Como a doença renal afeta a gravidez?
A insuficiência ou doença renal pode causar problemas para a grávida e também para o bebê. É importante saber como a insuficiência renal afeta a gravidez para evitar maiores complicações que possam colocar em risco o bem-estar de ambos.
A doença renal provoca um funcionamento inadequado dos rins devido a alguma falha. Se durar mais de três meses, é considerada uma insuficiência renal crônica.
Apesar de ter tratamento, essa doença pode causar graves problemas para as mulheres grávidas e também para aquelas que estão pensando em ter um bebê. Aliás, pesquisas médicas afirmam que as mulheres que ainda não engravidaram são as que apresentam maiores riscos.
Tipos de doenças renais
De acordo com a intensidade e a duração, as doenças renais são classificadas nos seguintes tipos:
Aguda. Acontece rapidamente, em geral são causadas por perdas significativas de sangue, contato com substâncias venenosas ou certos medicamentos que impedem os rins de funcionar de maneira normal. Pode levar à perda permanente da função renal.
Crônica. Ocorre quando o agravamento das funções renais é progressivo e dura certo tempo. É resultado de doenças primárias ou secundárias. Se for detectada a tempo, o tratamento pode permitir adiar a necessidade de iniciar terapias para substituir as funções renais. Estas são: a hemodiálise, diálise peritoneal e o transplante de rins.
Terminal. Nesses casos, ocorre a insuficiência renal permanente e total. Assim, a vida da pessoa está em risco se os tratamentos adequados não forem aplicados. Os tratamentos são os mesmos citados acima.
Como detectar uma doença renal?
O primeiro passo para saber se os rins estão funcionando bem é analisar a urina em busca de proteínas. Como as proteínas são boas para o organismo dos seres humanos, elas devem estar no sangue, e não na urina. Se estiverem na urina, significa que os rins não estão filtrando como deveriam.
Por outro lado, também é preciso realizar exames de sangue. O objetivo desses exames é um resíduo chamado creatinina, proveniente do tecido muscular. Quando a função renal não é eficaz, a creatinina não é devidamente eliminada pelo organismo.
Uma vez obtido o índice de creatinina no sangue, o próximo passo é descobrir a taxa de filtração glomerular. Essa taxa indica ao médico como os rins estão executando sua tarefa. Assim, ele poderá saber como a doença renal afeta a gravidez de uma mulher.
“Apesar de ter tratamento, essa doença pode causar graves problemas para as mulheres grávidas e também para aquelas que estão pensando em ter um bebê.”
Como a doença renal afeta a gravidez?
Riscos para a mãe
As mulheres grávidas que sofrem de problemas nos rins têm maiores chances de apresentar hipertensão arterial, pré-eclâmpsia, eclâmpsia e, inclusive, morte. Até mulheres que sofrem de uma doença renal leve podem passar por complicações como anemia ou desnutrição durante a gestação.
A melhor maneira de prevenir esse tipo de problema é o acompanhamento médico durante a gravidez. Hoje em dia, principalmente nos países em desenvolvimento, existem mulheres grávidas que não recebem cuidados médicos adequados.
Por esse motivo, os fatores de risco que podem causar condições como essa não são detectados. E também os sintomas que talvez apresentem não são corretamente analisados. Alguns deles são:
- Alterações na frequência, quantidade e cor da urina.
- Retenção de líquidos, que pode causar inchaço e sensação de fadiga.
- Sabor de metal na boca e hálito de amônia, causados pelo aumento da ureia na saliva.
- Hipertensão arterial.
- Náuseas e vômitos.
Perigos para a saúde do bebê
Saber como a doença renal afeta a gravidez inclui também saber como essa doença afeta a saúde do bebê. As consequências mais graves que um bebê pode sofrer são atraso no crescimento intrauterino, baixo peso ao nascer e, também, morte fetal. Muitas vezes, a doença renal também causa partos prematuros.
A principal causa desses problemas é a falta de proteínas que a mãe apresenta. Como já dissemos, a filtração deficiente por parte dos rins faz com que esses nutrientes, fundamentais para a mãe e o bebê, sejam eliminados na urina.
O médico deverá avaliar o nível de creatina no sangue da mãe no começo da gravidez para determinar o tratamento, as precauções necessárias e os riscos que ambos podem correr. É preciso levar em consideração que se um dos pais tiver sofrido ou sofrer de insuficiência renal, o bebê também pode desenvolver essa doença ao longo da vida.
Como conclusão, pode-se estabelecer que é necessário manter em dia os exames antes e depois da gravidez. Todas as mães devem estar cientes de como a doença renal afeta a gravidez para prevenir suas graves consequências.