Anemia ferropriva e gravidez

Neste artigo, vamos dar algumas recomendações para evitar a deficiência de ferro durante a gravidez.
Anemia ferropriva e gravidez

Escrito por Equipo Editorial

Última atualização: 28 janeiro, 2021

A anemia ferropriva é uma das doenças mais frequentes durante a gravidez. Por isso, é necessário seguir algumas diretrizes para evitá-la.

O que é a anemia ferropriva?        

A anemia é uma doença definida como a diminuição na concentração de hemoglobina (Hb) no sangue. A hemoglobina é uma proteína encontrada nos glóbulos vermelhos, que se liga com o oxigênio para ser posteriormente transportada para os diferentes tecidos do corpo.

Existem várias causas que desencadeiam os diferentes tipos de anemia, sendo a deficiência de ferro a mais frequente, conhecida como anemia ferropriva.

Durante a gravidez, há um aumento nas necessidades de ferro, por isso é necessário aumentar as reservas corporais da mãe. O objetivo principal é evitar a deficiência deste oligoelemento e as complicações que isso acarreta.

Parâmetros que a definem

Quanto aos indicadores bioquímicos, considera-se como anemia na gravidez quando a concentração de hemoglobina é menor do que 11,0 g/dl durante o primeiro e o terceiro trimestre ou menor do que 10,5 g/dl durante o segundo trimestre.

Recomendações nutricionais

É comum sofrer dessa doença?

De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), 41,8% das mulheres grávidas no mundo sofrem de algum tipo de anemia. A anemia ferropriva é a deficiência nutricional mais frequente entre as gestantes.

Na Europa, estima-se que a prevalência seja de 25,1% e, mais especificamente na Espanha, de 17,6%. No entanto, os números e as consequências decorrentes de ter essa doença se agravam quando falamos sobre o continente africano, onde mais da metade das mulheres (57%) sofrem com ela.

Portanto, se quisermos nos aprofundar sobre a distribuição da prevalência da anemia no mundo todo, esse mapa publicado pela OMS nos dá total clareza.

Que consequências isso pode ter?

Por um lado, a deficiência de ferro durante a gravidez tem sido associada à prematuridade, baixo peso ao nascer, menor desenvolvimento físico e neurológico de recém-nascidos, doenças infecciosas e aumento da mortalidade perinatal.

Mas, por outro lado, vale a pena destacar que o seu excesso também tem efeitos negativos, tais como parto prematuro, pré-eclâmpsia ou alterações neurológicas fetais. Portanto, é muito importante não suplementá-lo sem a supervisão de um profissional.

Como prevenir o aparecimento da anemia ferropriva?

Sem dúvida, a maneira mais simples e eficaz de tratar a anemia ferropriva é por meio da prevenção. Uma alimentação adequada antes da gravidez pode ajudar não só a prevenir o seu aparecimento, mas também favorecer a formação de novas reservas de ferro no organismo da futura mãe.

Para fazer isso, precisamos incluir certas diretrizes na nossa dieta, tais como as que vamos propor a seguir, que permitam a ingestão e a assimilação adequadas do ferro na dieta.

Recomendações nutricionais

  1. Aumentar a ingestão de alimentos ricos em ferro, tais como:
    • Moluscos: amêijoas, berbigões…
    • Peixes.
    • Ovos.
    • Vegetais de folhas verdes: espinafre, acelga…
    • Oleaginosas: pistache.
    • Sementes: semente de girassol.
    • Leguminosas: lentilhas.
  2. Consumir alimentos que sejam fonte de vitamina C. Essa vitamina promove a absorção do ferro, aumentando assim a sua biodisponibilidade. Entre os alimentos com altas concentrações dessa vitamina, encontramos:
    • Frutas: groselha, kiwi, caqui, morangos, frutas cítricas…
    • Legumes: pimentão, brócolis, batata doce
  3. Não tomar café, chá e chocolate até 1 hora depois de comer. Certos compostos desses alimentos interferem na absorção do ferro, por isso não é recomendável consumi-los logo após as refeições principais.
  4. Evitar o consumo de suplementos de cálcio até 2 horas após as refeições principais. O cálcio, essencial para a formação óssea, também pode dificultar a absorção do ferro. Por esse motivo, no caso das mulheres que tomam suplementos, isso deve ser feito 2 horas antes ou depois de comer.

Para concluir, vale a pena ressaltar a relevância da alimentação no estado de saúde da mãe e do futuro bebê. Por esse motivo, devemos enfatizar e insistir quanto à importância de comer alimentos de qualidade que permitam aproveitar a gravidez e a maternidade com as menores complicações possíveis.


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