6 truques para dar remédios para crianças
Dar remédios para crianças geralmente é uma das tarefas mais difíceis que os pais têm que enfrentar, e isso acontece porque, quando são muito pequenas, as crianças são muito intolerantes a sabores fortes.
A questão de dar comprimidos e remédios para crianças é uma espécie de loteria. Há crianças muito disciplinadas com a ingestão de xaropes e comprimidos, mas a maioria não suporta o gosto e há produtos que, obviamente, também não ajudam.
No entanto, podemos recorrer a algumas estratégias para cumprir com essa missão fundamental para a saúde dos nossos pequenos.
1. Certifique-se de que o remédio esteja gelado
Às vezes, não é só o sabor que incomoda as crianças, mas também a consistência do produto. Existem muitos remédios que, à temperatura ambiente, têm o seu gosto realçado. Nestes casos, o resfriamento será benéfico.
Contudo, nem todas as fórmulas podem ser resfriadas, pois podem perder a sua integridade e os efeitos. Por isso, é fundamental perguntar ao pediatra quais são os produtos que você poderá resfriar e quais não.
Isso vai funcionar até mesmo no caso de crianças que não suportam nem mesmo os xaropes, apesar de serem doces. Sentir algo gelado na língua pode gerar uma sensação agradável que vai facilitar o processo.
2. Teste métodos diferentes
Todos os produtos médicos têm medidores. Geralmente, vemos copinhos, seringas sem agulha e até mesmo colheres. Às vezes, a escolha do método de administração pode ter um papel importante.
Pode ser que uma criança consiga sentir o gosto do remédio se ele for dado com um copinho ou uma colher. Nesses casos, é possível recorrer a uma seringa, caso sejam remédios líquidos. O injetor vai conduzir a substância rapidamente sem que a criança sequer chegue a senti-la.
O mais importante é testar os métodos e determinar qual deles a criança considera mais tolerável. Dessa forma, será mais fácil convencê-la, porque ela vai sentir que a sensação não é tão desagradável.
3. Chupeta dosadora: uma invenção que pode funcionar
Uma das invenções mais bem recebidas pelas crianças para eliminar o caráter traumático dos remédios é a chupeta dosadora. Basicamente, esse objeto contém um compartimento onde o remédio pode ser colocado. Quando a criança começa a sugar, a substância vai descendo através do bico.
Há até mesmo mamadeiras que permitem colocar um pequeno injetor para administrar o remédio. Se a concentração do remédio for baixa, a criança nem vai perceber que há algo a mais no seu leite.
4. Misture com alimentos
Isso pode ser feito com a mamadeira, conforme visto anteriormente, mas também com alimentos sólidos. De fato, esse truque é bastante eficaz para administrar comprimidos que têm gosto amargo ou azedo.
É muito melhor esconder os comprimidos em sobremesas e alimentos doces, já que são os favoritos das crianças. O sabor do chocolate vai disfarçar muito bem qualquer remédio infantil, que por si só geralmente já é um tanto quanto doce.
Ao cortar o comprimido em pedaços bem pequenos, você também vai evitar que a sensação de engolir um comprimido seja traumática. Entretanto, sempre pergunte ao médico sobre a viabilidade desse modo de administração.
5. Prêmios por bom comportamento
Muito melhor do que enganar é recompensar a criança por fazer o que é necessário. Se você quiser combinar a ingestão de medicamentos com um aprendizado, reconhecer o bom comportamento pode ser útil.
O lado positivo desse método é que as crianças se tornam conscientes do papel desempenhado pelo remédio ingerido. Com o prêmio, você basicamente vai reforçar o interesse da criança por manter a saúde.
Inclusive, você pode até mesmo inventar um prêmio geral que a criança vai ganhar quando ela terminar o tratamento. Quanto mais criativa você for, mais fácil será alcançar os resultados esperados. A paciência será um elemento-chave.
6. Conceda tanto o controle quanto às opções
Um dos problemas de dar remédio para as crianças é que isso acaba se tornando uma imposição. Por isso, se nós oferecermos alternativas para a criança escolher, ela poderá assumir a responsabilidade por tomar os seus remédios.
Assim, ter o poder de decisão é uma ideia que pode ser atraente para qualquer criança. Dessa forma, a criança poderá escolher o método de administração ou se o medicamento será misturado com algum alimento, por exemplo. Isso gera na criança um comprometimento para completar o tratamento.
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