Depressão pós-parto: como enfrentar?

Depressão pós-parto: como enfrentar?

Última atualização: 20 novembro, 2016

Durante a “doce espera” a grande maioria das mães se sente iludida e muito entusiasmada. Mas… surpresa! Quando estamos com nosso pequeno nos braços, os hormônios nos dão uma rasteira e, de repente, começamos a nos sentir tristes. Podemos, então, estar diante de uma depressão pós-parto. Neste artigo ajudaremos você a reconhecer e enfrentar essa situação.

A mistura de um ou vários sentimentos de infelicidade, abatimento, culpa, entre outros, é o que se denomina depressão. Há diferentes níveis e tipos de depressão. Neste post vamos analisar especificamente a depressão pós-parto e o que podemos fazer para encará-la.

Segundo o American Journal of Geriatric Psychiatry: “A depressão atinge as mulheres com uma frequência quase duas vezes maior que os homens. Talvez fatores hormonais possam contribuir para essa taxa de incidência maior nas mulheres. Os hormônios sexuais femininos: estrógenos e progesterona (e devido aos níveis mais baixos de estrógenos) parecem desempenhar determinado papel na etiopatogenia da depressão”.

Como podemos saber se é a depressão pós-parto?

depressao2

O momento, os sintomas e a intensidade da depressão pós-parto geralmente variam em cada mulher. Por exemplo, em algumas mulheres ela pode aparecer logo após o nascimento do bebê e, em outras, um ano depois.

Sabemos que estamos diante de uma depressão pós-parto se percebemos alguns dos sintomas mencionados a seguir:

  • Temos pouca ou nenhuma vontade de fazer qualquer coisa por nós mesmas ou, pior ainda, por nosso bebê.
  • Estamos muito irritadiças. Qualquer evento cotidiano que não esteja de acordo com nossos critérios nos deixa muito incomodadas.
  • Frequentes estados de tristeza que nos fazem cair no choro.
  • Dificuldade para ajustar o sono.
  • Em casos graves, podemos inclusive ter pensamentos negativos sobre nosso próprio bebê e nossa integridade pessoal.

Como enfrentar a depressão pós-parto?

depressao3

Muito se fala sobre a depressão pós-parto, mas hoje em dia a ciência ainda não sabe determinar exatamente os fatores que causam esse estado. Assim, não é possível definir com clareza o motivo de alguns casos serem leves e outros mais graves.

O que se sabe é que as mudanças hormonais causadas pela gravidez e pelo parto definitivamente impactam o estado de espírito da mulher que acabou de dar a luz.

Quando chegamos em casa com nosso recém-nascido é normal que nos sintamos um pouco nervosas, ansiosas, irritadas e pode ser que fiquemos mais sentimentais e chorando com frequência.

Esse estado se chama “depressão puerperal”. É considerada normal, pois tem uma duração estimada de duas semanas e geralmente desaparece sem necessidade de tratamento.

Passadas essas duas semanas, caso a depressão puerperal não tenha desaparecido, considera-se que estamos sofrendo de depressão pós-parto. Se estivermos conscientes do que está acontecendo podemos controlar a situação e implementar um conjunto de ações para que os sintomas sejam mais suportáveis:

  • Buscar ajuda para realiza algumas tarefas que o bebê precisa. Pode ser na família, amigos ou, se estiver dentro das nossas possibilidades financeiras o ideal seria contratar uma enfermeira ou uma babá para nos ajudar enquanto superamos essa etapa delicada.
  • Comunicar-nos com nossa família e principalmente com nosso parceiro a fim de deixá-los conscientes do que estamos sentindo. Pelo bem de todos não devemos nunca esconder esse tipo de informação.
  • Evitar mais mudanças importantes durante essa fase. Alguns exemplos de coisas que devem ser evitadas: mudança de casa, viagens, começar novos estudos, etc… Essas novas atividades aumentam o nível de estresse e, consequentemente, piorariam nosso estado de espírito.
  • Descansar é fundamental, procurando dormir principalmente quando o bebê também o fizer. Dessa maneira, estaremos repondo as energias necessárias, o que sem dúvidas aumentará nossa paciência e fará com que nos sintamos muito melhores.

São inúmeras as coisas que podemos fazer para enfrentar essa situação da melhor maneira. Uma delas é nos manter informadas já que há uma infinidade de informações sobre tratamentos naturais e exercícios físicos que ajudam a superar o processo com mais delicadeza.

É muito importante refletir e entender que o que está acontecendo não é nossa culpa. O melhor conselho de todos é parar e pensar sobre o maravilhoso acontecimento e o que significa “ser mamãe”. Para isso, abraçar e beijar frequentemente nosso bebê pode ajudar bastante, resultando no melhor tratamento que existe para enfrentar essa situação.

 


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


  • Evans, M., Vicuña, M., & Marín, R. (2003). Depresión postparto realidad en el sistema público de atención de salud. Revista chilena de obstetricia y ginecología, 68(6), 491-494.
  • Hasbún Hernández, J., Risco Neira, L., Jadresic Marinovic, E., Galleguillo U, T., González A, M., & Garay S, J. (1999). Depresión postparto: prevalencia y factores de riesgo. In Rev. chil. obstet. ginecol.
  • Medina, E. (2013). Diferencias entre la depresión postparto, la psicosis postparto y la tristeza postparto. Perinatología y Reproductiva Humana.
  • Mendoza, C., & Saldivia, S. (2015). Actualización en depresión postparto: el desafío permanente de optimizar su detección y abordaje. Revista médica de Chile, 143(7), 887-894. https://scielo.conicyt.cl/scielo.php?pid=S0034-98872015000700010&script=sci_arttext
  • Miranda Moreno, M. D., Bonilla García, A. M., & Rodríguez Villar, V. (2015). Depresión Postparto. Trances.

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.