O que é a placenta prévia?

O que é a placenta prévia?
Nelton Ramos

Revisado e aprovado por o médico Nelton Ramos.

Última atualização: 27 dezembro, 2022

A placenta prévia é um problema próprio da gravidez em que a placenta se encontra numa posição mais baixa do que o normal no útero. Dessa forma, em alguns casos pode cobrir um lado do colo do útero ou em outros a abertura completa.

Existem diferentes sintomas na hora de diagnosticar uma placenta prévia. No entanto, o mais comum é o sangramento sem dor durante o terceiro trimestre de gravidez. Essa condição afeta principalmente a placenta. Um órgão de forma arredondada ou oval próximo da parte de cima do útero e cuja função principal é nutrir o bebê através do cordão umbilical.

Os especialistas asseguram que, geralmente, a placenta prévia não representa um problema no princípio da gravidez. No entanto, quando a gravidez avança e a placenta está próxima do útero pode gerar diversas complicações, entre elas hemorragia.

Essa complicações podem exigir que o parto seja adiantado ou que seja feita uma cesárea.

Diferentes denominações ou tipos de placenta prévia

Os médicos se deparam basicamente com 4 tipos de placenta prévia:

  • Se a placenta cobre completamente o colo do útero, ela é chamada de placenta prévia completa ou total.
  • Se a placenta se encontra na borda do colo do útero, chamamos de placenta prévia marginal.
  • Também é possível que você tenha ouvido falar no termo placenta prévia parcial. Refere-se a uma placenta que cobre parte do orifício cervical, mas ocorre apenas quando o colo do útero começa a se dilatar.
  • Se a borda da placenta se encontra a apenas dois centímetros do colo do útero, mas não o toca, estamos diante de uma placenta baixa. 

Saber a localização da placenta é possível através de um ultrassom que normalmente é feito nas gestantes entre a 16ª e 20ª semana de gravidez.

Exame clínico de placenta prévia

 

O que fazer se você for diagnosticada com uma placenta prévia?

O tratamento dependerá do estágio da gestação. No entanto, você não precisa se alarmar se o ultrassom do segundo semestre mostrar uma placenta prévia já que a medida que a sua gravidez avança pode fazer com que a placenta se mova, se afastando do colo do útero e, consequentemente, deixando de ser um problema.

Ainda que a placenta se prenda ao útero e se mantenha fixa ali, pode ser que pouco a pouco ela vá se afastando do colo do útero à medida que o útero se expande. Por outro lado, conforme a placenta cresce, o mais provável é que faça isso em direção a parte superior do útero, onde o fluxo de sangue é maior.

“Quando a gravidez avança e a placenta fica próxima do útero pode surgir diversas complicações, entre elas a hemorragia”

Recomendações:

Uma das principais recomendações ao ser diagnosticada com placenta prévia é ficar relaxada e tranquila. É muito importante que durante a sua gestação você fique calma e alegre. Evite as atividades que exigem que você levante peso ou que realize esforços desnecessários. Pois isso pode aumentar o risco de hemorragia.

É importante saber que a razão específica pela qual se origina a placenta prévia não está muito clara. Mas a teoria mais aceita atribui essa condição a problemas vasculares do endométrio, que é a capa interna do útero. O que foi possível comprovar é que, como em qualquer condição médica, existem diferentes fatores que podem influenciar no aparecimento de uma placenta prévia.

Placenta prévia da mãe, exame clínico

Fatores que influenciam:

  • Engravidar de forma frequente com posteriores abortos espontâneos.
  • Problemas como tabagismo e vício em cocaína.
  • Engravidar em idade avançada.
  • Lesões uterinas prévias à gravidez.
  • Cesáreas frequentes.
  • Gestação de gêmeos.

Apesar de não existir medicamento específico para tratá-la, em alguns casos nos quais o sangramento é mínimo se recorre a administração de tocolíticos. Além disso, as pacientes diagnosticadas com placenta prévia devem manter sempre uma dieta rica em ferro e ácido fólico com o intuito de evitar possíveis sangramentos.

É normal que seja considerada a opção de hospitalizar a mãe até o momento do parto se durante a gestação acontecer mais de um episódio de sangramento. O objetivo é evitar a possibilidade de desprendimento placentário.


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