Como superar a fase da falta de apetite nas crianças?
Como mães devemos ter cuidado quando vamos alimentar nossos filhos. Devemos insistir para que consumam os alimentos. Mas sem pressionar muito porque podemos gerar neles certa apreensão que acabará reforçando a sua recusa em comer.
Portanto, devemos ser muito sutis com as estratégias que usamos quando tentamos convencê-los de que devem comer tudo. A perda de apetite é mais comum do que imaginamos. Ela pode ocorrer em crianças de um a três anos de idade, que já têm maturidade suficiente para se recusar a fazer algo que não queiram ou que as desagrada.
Quando você notar que os dias em que a criança não come o almoço estão se repetindo com muita frequência, não hesite em consultar o pediatra. Ele provavelmente vai indicar uma série de exames rigorosos para comprovar que a saúde da criança está boa.
Se assim for, é provável que ele recomende um complexo multivitamínico para compensar todos os nutrientes que a criança não quer consumir.
Os pais devem evitar a todo custo transmitir estresse para seus filhos na hora de comer
Uma regra de ouro indica que enquanto a criança não perder peso por causa da falta de apetite, não há razão para se preocupar. Nesse sentido, é necessário que você monitore o tamanho e o peso da criança a cada 15 dias. O objetivo é evitar um possível quadro de desnutrição.
Outro fator que devemos levar em conta é que a falta de apetite deve ser encarada como um sintoma cujas causas podem ser várias. Ou seja, a única maneira de ajudar nossos filhos a superar a falta de apetite é saber o que a causa.
Identifique as causas de perda de apetite
De acordo com Irene Chatoor, psiquiatra infantil e professora excepcional na Universidade George Washington, Estados Unidos, a falta de apetite nas crianças pode ser devido a várias causas que devem ser tratadas para erradicar os sintomas.
Possíveis causas
Por essa razão, foi criado um programa chamado Identificação e Gestão de Dificuldades de Alimentação para Crianças. Segundo esse programa, as causas poderiam ser as seguintes:
- A presença de uma doença crônica. A primeira coisa a ser descartada é que as crianças ou os bebês que têm dificuldades para comer não estejam sofrendo de uma doença que afeta o apetite.
- Medo de se alimentar. Esse medo surge nas crianças depois de terem passado por um evento traumático. Um exemplo pode ser se engasgar com um pedaço de comida; ou também pode ocorrer ao se lembrar da sensação de uma dor na garganta por qualquer condição.
- Pouca adaptação a novos sabores. Muitas vezes a falta de apetite de uma criança se deve à sua relutância para experimentar novos sabores, aromas e texturas. Quando isso acontece, não é uma boa ideia pressionar. Porque assim só aumentaremos sua rejeição em relação a certos alimentos.
É imprescindível confiar que as crianças consumirão a quantidade de alimento que precisam
- Influência negativa dos pais. Muitas vezes o papai e a mamãe acreditam que a criança não está se alimentando o suficiente. Quando a verdade é que ela está consumindo todos os nutrientes que necessita para o seu desenvolvimento. Sob pressão dos adultos, as crianças geralmente recusam os alimentos.
- Falta de incentivo. Para uma criança triste ou apática é difícil comer, assim como pode acontecer com qualquer adulto. Tendo em conta esta possibilidade, é bom perguntar o que a mantém com o ânimo para baixo.
- Uma criança muito enérgica. Quando a criança tem excesso de energia, permanecerá feliz, brincando de um lado para outro e distraída. Se este for o caso, é bom avisar uma hora antes de cada refeição que deve se acalmar. Assim, poderá se dedicar a comer sem distrações.
Como podemos ajudar?
Devemos saber que com gritos e desespero não estamos contribuindo em nada. Então, a primeira coisa que devemos fazer é nos enchermos de paciência e disposição quando chegar a hora de alimentar a criança.
- Os especialistas recomendam que o restante da família coma ao mesmo tempo que o bebê. Dessa forma, ele pode observar de primeira mão como deve se alimentar. Assim, também vai desenvolvendo o hábito.
- Deixar de lado as distrações. Desligue a TV e afaste os brinquedos e aparelhos eletrônicos com que a criança geralmente brinca.
- Ensinar que, quando chega a hora do jantar ou almoço, ela deve colocar toda a sua atenção na mesa e na comida.
- Fazer pratos divertidos. Não há melhor maneira de apresentar legumes e verduras do que desenhando figuras ou bonecos que consigam prender a atenção da criança.
- Lembrar que o primordial é não assumir a hora de comer como um problema. Assim, a criança irá sentir o seu estresse e não irá quer comer.