Causas de baixa autoestima em crianças

Causas de baixa autoestima em crianças
María José Roldán

Escrito e verificado por a psicopedagoga María José Roldán.

Última atualização: 27 dezembro, 2022

A autoestima é necessária para que nós tenhamos um bom relacionamento com o nosso ambiente e com nós mesmos. Uma boa autoestima começa a ser construída desde que as crianças chegam ao mundo, e é necessário que os pais sejam presentes para poder construí-la, e que as crianças se sintam seguras, amadas e respeitadas desde sempre com uma criação positiva.

Mas, infelizmente, muitas vezes as crianças têm baixa autoestima, uma baixa autoestima que não se herda, mas que é construída. Há sempre causas externas que provocam a baixa autoestima nas crianças e que se for detectada, devem ser corrigidas para melhorar a autoestima.

No ambiente da criança haverão estímulos que podem ser positivos ou talvez negativos, se existe uma sobrecarga de estímulos negativos, então a criança terá uma atitude negativa e baixa autoestima em sua vida.

A baixa autoestima em crianças e outras pessoas

As crenças que temos sobre nós mesmos parecem declarações indiscutíveis do que na realidade são, embora a verdade é que são apenas opiniões. Estas opiniões são baseadas em experiências que temos tido na vida, as mensagens que temos recebido nessas experiências que mostram o tipo de pessoa que somos.

Se as experiências de uma criança têm sido negativas e as crenças que ela possui de si mesma também são negativas é provável que se tenha uma personalidade frágil e uma baixa autoestima.

As experiências são cruciais porque elas ajudam as crianças a formarem suas crenças sobre si mesmas, geralmente essas crenças são formadas nos primeiros anos de vida. O que uma criança vê, ouve e vive em sua infância, no seio da família, na escola e em sua comunidade… vai influenciar significativamente na percepção que ela tem de si mesma. Algumas primeiras experiências que podem conduzir à uma baixa autoestima e que a criança tenha uma percepção pobre de si mesma são:

  • Castigos
  • Negligência ou abusos verbais ou físicos (um crime)
  • Comparar as crianças
  • Colocar rótulos negativos
  • Criticar
  • Não mostrar afeição ou interesse pelos filhos
  • Ter crenças negativas sobre si mesmo e traduzir isso para as crianças
  • Entre outras

Possíveis causas da baixa autoestima em crianças

Uma comunicação negativa

Quando uma criança está crescendo pode receber muitas críticas e desenvolver um padrão de pensamento negativo. Dependendo do tipo de críticas que recebe diariamente pode, de forma inconsciente, dizer coisas sobre si mesma, como por exemplo:

  • Eu não sou bom o suficiente
  • Eu não sou capaz de conseguir isso
  • Eu sou ruim em…
  • Eu sou feio/gordo/baixo/bobo

A constante repetição destas declarações apenas reforçam as crenças negativas. O que a princípio era uma crítica ou um rótulo se tornou uma terrível crença negativa que irá provocar baixa autoestima. As crianças acreditam no que dizem para elas desde pequenas, e mudam seu comportamento para cumprir essa crença ou profecia, o que cria uma criança com baixa autoestima.

O ambiente e a influência dos pais

A influência mais importante em uma criança é a do ambiente, mas especialmente a dos pais. É natural que, se os pais têm uma elevada autoestima a criança também a tenha… mas o contrário também ocorre. Se uma criança cresce ao lado de pais que têm baixa autoestima, irá herdar dos pais esta maneira de ver o mundo. Por esta razão é tão importante que os pais se esforcem para incutir em seus filhos positivismo, amor, apoio e respeito.

É imprescindível evitar a todo o custo as críticas, a humilhação, os palavrões, as comparações ou ter expectativas pouco realistas. Se as sementes da autoestima forem plantadas cedo, uma erva daninha da baixa autoestima não irá ter nenhuma oportunidade de crescer. Educar desde a inteligência emocional e com disciplina positiva sem dúvida poderá ter resultados desejados a longo prazo.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.