Uso da chupeta: benefícios e algumas dúvidas
Chupeta sim ou não: essa é a questão? Talvez não seja apenas uma questão de responder à pergunta levantada, mas sim de analisar alguns prós e contras, além de apontar alguns dos benefícios do uso da chupeta e esclarecer algumas dúvidas.
Possíveis argumentos para o uso da chupeta
É claro que muitos bebês têm um forte reflexo de sucção e alguns chupam o dedo antes mesmo do nascimento, o que parece proporcionar a eles um efeito agradável e tranquilizador. Nem é preciso dizer que, quando o bebê está calmo, os pais também estão, e é por isso que a chupeta costuma ter defensores.
Porém, como ela às vezes pode interferir no bom desenvolvimento da amamentação, o seu uso não é incentivado nos primeiros dias e durante o tempo passado no espaço físico da maternidade.
Uso da chupeta: benefícios e algumas dúvidas
- Pode ser uma fonte de calma e tranquilidade tanto para o bebê quanto para os pais.
- É útil para dormir ou quando a presença de cólicas deixa o bebê inquieto.
- É possível descartá-la, ao contrário do dedo da criança que, uma vez adquirido o hábito de chupar o dedo, é algo mais difícil de ser eliminado.
Dados importantes
Algumas evidências indicam que a chupeta reduz o risco de Síndrome da Morte Súbita Infantil (SMSI) e, dada a sua relevância e gravidade, é importante nos determos nesse ponto.
Entre os críticos do uso da chupeta, alguns dos argumentos estão relacionados à possibilidade de interferência no aleitamento materno, fazendo com que o seu uso não seja recomendado, não permanentemente, mas sim durante a fase inicial até que a amamentação esteja consolidada.
Algumas associações europeias, como a Associação Espanhola de Pediatria, por exemplo, e em particular a sua Comissão de Aleitamento Materno, determinam que:
- “Para os recém-nascidos amamentados, é melhor evitar a chupeta durante os primeiros dias de vida e não desaconselhá-la quando a amamentação estiver bem estabelecida, geralmente a partir do primeiro mês de vida, idade na qual começa o risco da síndrome da morte súbita infantil”.
- “Nas unidades neonatais, em relação a procedimentos dolorosos, se não houver possibilidade de a criança mamar, a chupeta deve ser oferecida como método de analgesia não farmacológica”.
- “Para evitar outros efeitos adversos do uso da chupeta, recomenda-se, para todas as crianças, que o seu uso seja limitado até um ano de vida, o que inclui as idades de máximo risco da SMSI e aquelas nas quais o bebê tem maior necessidade de sugar”.
Além disso, a mesma Associação Científica sugere que os estudos sobre as relações entre amamentação e SMSI, assim como entre chupeta e SMSI, devem ser aprofundados para esclarecer todas essas incógnitas. Enquanto isso, os profissionais devem continuar informando os pais sobre a importância de amamentar e de evitar expor os bebês aos vários fatores de risco associados à SMSI.
Quando o uso da chupeta é prolongado
De acordo com a Sociedade Espanhola de Odontopediatria, “a sucção não nutritiva faria com que os dentes centrais inferiores se desviassem gradualmente para dentro, enquanto aqueles na mandíbula superior tendem a se separar e se projetar para fora (dentes de coelho). Além disso, a ação de sugar coloca em operação uma série de músculos da face que, juntamente com a posição da língua, fazem com que as linhas superiores e inferiores acabem perdendo o seu paralelismo”.
Em resumo
- É essencial esclarecer alguns mitos e verdades sobre a chupeta.
- Uma vez incorporado o hábito, determinar qual é a melhor chupeta para o nosso bebê e promover o uso seguro.
Para finalizar
De acordo com a Sociedade Argentina de Pediatria, “considere oferecer a chupeta ao seu filho quando ele recuperar o peso ao nascer, quando a mãe não tiver nenhuma dificuldade para amamentar e se a criança for alimentada exclusivamente com o aleitamento materno. Não insista se o bebê rejeitar a chupeta. Não use a chupeta para oferecer substâncias açucaradas ou mel para o bebê”.
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- Asociación Española de Pediatría.
- Sociedad Española de Odontología Pediátrica.
- Sociedad Argentina de Pediatría.