As mães também sofrem de síndrome de Burnout

As mães também sofrem de síndrome de Burnout
María Alejandra Castro Arbeláez

Revisado e aprovado por a psicóloga María Alejandra Castro Arbeláez.

Escrito por Gladys González

Última atualização: 27 dezembro, 2022

Sabemos de sua angústia ao pensar que é a única que deseja sair sozinha em um fim de semana. Que deseja sair longe de casa, sem responsabilidades nem horários. Sabemos de suas culpas, do seu cansaço extremo e de suas lágrimas. E não se trata de que saibamos ler a mente, nem que sejamos adivinhadores. Só sabemos que a síndrome de   Burnout   também afeta as mamães.

A síndrome de Burnout até pouco tempo atrás era considerada uma doença que se limitava ao âmbito profissional. Cujos principais sintomas são o estresse e o cansaço físico e mental causado por longas jornadas de trabalho. Agora é aplicado também ao ambiente familiar. Especificamente às mães, tanto de primeira viagem como as que já têm outro filho. Parece lógico, não é?

A conhecida “síndrome de desgaste profissional” ou síndrome de Burnout  tem maior incidência em trabalhadores submetidos a ambientes hostis durante muitas horas por dia. Não podia deixar de lado o trabalho mais complicado que alguém pode assumir; criar, cuidar e se responsabilizar por um filho.

Síndrome de Burnout: Perguntas e mais perguntas

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Não há trabalho mais difícil que estar dedicada exclusivamente ao cuidado dos filhos? Será que existe um estresse maior que o causado pela realidade de fazer e fazer, e sentir que nunca irá parar? Por acaso você não fica angustiada sabendo que em 24 horas deve realizar uma longa lista de tarefas? Não é terrível se sentir cansada e não poder descansar? Não dói se sentir culpada por ter vontade de jogar tudo pro alto?

Estas perguntas se fazem diariamente as mães no mundo inteiro, porque efetivamente criar os filhos, estar ligada e atenta a tudo no lar, do esposo e ser profissional é uma etapa avassaladora que nos afeta a todas. Então, você não tem que se sentir culpada cada vez que chora, quando quer ir dormir e o seu bebê não quiser.

Como mães costumamos nos exigir mais do que podemos dar. Bem cedo continua a nossa jornada no cuidado de nossos filhos. Quando nos aproximamos do meio-dia sentimos que nossas forcas estão acabando, mas seguimos em frente. Durante a noite já é demais. E quando finalmente conseguimos fazer dormir o bebê, queremos sair correndo e nos sentimos culpadas.

Se não reconhecemos que precisamos de ajuda, ou que a síndrome de Burnout está latente, e colocamos as mãos na massa para superar este quadro, só permitiremos que o nosso desconforto piore e que a depressão pós-parto que acontece durante os primeiros meses de vida do bebê permaneça em nós durante um bom tempo.

Peça ajuda sempre que precisar e o mais importante: dedique tempo para cuidar de você mesma.

Como sei se tenho a síndrome de Burnout

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De acordo com os especialistas, os sintomas da síndrome de Burnout são os seguintes:

  • Cansaço extremo. Desde que você acorda de manhã sente vontade de ficar na cama, sem fazer nada. Isso por causa das poucas horas de sono e do cansaço acumulado.
  • Perda do apetite. Diante da montanha de atividades que você deve realizar acaba ignorando as horas que tem que comer, opta por comer apenas um lanchinho rápido. Você sabe que é um erro não se alimentar bem, mas o cansaço é mais forte.
  • Desânimo e desinteresse. A repetição de certas tarefas, como dar comida ao bebê, arrumar a bagunça e trocar as fraldas, faz com que você aja de maneira automática, que assuma as tarefas como uma obrigação que afeta o seu interesse por coisas que você curtia antes, como escutar música, cozinhar uma deliciosa sobremesa, sair para caminhar, ler um livro. Você acha que dedicar tempo a essas coisas seria uma irresponsabilidade.
  • Mau humor. Por não fazer o que você queria, mas sim o que deve, o seu bom humor se acabará. Isso irá afetar diretamente o seu casamento, você irá se distanciar do seu parceiro, e isso irá piorar o seu estado emocional.
  • Culpabilidade. A culpa lhe persegue sempre que você quer chorar por não aguentar mais. Quando alguma coisa não sai como esperava, quando a casa está toda bagunçada, quando não quer se levantar ao escutar o bebê chorando no meio da noite, quando você responde com má vontade ao seu esposo. Parece que a culpa é a sua amiga mais íntima nessa fase tão difícil.

Se você é uma das mães que está passando pela síndrome de Burnout não tenha medo de aceitar que não pode lidar sozinha com tantas responsabilidades.

Peça ajuda sempre que precisar, e o mais importante: dedique tempo para cuida de si mesma. Se você está bem, sua família também estará.

Fale com seu esposo e com seus familiares mais próximos para lhes contar como você se sente e o apoio que espera deles. Você verá que quando eles colaborarem, você se sentirá melhor. Após isso poderá olhar com bons olhos o maravilhoso e caótico mundo da maternidade.


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