Falta de líquido amniótico na gravidez
O líquido amniótico protege seu bebê e proporciona as condições de vida necessárias para ele se desenvolver perfeitamente. Um desequilíbrio desse elemento vital pode desencadear algumas complicações próprias da gravidez com resultados fatais.
A seguir, vamos nos aprofundar no que acontece quando falta líquido amniótico na gravidez para que você tome as devidas precauções.
O que é oligohidrâmnio ou falta de líquido amniótico?
É conhecida como oligohidrâmnio aquela condição na gravidez em que existe um volume escasso ou falta de líquido amniótico. Estima-se que é uma doença que atinge 10% das gestações, especificamente, no primeiro trimestre da gravidez.
Ela é diagnosticadA através de uma ecografia ou ultrassom, em que o profissional divide o útero em quatro fragmentos para calcular seu fluido. Um volume normal se encontra entre 5 e 25 cm. Por isso, se uma gestante possuir menos de 5 cm, estamos diante de um caso de oligohidrâmnio.
É muito comum observar gestações com falta de líquido amniótico; geralmente, essa condição se agrava no término da gestação.
Por que pode acontecer falta de líquido amniótico?
A comunidade médica não consegue entender com profundidade por que acontece falta de líquido amniótico na gravidez. No entanto, na maioria dos casos está relacionada com hipertensão arterial, pré-eclâmpsia, diabetes e gestações múltiplas.
No entanto, também não se descartam as seguintes causas:
1.- Ruptura das membranas
Quando se rompem as membranas da bolsa amniótica, o líquido vaza através dessa abertura. Isso é muito importante e comum nas últimas semanas de gravidez.
Portanto, se perceber que sua roupa íntima está molhada ou que perdeu líquido na gestação, você deve entrar em contato rapidamente com seu médico. Essa complicação pode deixar o bebê exposto a infecções, por isso é bom receber assistência médica.
2.- Diversas doenças
Outra causa de falta de líquido amniótico é quando a pessoa sofre de determinadas doenças anteriores à gestação. Elas podem ser: diabetes, hipertensão arterial ou lúpus, entre outras.
Além disso, podem existir complicações se forem ministrados medicamentos para manter algumas doenças já existentes sob controle. De qualquer forma, recomenda-se fornecer esse tipo de informação ao médico para que sejam tomadas as devidas precauções.
“Estima-se que a falta de líquido amniótico é uma doença que atinge 10% das gestações, especificamente, no primeiro trimestre de gestação.”
3.- Defeitos congênitos
O feto inala e consome o líquido amniótico e em seguida 0 excreta através da urina para garantir o desenvolvimento dos pulmões e do sistema gastrointestinal. No entanto, algumas deficiências, na sua maioria, renais, impedem essa compensação do líquido através da urina.
Outra razão que impede a produção de urina pelo feto é o descolamento da placenta. Essa condição reduz a passagem dos nutrientes para o bebê, o que causa a diminuição da quantidade de urina.
Riscos da falta de líquido amniótico
Os riscos da falta de líquido amniótico dependem do estágio da gestação em que se produz. Uma quantidade correta desse líquido evita que o cordão umbilical se comprima e impeça a passagem de oxigênio e nutrientes para o feto.
Se isso acontecesse, poderia ocorrer:
- Deficiências ao nascer.
- Aborto.
- Morte prematura.
- Complicações na hora do parto, já que aumenta a possibilidade de o bebê aspirar o mecônio ou suas primeiras evacuações.
- Hipoplasia pulmonar ou desenvolvimento anormal dos pulmões.
- Diminuição do crescimento uterino.
Quando o médico que acompanha a gestação conseguir diagnosticar o oligohidrâmnio, a mulher deverá se submeter à uma série de exames. Basicamente, sua finalidade é determinar se o bebê está se desenvolvendo adequadamente.
No caso de a mulher se encontrar nas semanas finais da gestação, o parto vai ser induzido sem deixar de monitorar em momento algum o bebê.
Sintomas do oligohidrâmnio
Uma vez conhecidas todas as implicações da falta de líquido amniótico, recomenda-se ficar alerta diante aos seguintes sinais:
- Ausência de movimentação do feto.
- Perda de líquido através da vagina.
- Redução no crescimento uterino.
Nos exames pré-natais, o médico vai determinar se observa baixo crescimento fetal. Além disso, é recomendável ficar de repouso para evitar complicações e consumir líquido o suficiente. Outros tratamentos podem consistir em medicamentos que estimulem a produção de líquido ou amnioinfusão ou injeção de líquido através da amniocentese.
Em suma, a falta de líquido amniótico pode ser grave. Por isso, é necessário ficar atenta diante de qualquer mudança. Os exames pré-natais frequentes realizados com o seu médico farão com que seu bebê cresça saudável e forte.
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- Vigil, José Luis & Alvarez, Claudia. (2016). Fisiología, funciones y alteraciones del líquido amniótico.
- Alteraciones del líquido amniótico: diagnóstico y tratamiento. Protocolos UMF Vall Hebrón.