Os castigos físicos não melhoram ou corrigem as crianças, muito pelo contrário

Bater nas crianças não corrige o seu comportamento, mas gera emoções negativas que afetam o seu desenvolvimento. Vamos explicar o que um estudo recente indicou.
Os castigos físicos não melhoram ou corrigem as crianças, muito pelo contrário

Escrito por Equipo Editorial

Última atualização: 18 julho, 2022

Um grande número de famílias de gerações anteriores incentivava o comportamento de bater nos filhos para corrigi-los. E ainda hoje muitos pais mantêm a prática dos castigos físicos para eliminar os maus comportamentos das crianças.

No entanto, a ciência já comprovou que esse método é prejudicial para o desenvolvimento delas. É isso que indica um dos últimos estudos publicados na revista The Lancet, realizado por cientistas do mundo todo.

Nesta pesquisa, foram analisados ​​69 estudos diferentes nos quais a palmada foi usada para controlar as crianças. A conclusão dos especialistas foi que não há evidências de que essa ação seja benéfica para melhorar os comportamentos delas.

Como fator adicional, os pesquisadores concluíram que a agressão física ameaça o bem-estar e que o comportamento das crianças piora quando elas são agredidas.

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Além disso, eles também apontaram que as consequências são as mesmas, ainda que as crianças tenham idades, etnias e métodos de criação diferentes. Por isso, recomendam que em todos os países do mundo se promova uma lei que impeça o castigo físico contra as crianças.

Ao final da análise, os pesquisadores afirmaram que as agressões frequentes são o fator que mais desencadeia comportamentos irreversíveis e afirmam que esse ato impede que a criança alcance o desenvolvimento ideal.

Dessa forma, eles convidam os pais a buscarem alternativas pacíficas que orientem as crianças, que façam com que elas se tornem pessoas melhores e que não gerem nenhum trauma psicológico.

As consequências do castigo físico nas crianças

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Bater nos filhos é uma prática que gera múltiplas consequências negativas para a vida dos pequenos, uma vez que são fomentados sentimentos negativos, tais como ódio, humilhação e tristeza.

Em primeiro lugar, o castigo físico transmite à criança a ideia de que este é o principal recurso para resolver todas as dificuldades que surgem. Dessa forma, elas se acostumam a ter comportamentos agressivos contra as outras pessoas ao seu redor.

Por outro lado, as crianças sentem um medo constante que afeta a sua confiança. Isso as leva a ter baixa autoestima e a apresentar episódios de ansiedade quando estão diante de outras pessoas.

Da mesma forma, isso também impede que elas construam relações sociais saudáveis, pois não se permitem a oportunidade de interagir com os outros. Elas pensam que todos têm a intenção de lhes provocar danos físicos.

Os castigos físicos não são um exercício corretivo, pois o que conseguem é fazer com que a criança se sinta culpada. O pequeno fica sem entender por que aquilo que fez é errado ou quais são as consequências negativas desse comportamento para a sua vida.

Por fim, a criança deixa de ver os pais como fonte de apoio. Por isso, ela não conta sobre as suas experiências para eles, sente que ninguém a ama e sempre escolhe a opção de ficar longe deles.

Conversar com o seu filho é a melhor técnica educativa

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O diálogo pacífico é o melhor recurso para educar uma criança, porque assim se transmitem sentimentos de segurança e proteção. Desse modo, as crianças concordam em ouvir os pais atentamente, uma vez que não se sentem em uma situação de perigo.

Conversar com as crianças é a forma ideal de trocar ideias e estabelecer regras que beneficiem ambas as partes. Dessa forma, incentiva-se uma convivência tranquila e se fortalece o vínculo afetivo.

Através do diálogo, as crianças se sentem respeitadas e têm a certeza de que as suas opiniões são importantes. Assim, elas entendem que podem procurar os pais a qualquer momento, pois eles são o seu melhor guia.

Por fim, as crianças conseguem refletir sobre o que é certo e o que é errado. A partir disso, elas conseguem ter autocontrole para melhorar os seus comportamentos, manter boas relações com os outros e ser felizes.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.