Hemorragias uterinas: tudo o que você deve saber

As hemorragias uterinas costumam aparecer por várias razões, inclusive o estresse. Podem ser comuns em mulheres de meia-idade e adolescentes. Mesmo que ocorram de forma isolada, o ideal é determinar sua causa para evitar possíveis complicações no futuro.
Hemorragias uterinas: tudo o que você deve saber

Última atualização: 24 fevereiro, 2018

As hemorragias uterinas são aqueles sangramentos anormais fora do período de menstruação que não têm nenhuma relação com ela.

Geralmente, são sangramentos provenientes do endométrio, provocados por alterações hormonais características da menopausa ou da adolescência. Os especialista garantem que pelo menos 30% das mulheres são afetadas por essa condição no mundo inteiro.

Considerações gerais das hemorragias uterinas

Uma hemorragia uterina é considerada normal quando faz parte do período menstrual. Ou seja, aparece a cada 28 dias, com uma duração de 5 dias e o sangramento não é excessivo. Uma alteração nas medidas normais em relação a frequência, duração e quantidade é uma hemorragia uterina disfuncional ou anormal.

Sintomas das hemorragias uterinas anormais

Os sintomas mais frequentes são:

  • Hemorragia após as relações sexuais.
  • Sangramento abundante sem razão aparente.
  • Sangramento depois da menopausa.
  • Manchas ou sangramento excessivo entre períodos.
  • Sangramentos excessivos acompanhados de coágulos durante a menstruação.

Outros sintomas relacionados a esses sangramentos são: anemia, mudanças drásticas de humor, ataques de raiva, ressequidão vaginal, cansaço e fadiga.

Possíveis causas das hemorragias uterinas disfuncionais

As hemorragias uterinas podem ocorrem devido a múltiplas causas que vão desde anomalias estruturais do útero, até complicações sérias como presença de tumores. Outras causas podem ser:

  • Alterações na estrutura do endométrio.
  • Períodos anovulatórios, ou seja, sem ovulação.
  • Pólipos endometriais, miomas ou fibromas.
  • Lesões vaginais devido ao uso de dispositivos intrauterinos.
  • Medicação ou transtornos hormonais que afetam a produção de estrogênios ou progesteronas.
  • Doença da tireoide ou nas glândulas suprarrenais.
  • Mudanças radicais de peso.
  • Presença de câncer ou infecções no útero.
Hemorragias uterinas: tudo o que você deve saber sobre essa anomalia

O ciclo menstrual é diferente em cada mulher. Por isso, é preciso determinar mediante exames físicos, sanguíneo e de ultrassom as possíveis causas das hemorragias uterinas.

Tipos de hemorragias ou sangramentos uterinos disfuncionais

Devido às variações ocorridas durante o sangramento, um especialista determinará qual é o tipo de sangramento existente para proceder com o diagnóstico. Os tipos de sangramentos mais comuns são:

  • Polimenorreia. São hemorragias com interrupções excessivamente curtas ou frequentes, ou seja, ciclos de 21 dias ou menos. Esses sangramentos são normais em quantidade e duração.
  • Hipermenorreia. Consiste em sangramentos abundantes com uma duração de mais de 7 dias.
  • Polimenorragia. São sangramentos excessivos com um duração maior a 7 dias, a cada 21 dias ou menos.
  • Hemorragias acíclicas. São aqueles que aparecem de forma anormal sem manter relação com o período menstrual.
  • Metrorragia. São perdas irregulares de sangue com intensidade variáveis que desequilibram o ciclo menstrual.
  • Hemorragias intermenstruais. São aqueles sangramentos que são produzidos entre os ciclos menstruais.
Hemorragias uterinas: tudo o que você deve saber sobre essa anomalia

Complicações das hemorragias uterinas

Um sangramento abundante e constante pode trazer complicações sérias para a saúde da mulher. As mais frequentes são:

  • Aumento do risco de aparecimento de câncer de endométrio.
  • Anemia crônica por sangramento excessivo.
  • Incapacidade de engravidar, seja pela impossibilidade de ovular ou pelos transtornos hormonais.
  • Deterioração da qualidade de vida devido a cansaço ou a fadiga constante.

Essas complicações podem ser evitadas consultando o médico em caso de sangramento anormal.

“Uma alteração nas medidas normais em relação a frequência, duração e quantidade é uma hemorragia uterina disfuncional ou anormal”

Tratamentos empregados para tratar as hemorragias uterinas

Para escolher o tipo de tratamento adequado convém realizar um diagnóstico preciso. Para isso, o profissional de saúde fará:

  • Exame físico.
  • Exames de sangue que vão medir os níveis de hormônios e o alcance da patologia. Além disso, exames de gravidez são incluídos para descartar hemorragias relacionadas com a implementação embrionária.
  • Ultrassom pélvico, abdominal e transvaginal; biopsia, curetagem, histeroscopia e tomografia.

Em função do diagnóstico, alguns tratamentos podem ser aplicados:

  • Tratamento médico à base de medicamentos tais como pílulas com estrogênio e progesterona, anticoncepcionais orais, anti-inflamatórios não esteroides e antifibrinolíticos. Tudo isso complementado com uma alimentação balanceada rica em nutrientes e vitaminas para repor as perdas causadas pelo sangramento.
  • Suplementos a base de ferro ou para estimular a ovulação.
  • Em caso de que a causa seja um fibroma, mioma ou pólipos, o profissional vai determinar se é prudente um tratamento cirúrgico. 

A ideia é combater a causa do sangramento, dessa forma os sintomas vão melhorar.

As hemorragias uterinas podem ser sintomas de uma complicação grave, por isso determinar a causa é o objetivo principal. Por isso, ante qualquer sinal é preciso consultar o seu médico de confiança.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.