Doença celíaca em bebês e crianças: o que você deve saber

É importante estar atento aos sintomas gastrointestinais para detectar problemas complexos como a doença celíaca. A partir de então, a dieta terá que ser adaptada.

Revisado e aprovado por o nutricionista Saúl Sánchez Arias.

Escrito por Saúl Sánchez Arias

Última atualização: 18 outubro, 2022

A doença celíaca é uma das patologias digestivas e intestinais mais comuns que geralmente se desenvolve durante as primeiras fases da vida e condiciona a alimentação dos pequenos. Nessas circunstâncias, uma série de modificações na dieta deve ser realizada com o objetivo de salvaguardar a função do tubo, pois, caso contrário, podem ocorrer sintomas graves.

Agora, é importante ter em mente que, com o tratamento adequado, você pode viver com a doença celíaca sem muitos problemas. Claro, será necessário remover a proteína do glúten. A partir daqui, o ideal será preparar um cardápio equilibrado e o mais variado possível para evitar deficiências nutricionais.

Sintomas da doença celíaca

Quando um bebê ou criança desenvolve doença celíaca, geralmente apresenta uma série de sintomas característicos. Entre eles estão diarreia, dor abdominal, ansiedade, falta de energia e até depressão. Obviamente, todos eles estão relacionados ao consumo de glúten. Por sua vez, a perda de peso também costuma ser um sinal significativo.

Caso um bebê apresente algum desses sintomas com frequência e sem causa aparente, é melhor consultar um especialista. O profissional vai solicitar uma série de testes diagnósticos que confirmarão a presença de doença celíaca. Posteriormente, medidas apropriadas terão de ser implementadas.

Além disso, deve-se notar que nos casos mais graves podem ocorrer outros sinais, como os seguintes:

• Anemia.
• Inchaço.
• Cãibras musculares.
• Osteoporose.
• Erupções dolorosas na pele.

O que fazer quando a doença celíaca é diagnosticada?

Uma vez confirmado o diagnóstico da doença celíaca, é importante tomar uma série de medidas dietéticas para evitar sintomas e danos ao sistema digestivo. Isso é evidenciado por pesquisas publicadas na revista Nature Reviews. Será essencial evitar o consumo de glúten em qualquer uma de suas formas. Mesmo análogos como avenina podem causar desconforto.

Ao contrário de outros problemas digestivos, como a sensibilidade não celíaca ao glúten, os pacientes celíacos são hipersensíveis à proteína. Isso significa que qualquer resíduo ou vestígio dela nos alimentos desencadeará sintomas e criará um risco à saúde. Por esta razão, uma série de mecanismos relacionados à higiene alimentar terão de ser implementados.

Da mesma forma, será fundamental observar os rótulos nutricionais. Em muitos dos alimentos que são comercializados, a presença ou ausência de glúten é declarada. Os produtos que carecem da proteína devem sempre ser escolhidos, especialmente quando falamos de cereais infantis ou preparações para mingau.

Doença celíaca e outras patologias intestinais complexas

Até o momento, não se sabe se a doença celíaca pode realmente aumentar o risco de desenvolver outras patologias intestinais complexas, mesmo que a dieta seja modificada corretamente. Por esse motivo, é necessário tomar certas precauções a esse respeito para garantir a homeostase no nível inflamatório e evitar grandes problemas.

Nesse sentido, uma das melhores recomendações é a introdução precoce de alimentos fermentados com probióticos na dieta. Esses produtos demonstraram ajudar a melhorar a saúde da microbiota e prevenir a promoção de mecanismos inflamatórios e oxidativos que podem causar danos. Os iogurtes são uma excelente opção. A suplementação com probióticos poderia inclusive ser avaliada, após consulta com o especialista.

É importante estar atento aos sintomas digestivos em crianças

Como você pode ver, a doença celíaca é uma patologia que se reflete nos sintomas em crianças devido à ingestão de glúten, a proteína que causa a reação. Será importante identificá-la a tempo para evitar danos às vilosidades intestinais, o que poderia afetar negativamente os processos de digestão e absorção de nutrientes.

Por fim, lembre-se de que planejar um menu sem glúten é possível e não muito complicado. Será necessário estar muito atento ao rótulo dos produtos e implementar uma série de métodos higiênicos para evitar a contaminação cruzada que pode gerar reações adversas. Com uma boa abordagem dietética, você pode levar uma vida saudável.