Glenn Doman foi um médico norte-americano que, há mais de 50 anos, criou o seu próprio método educacional, denominado método…
Consequências dos castigos físicos para crianças
Ser pai e mãe é uma tarefa que exige tomada de decisões frente ao comportamento de nossos filhos. Muitos pais consideram que a forma mais efetiva de combater a desobediência dos filhos é colocar regras claras e estabelecer um sistema de castigos, como, por exemplo, tirar as coisas que eles gostam, proibir a televisão ou recusar passeios.
Para outros, esses recursos não são suficientes. Assim, recorrem a castigos físicos como medida disciplinar. Entretanto, esse método está em constante discussão já que suas consequências são negativas. Cada surra deixa marcas nas crianças que são impossíveis apagar.
A seguir, mostraremos os efeitos de uma educação baseada em castigos físicos e alternativas mais adequadas para aquelas ocasiões incontroláveis. É imprescindível evitar os castigos físicos se você deseja criar filhos felizes.
À que nos referimos quando falamos de castigos físicos?
Existem diferentes formas de castigos físicos. Empurrar, dar palmadas, bater e sacudir não são maus-tratos e se diferenciam do assédio físico ou sexual. Entretanto, essas práticas constituem um dano irreparável a longo prazo, pois aumentam a possibilidade de gerar problemas emocionais graves.
Atualmente, esse tipo de educação na infância, quando os pais machucam física e mentalmente seus filhos, é bastante comum. Os pais acreditam que estão “corrigindo” seus filhos quando, na verdade, acontece o oposto: quanto mais castigos a criança recebe, mais ela se torna agressiva e violenta.
Bater na criança e depois explicá-la que isso serve para o seu próprio bem é muito perigoso. Agir dessa forma faz com que ela entenda que a violência é uma característica que faz parte do amor. Quando a criança crescer irá considerar a intimidação uma prática habitual em suas relações interpessoais, pois já estará acostumada.
10 consequências do castigo físico em crianças
Disciplinar de forma severa se transformou em objeto de discussão e investigação nos últimos anos, ao longo dos quais já se provou que o castigo físico, longe de trazer consigo benefícios, causa graves problemas nos pequenos.
Tanto os gritos como os tapas dos pais despertam sentimentos como ansiedade e angústia nas crianças, as quais irão evitar repetir esses atos, não porque entenderam como “erro”, mas devido ao medo que sua reação gerou nelas. Assim, essa forma de punir não é efetiva, uma vez que acarreta as seguintes consequências:
- Inibe a autonomia da criança.
- Anula a iniciativa da criança, bloqueando seu comportamento e limitando sua capacidade de resolver problemas.
- Interfere em seu processo de aprendizado e, consequentemente, no desenvolvimento de sua inteligência.
- Prejudica sua autoestima, pois promove expectativas negativas a respeito de si mesmo.
- Causa dificuldades ou destrói o vínculo e a comunicação entre pais e filhos.
- Gera sentimentos como solidão, tristeza e abandono.
- Forma uma visão de vida negativa, considerando, inclusive, a sociedade um lugar ameaçador.
- Condiciona a socialização da criança.
- Promove a violência como um modo válido de resolver conflitos.
- Desperta a raiva, o rancor e estimula o desejo de fugir de seu próprio lar.
Por isso, é importante que os pais compreendam que é prejudicial o uso da agressão física para disciplinar seus filhos. Como vimos, a violência nunca pode ser uma opção adequada para obter a atenção, a obediência e o respeito dos pequenos.
Como evitar o castigo físico na educação das crianças?
Há diferentes formas de disciplinar as crianças de acordo com a idade. Os especialistas recomendam estabelecer métodos de educação que não incluam maus-tratos físicos. Além disso, muitos especialistas do tema aconselham reforçar e premiar as atitudes positivas ao invés de castigar as negativas.
Especialistas em saúde mental sugerem aos pais e responsáveis que, frente a uma situação difícil de lidar devem buscar manter o controle de forma a ensinar a seus filhos a fazer o mesmo. Também explicam que castigar fisicamente não surte os mesmo efeitos que impor limites claros, os quais geram resultados muito melhores.
Trata-se de estabelecer e compartilhar normas e regras capazes de regular a conduta e o comportamento da criança durante a infância, facilitando, dessa forma,o processo de aprendizado e fazendo com que as crianças se sintam queridas e protegidas dentro de seu núcleo familiar.