Depressão pós-adoção
Embora não aconteça em todos os casos, a depressão pós-adoção tem sido um problema sério e real para as pessoas que adotam uma criança. Em qualquer caso, no artigo a seguir contamos tudo o que você precisa saber.
Certamente, não há como prever o que os pais devem esperar quando adotam um filho. De fato, mesmo aqueles que já adotaram antes, não podem saber como será a nova adição ao núcleo familiar.
Basicamente, o que acontece é que cada criança é diferente. Assim, os pais devem adaptar o estilo de vida e os métodos de criação para atender às necessidades de cada uma.
A depressão pós-adoção afeta homens e mulheres. No caso das mulheres que adotam após passarem pela questão da infertilidade, as emoções não resolvidas também podem contribuir para esse sentimento de depressão. Sem dúvida alguma, não poder ter um filho biológico é uma perda real e marcante.
Além disso, há muitos outros fatores que contribuem com o estresse. A perda de emprego, a idade dos pais e o próprio comportamento das crianças também têm uma grande influência na depressão pós-adoção.
A incerteza de que a criança realmente receba os novos pais como os seus próprios pais e o medo de não conseguir fazer tudo isso de forma perfeita são aspectos que contribuem para essas tensões.
Seja como for, todos esses fatores não querem dizer que os pais que adotam vão certamente entrar em depressão. Porém, é preciso considerar a possibilidade e reconhecer os sintomas se eles surgirem.
Sintomas da depressão pós-adoção
Há muitos fatores que contribuem para a depressão pós-adoção ou podem causar esse estado de emoção depois ter aumentado a família. Portanto, se você adotou uma criança e reconhece algum dos seguintes sintomas, recomendamos que procure a ajuda de um especialista o mais rápido possível.
- Aumento ou diminuição do apetite.
- Perda de interesse ou falta de motivação nas atividades diárias.
- Fadiga e irritabilidade sem motivo.
- Dificuldade de sair da cama.
- Falta de motivação.
- Diminuição do apetite sexual.
- Sentimentos de impotência e desespero.
- Variação no peso devido à alimentação excessiva ou à falta dela.
- Falta de concentração e falta de memória.
- Incapacidade de tomar decisões simples.
- Dor de cabeça contínua por tensão.
Dicas para evitar a depressão pós-adoção
A realidade é que muitos pais adotivos sentem que passaram meses ou mesmo anos esperando o momento certo para mostrar que são pais excepcionais. Porém, uma vez que adotam a criança, têm um sentimento de fracasso. Mesmo assim, poucas pessoas admitem os seus sentimentos e procuram a ajuda certa.
De qualquer forma, essa situação pode ser amenizada ou até mesmo evitada com os seguintes conselhos:
1. Assuma as dificuldades
Criar um filho envolve muitos sacrifícios e responsabilidades e é preciso estar preparado para isso.
De fato, pode ser difícil para alguns pais adotivos admitirem a si mesmos, e especialmente a outras pessoas, que estão tendo dificuldades com algo que desejaram por tanto tempo. Mas se você não fizer isso por si mesmo, faça pelo resto da sua família.
2. Não estabeleça padrões muito altos
Os pais adotivos muitas vezes superestimam as suas habilidades de criar os filhos. Assim, quando eles não conseguem se conectar com a criança, se sentem decepcionados.
Em vez de estabelecer padrões muito altos de criação, tente aprender e melhorar a cada dia. Não se esqueça de que ninguém pode ensinar como realmente criar os filhos, porque é algo que se aprende com a experiência.
3. Avaliar os possíveis obstáculos
Se você estiver pensando em adotar, certifique-se de conversar com um assistente social sobre os possíveis obstáculos, tanto na criação dos filhos em geral quanto sobre si mesma. Avalie quais circunstâncias levaram a querer um filho adotivo.
Em qualquer caso, não se preocupe demais. Afinal, nem sempre é fácil lidar com essas situações e é possível que às vezes você precise de ajuda.
Antes de concluir, recomendamos que caso você identifique um estado de depressão pós-adoção, entre em contato com sua família e seus amigos de confiança. Da mesma forma, procure ter uma equipe de apoio para que você consiga ter uma pausa em suas tarefas como mãe, mesmo que seja apenas por algumas horas.
Além disso, não hesite em procurar ajuda profissional. A depressão pode ser tratada com medicamentos e sessões de terapia. Quanto mais cedo você procurar tratamento, mais rápido você poderá resolver o problema!
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