Gestações dolorosas: as próximas serão assim?
Quando uma mulher recebe a notícia de que se tornará mãe, ela é tomada por muitas emoções e perguntas, especialmente aquelas relacionadas à sua saúde e à do bebê. Ter gestações dolorosas também é um dos motivos mais comuns de preocupação entre as mulheres grávidas, especialmente as de primeira viagem. O que é preciso saber sobre o assunto?
Durante a gravidez, a mulher passa por muitas mudanças físicas e emocionais. O bebê vai crescer em sua barriga, os níveis dos hormônios vão mudar consideravelmente e muitas outras funções vão alterar radicalmente a vida com a qual ela estava acostumada.
É normal que, conforme a gravidez for progredindo, surjam novas dores e desconfortos, com os quais a mulher nunca lidou antes. Por isso, ela nem sempre encontra uma maneira de aliviá-los.
Nesses casos, o mais recomendável é manter a calma e investigar cada situação a fundo para saber como reagir. Certamente, isso precisa ser complementado pelos conselhos constantes do médico responsável.
Gestações dolorosas
Durante a gestação, a mãe pode apresentar alguns tipos de mal-estar considerados comuns. No entanto, é necessário estar sempre atenta às variações desses sintomas, a fim de evitar complicações. Alguns desses desconfortos são:
Dores de cabeça
As dores de cabeça são muito frequentes durante a gravidez, mas podem ser facilmente aliviadas por meio de técnicas de relaxamento. Dessa forma, também se evita o uso de qualquer medicamento que possa prejudicar o bebê.
Porém, se esse método não funcionar e for necessário ingerir algum medicamento, é preciso pedir que o médico prescreva o mais adequado.
Por outro lado, as dores de cabeça também podem estar associadas à pré-eclâmpsia, isto é, à pressão alta durante a gravidez. Quando essa condição ocorre, é preciso fazer repouso absoluto e seguir um tratamento médico rigoroso para controlar qualquer sinal de hipertensão.
Dor na barriga ou na virilha
Geralmente acontece entre a 17ª e a 26ª semana de gravidez. Conforme o útero vai crescendo, os ligamentos redondos ao seu redor são estendidos para fornecer mais apoio. Isso causa uma dor aguda em um ou nos dois lados do abdômen.
Esse desconforto não é necessariamente preocupante, pois geralmente surge como resultado de se levantar rapidamente da cama ou de uma cadeira, tossir forte, entre outras ações cotidianas.
Atividades físicas, tais como caminhar ou praticar esportes, também promovem esse tipo de dor, que pode começar com um desconforto na virilha e subir até chegar aos quadris.
Para aliviá-la, a melhor opção é se sentar ou se deitar lentamente sobre o lado oposto ao afetado e respirar pausadamente, até que a dor passe.
“Cada gravidez é diferente da outra. O corpo da mulher recebe o processo de uma maneira particular, de acordo com sua condição”.
Dor nas costas
Nas gestações dolorosas, destaca-se a dor nas costas. Assim como acontece com o desconforto nas pernas, o aumento de peso da mulher é a principal causa dessa condição.
Para reduzir o desconforto, o ideal é se manter em boa forma física, caminhar e se alongar com frequência, além de dormir de lado com um travesseiro entre as pernas, não ficar em pé por muito tempo e usar compressas quentes ou frias na área afetada.
Contrações de Braxton-Hicks
Na última metade da gravidez, podem se manifestar algumas contrações ocasionais no útero. Por volta da 37ª semana, elas devem se tornar mais frequentes, irregulares e indolores. Conforme a data do parto vai se aproximando, esse tipo de contração é um sinal de que o trabalho de parto está prestes a começar.
Se você sentir contrações e elas forem acompanhadas por dores na região lombar com uma frequência superior a seis por hora e em intervalos regulares, você deve entrar em contato com o médico responsável o mais rápido possível para que ele explique como proceder. Além disso, é provável que ele realize exames para descartar possíveis complicações.
Infelizmente, as gestações dolorosas são mais comuns do que gostaríamos. Passar por uma delas nos prepara para aplicar opções naturais e fáceis de colocar em prática a fim de combater esses problemas comuns. No entanto, não é possível ter a certeza de que, se a maternidade bater à nossa porta novamente, a experiência será a mesma.
Cada gravidez é diferente da outra. O corpo da mulher recebe o processo de uma maneira particular, de acordo com sua condição. A situação física e emocional durante a gravidez pode ser diametralmente oposta entre uma gestação e outra. Por isso, nada pode garantir que teremos outra gravidez dolorosa só porque já tivemos uma anteriormente.
Da mesma forma, se você teve a sorte de não ter dores durante a gravidez, também não é possível afirmar que você não vai precisar enfrentar uma gravidez um pouco mais desconfortável da próxima vez.