Como evitar a queda do cabelo durante a gravidez?
Você provavelmente se sentirá inquieta se começar a ter queda de cabelo durante a gravidez. Existe uma doença chamada alopécia androgenética, e ainda que as suas causas sejam desconhecidas, seu efeito termina após a gravidez.
Uma série de modificações vasculares, endócrinas, metabólicas e imunológicas durante a gravidez tornam a mulher um grupo especialmente suscetível à mudanças cutâneas, fisiológicas, bem como patológicas, explica a Sociedade Espanhola de Pediatria e Obstetrícia (SEGO).
Segundo a SEGO, a alopécia androgênica também conhecida como calvície androide, ocasionalmente pode se desenvolver em mulher grávidas quando existe histórico familiar.
As notas da associação asseguram que esse transtorno tende a voltar em gestações subsequentes, mas existe recuperação depois do término da gravidez.
Acontece a perda difusa de cabelo com afinamento progressivo. E ainda que sua causa seja desconhecida, ela se resolve sozinha, sem tratamento.
A queda de cabelo depois do parto
Para alguns especialistas é mais notória a mudança pós-parto porque é intensa, grande, generalizada, e de rápida evolução, pois se estende durante semanas ou inclusive meses.
Geralmente aparece entre os 2-3 meses do parto, as vezes antes, e não irá se repetir em cada gravidez. O sexo do recém nascido também não influencia, afirma um documento da SEGO.
Essas mudanças sazonais são mais propícias nas pessoas adultas e geralmente tendem a parar por si só em 2 ou 3 meses.
Todas as mudanças devem ser consideradas fisiológicas, não precisam de tratamento, param por si mesmas e não provocam alopécia a menos que já exista um trauma no folículo piloso. Os compradores de cabelo e a propaganda de produtos comerciais se aproveitam bastante desse transtorno.
Outro documento explica que a alopécia ou “eflúvio telógeno puerperal” é descrito como uma queda brusca de cabelo que começa do 1º ao 4º mês depois do parto, e desaparece sozinho em torno de 6 a 12 meses.
Uma situação semelhante pode ocorrer após o estresse metabólico gerado por uma doença grave ou trauma emocional. Essa mudança fisiológica não precisa de nenhum tratamento porque é reversível.
Os especialistas recomendam realizar a lavagem normal e evitar o trauma local, assim como buscar apoio emocional.
A queda do cabelo ou alopécia deixou de ser exclusividade masculina, e existe estudos que se encarregaram de demonstrá-lo. Mais de 25% das mulheres começam a sofrer desse transtorno antes da menopausa. – Academia Americana de Dermatologia –
Conselhos para evitar a queda de cabelo durante a gravidez
Ainda que os especialistas afirmem que os transtornos da queda de cabelo não precisam de tratamento porque se resolvem sozinhos, não é ruim conhecer quais nutrientes são benéficos para o cabelo e lhe ajudam a mantê-lo saudável.
As dietas inapropriadas ou maus hábitos alimentícios podem influenciar na saúde do seu cabelo, que precisa de proteína para crescer.
Se faltam proteínas, segundo a Associação Americana de Dermatologia, o corpo trata de buscá-la detendo o crescimento do cabelo. Depois de dois ou três meses você pode ver uma queda acentuada.
Segundo a nutricionista Viviana Viviant, tudo isso é evitado ingerindo os seguintes nutrientes:
VITAMINAS A
.Função: favorece a cicatrização dos tecidos e ajuda a combater infecções.
. Fontes: leite, manteiga, creme, fígado, gema de ovo, hortaliças e frutas de cor verde, vermelha, amarela e alaranjada.
. Sinais de carência: falta de brilho e caída de cabelo.
B2 (RIBOFLAVINA)
. Função: é útil contra problemas de dermatite e eczema.
. Fontes: principalmente, o leite, o iogurte e os queijos, mas, também, no gérmen do trigo, cereais integrais e levedura de cerveja em pó.
. Sinais de carência: coceira e descamação do couro cabeludo e queda de cabelo.
B5 (ÁCIDO PANTOTÊNICO)
. Função: cumpre um papel muito importante no crescimento do cabelo.
. Fontes: carnes, ovo, cereais integrais, legumes, frutas secas, levedura de cerveja em pó e gérmen de trigo.
MINERAIS QUE EVITAM A QUEDA DE CABELO DURANTE A GRAVIDEZ
ZINCO
. Função: consumido em conjunto com a vitamina B6 e pode ser eficaz contra a caspa.
. Fontes: carnes magras, mariscos, ovo, gérmen de trigo e legumes.
. Sinais de carência: diminuição do volume e do tamanho do cabelo que, por sua vez, perde brilho, se torna quebradiço e pode chegar a cair.
FERRO AJUDA A EVITAR QUEDA DE CABELO DURANTE A GRAVIDEZ
. Fontes: carnes, fígado, cereais integrais ou fortificados, legumes (soja, lentilhas) e hortaliças de cor verde escura (acelga, espinafre, brócolis).
. Sinais de carência: fragilidade e debilidade do cabelo.
ENXOFRE
. Função: é necessário para formação do colágeno e indispensável para a produção de queratina. Ajuda a diminuir a gordura do cabelo e na pele.
IODO
. Função: participa ativamente no crescimento do cabelo e das unhas.
. Fontes: peixes e frutos do mar.
MAGNÉSIO
. Função: é indicado para o tratamento de cabelos frágeis e da calvície prematura.
. Fontes: frutas secas e sementes, cereais integrais, hortaliças de cor verde intensa e legumes.
PROTEÍNAS
. Função: são responsáveis pela formação, reparação e manutenção de todos os tecidos do corpo. A pele, o cabelo e as unhas são constituídas por proteínas.
. Fontes: as de melhor qualidade são encontradas nos laticínios, carnes e ovo (especialmente, a clara).
COENZIMA-Q ou ubiquinona, é uma substância proteica com função “anti-idade” que pode ser produzida pelo nosso corpo. Diversos estudos revelaram que níveis baixos podem contribuir de forma direta para o envelhecimento. Compartilha propriedades antioxidantes com a vitamina E.