A maternidade pode mudar suas emoções
A chegada de nosso primeiro bebê pode aflorar sentimentos nunca antes sentidos porque é diferente de qualquer outra emoção já vivida anteriormente; também se trata de uma mudança permanente em nossas vidas.
Entende-se que o cérebro materno tem muitas variações em relação ao cérebro de outras pessoas. Por isso, envolve uma série de ações e sentimentos diferentes do resto da humanidade. No entanto, quando falamos de emoções nem todas são positivas e tampouco são consistentes na maioria das pessoas.
A maternidade pode mudar nossas emoções, para melhor ou para pior. Podemos falar de um vínculo afetivo impossível de dissolver, mas que é diferente em cada pessoa. Desde a gravidez, se experimenta uma mudança emocional em princípio atribuída às alterações hormonais, mas que logo se transforma em um reflexo instintivo que sabemos que não é inteiramente comprovável.
De qualquer maneira, é um fato que nos transformamos emocionalmente quando nos tornamos mães. As emoções positivas nos farão mais felizes e irão basear a maioria das crenças sobre a maternidade. Por sua vez, as negativas irão justificar a origem de certos distúrbios psicológicos pós-parto.
A maternidade é desde a gravidez um processo revolucionário que pode desconcertar qualquer mulher, especialmente no caso das mães de primeira viagem. Assim como a mudança física, é produzida uma transformação abrangente que nos faz desconhecermos a nós mesmas.
Por essas razões a maternidade consegue mudar suas emoções
Uma vez que o bebê nasce, a vida continua a mudar, assim como as emoções. Cada ação nos leva a mudar a nossa percepção do mundo e os sentimentos revolucionam nossa mente completamente; sem planejar, as novas sensações nos fazem mudar pelas seguintes razões:
- A responsabilidade já não é a mesma. Não se trata de tarefas que podem esperar, mas da vida de um ser muito importante. Automaticamente nos tornamos a pessoa de quem essa pequena parte de nós depende; algo que nos faz feliz e que, em grande parte, está além de nós.
- Te enche de sentimentos positivos. Você quer compartilhar tudo com o bebê. Você deixa de lado seus planos e aspirações pessoais, pensa de outra maneira no futuro e se enche de ternura. Em suma, seu coração se suaviza.
- Te fortalece como pessoa, pois você consegue superar a maioria dos obstáculos. Os medos desaparecem e você leva o seu corpo ao limite: deixa de dormir e comer como antes.
- Aflora certo instinto primitivo, capaz de ajudar a te guiar pelos sonos do bebê, identificar alguns odores e apreciações derivadas da informação fornecida pelos sentidos.
- Você tem uma nova motivação. Agora é o amor a força que te permite ser mais perseverante. De alguma forma, você se enche de declarações que te fazem lutar, defender e obter o que você propõe.
- Um novo tipo de vínculo emocional nasceu em você. Um vínculo que não te conectou igual com sua família ou com seu parceiro; sem saber, você se torna uma nova pessoa. Uma pessoa que vive e age incondicionalmente por alguém que não é ela mesma.
- Desaparecem muitos medos e nunca mais nos sentimos sozinhas. Primeiramente isso se deve à companhia do bebê, fisicamente presente todos os dias do ano; mas depois embargadas pelo amor e a fé de vê-lo novamente.
- Nos tornamos mais pacientes, menos egoístas e mais motivadas, seja qual for a situação. Não vamos nos importar em ficar acordadas, acordar assustadas ou correr ao resgate sem esforço.
As emoções negativas
Embora a maior parte das emoções que mudam se relacionam com o aspecto positivo, os especialistas consideram que são muitas as emoções negativas que afetam as mães desde o processo de gestação. A maternidade, portanto, deixa as mulheres mais propensas a depressão, ansiedade, estresse pós-traumático e certo grau de frustração.
Em algum momento da maternidade, as mães começam a sentir que perderam a sua independência, os seus poderes e até mesmo a sua atratividade física. Também é impossível evitar a sensação de angústia e o medo de aconteça algo de ruim com seu filho.
Outro sentimento perturbador é quando se pensa sobre o futuro de uma maneira incerta. Se nós não estamos trabalhando ou não temos um companheiro para sustentar a criação, isso representa um estado de incerteza, sem dúvida, difícil de controlar.
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