Como a reserva ovariana afeta a fertilidade?
Você já ouviu falar da reserva ovariana? É simplesmente a quantidade de óvulos que a mulher tem em um determinado momento. Agora, dependendo do resultado desse número, as chances de gravidez podem ser alteradas. Você sabe como a reserva ovariana afeta a fertilidade feminina?
A reserva ovariana é um fator chave para a fertilidade das mulheres. Quando nasce, o número de ovócitos com os quais a mulher conta está na casa do milhão. Na puberdade – e nos períodos menstruais – essa quantidade cai consideravelmente. Na puberdade, na verdade, cai pela metade.
Essa quantidade de óvulos com os quais a mulher conta em um determinado momento da vida é de vital importância quando se trata de ter uma gravidez. Mas como eles são contados? Qual número indica um sinal de alerta? Quais fatores afetam a reserva ovariana? Vamos abordar essas questões abaixo.
Como a reserva ovariana é medida?
Existem três métodos para calcular a reserva ovariana de uma mulher. Estes são:
- Contagem de folículos antrais por ultrassom.
- Avaliação de marcadores endócrinos basais, como o hormônio folículo estimulante, estradiol, hormônio anti-mulleriano e inibina B.
- Testes que avaliam reações hormonais com drogas.
Esses exames não só nos permitem saber se uma mulher sofre de problemas de fertilidade e especificam quais são suas reais chances de conceber, mas também servem para medir as chances de sucesso em um tratamento de reprodução assistida.
Qual é a reserva ovariana normal?
Dos 16 aos 35 anos, a quantidade de ovócitos no corpo da mulher geralmente é boa. No entanto, por volta dessa idade, eles começam a diminuir drasticamente, já que o corpo se prepara para a menopausa. Isso pode variar em cada mulher, e também dependerá de não haver alterações, como a menopausa precoce.
Os valores considerados normais para cada medição são os seguintes:
- Folículos antrais: mede-se entre o 3º e o 5º dias do ciclo menstrual. Valores normais ficam na média de 4,9 mililitros em plena fase fértil.
- Hormônio folículo-estimulante: aumenta quando a reserva ovariana diminui. Se for maior que 10 mUI/ml, é uma reserva baixa.
- Estradiol: seus valores normais são menores que 40 pg/ml.
- Hormônio anti-mulleriano: os valores normais estão entre 0,7 e 3,5 ng/ml.
- Inibina B: resultados inferiores a 35-40 pg/ml indicam problemas na reserva ovariana.
A reserva ovariana para fertilidade?
Como apontamos anteriormente, esses indicadores são fundamentais para as possibilidades que uma mulher tem de conceber. A razão é que os folículos antrais, que são as estruturas onde os óvulos amadurecem, e os hormônios que detalhamos anteriormente são os componentes elementares para esse processo.
Portanto, conhecer sua reserva ovariana permitirá que a mulher saiba quais são as chances de conseguir uma gravidez. É também um dado importante para o planejamento familiar, pois ajuda a determinar as chances de ser mãe no futuro.
Dos 16 aos 35 anos, a quantidade de ovócitos no corpo de uma mulher costuma ser boa. No entanto, perto dessa idade, começam a diminuir drasticamente.
Fatores que reduzem a reserva ovariana
A principal condição para a reserva ovariana de uma mulher é a idade. A partir dos 35 anos de idade – pode acontecer mais tarde em algumas mulheres – o número de óvulos no corpo começa a cair drasticamente.
No entanto, além da inexorável passagem do tempo, outras razões que podem levar a esse declínio também podem ser apontadas. Por exemplo, tratamentos médicos complexos, como radioterapia e quimioterapia.
Da mesma forma, os hábitos de vida e as condições ambientais podem influenciar. Isso inclui estresse, peso e condição física das mulheres, poluição do meio ambiente ao qual ela está exposta diariamente – principalmente se tiver contato com toxinas e pesticidas – e hábitos nocivos como fumar.
O que fazer quando há uma reserva ovariana diminuída?
Os indicadores dessa capacidade estarem baixos não significa que as mulheres não possam mais conceber. Na verdade, é até possível – embora difícil – que isso ocorra naturalmente.
No entanto, tratamentos de fertilidade atualmente assistidos permitem que a maioria das complicações que possam surgir sejam resolvidas. A fertilização in vitro, geralmente, é o método escolhido nesses casos.
Em resumo, está claro que a reserva ovariana afeta a fertilidade das mulheres. Isso é um indicador fundamental, cujo conhecimento pode ajudar a agir e a planejar o futuro da melhor maneira.
Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.
- Gabriel Vallejos P; Juan Enrique Schwarze M. MSc; Sonia Villa V.2, Carolina Ortega H; Ricardo Pommer T. Utilidad de la determinación de la reserva ovárica como predictor de la posibilidad de embarazo espontáneo. Revisión sistemática. REV CHIL OBSTET GINECOL 2015; 80(5): 421 – 425.
- J. Errázuriz et al. Determinación de la reserva ovárica mediante el recuento de folículos antrales en mujeres en edad reproductiva. Rev Med Chile 2017; 145: 741-746.
- Pérez, E. Estudio de la reserva funcional ovárica. Sociedad Española de Fertilidad. [Documento en línea].