
Desta maneira as crianças serão capazes de brincar de verdade com um brinquedo. Além de ter criatividade e dar versatilidade e identidade a seus pertences. Afinal, não era isso que fazíamos quando éramos crianças e crescemos felizes?
Uma criança fica muito contente com uma caixa de papelão para fazer uma casa, cova ou barco pirata, um pau que pode logo virar um avião, que se transforma em uma vara de apontar, algumas tintas para colorir tudo que está em volta e assim vai.
Se privamos nossas crianças de usar essa criatividade, fazemos elas serem vítimas de uma sociedade consumista. Muitos presentes desvirtuam não só o sentido dessas datas especiais. Mas também penalizam o teor pedagógico que tentamos trabalhar em várias frentes no resto do ano.
Mas se usarmos e adaptarmos a regra dos quatro presentes de Natal e se fomentamos a diversão com coisas mais naturais e artefatos que estão sempre a mão, nossos filhos vão explorar mais a imaginação e a inteligência, aproveitarão muito mais seus momentos de brincadeira e vão guardar na memória uma bela lembrança, cheia de imaginação.
Só assim poderemos colocar a cereja no bolo de um ano em que procuramos passar bons valores, emoções positivas e responsabilidade, Afinal, queremos que nossos filhos sejam felizes e sorriam para a vida.
Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.
- Caron, A., & Ward, S. (1975). Gift decisions by kids and parents. Journal of Advertising Research, 15(4), 15-20. https://www.researchgate.net/profile/Andre_Caron/publication/275353453_Gift_decisions_by_kids_and_parents_Journal_of_Advertising_Research_154_15-20/links/587e51af08ae9275d4eb8f1b/Gift-decisions-by-kids-and-parents-Journal-of-Advertising-Research-154-15-20.pdf