Mamãe, não me compare com os outros

Mamãe, não me compare com os outros
María Alejandra Castro Arbeláez

Revisado e aprovado por a psicóloga María Alejandra Castro Arbeláez.

Última atualização: 27 dezembro, 2022

Não me compare com os outros. Essa é a resposta que o seu filho deveria lhe dar toda vez que você quiser medir suas qualidades com as do seus amigos.

Quem dera que todos os filhos tivessem suficiente força de caráter, inteligência ou perspicácia para impedir as insinuações que essa ou outra criança a supera em algo.

Que lindo seria o mundo se não existissem as comparações e seus terríveis efeitos.

Mas as pessoas nascem imperfeitas e continuam sendo durante toda a vida.

Os efeitos das comparações

Cada pessoa é única. Por isso possui um nome, características físicas e impressões digitais que a diferencia dos outros.

Mesmos o gêmeos são diferentes entre si.

Então como você pode querer que o seu filho se pareça com seus amigos ou com qualquer outra criança que você conhece?

A comparação com os outros fere a autoestima de uma criança. Interfere no seu estado emocional, decisões e até nos seus pensamentos e desejos.

não me compare com os outros

Por isso, não compare o seu filho com outra criança, porque ao fazer isso:

. Você estará sugerindo que ele é melhor ou pior que outra criança. No primeiro caso você estará alimentando seu ego e no segundo seu complexo de inferioridade.

. Despertará ciúmes.

. Transmitirá a necessidade de estar sempre comparando-se aos seus semelhantes para saber quanto vale.

. Incentivará a inveja. Sobretudo quando ele é quem se sente inferior ao outro.

. Estará estimulando sua insegurança.

. De alguma maneira você estará dizendo que não o aceita como ele realmente é, e que queria que ele fosse como essa outra criança.

. Estará interferindo na sua capacidade para se relacionar com outras crianças.

. Ferirá sua autoestima. Você estará afirmando que as suas características e qualidades não valem como as dessa outra criança.

. Você o deixará infeliz.

Você pode o estar levando a mentir sobre suas capacidades e qualidades.

Mamãe, não me compare com os outros

Mamãe, não compare o seu filho em nenhum sentido. Melhor ensiná-lo a:

. Não dar valor para as comparações que os outros fazem sobre ele.

. Aceitar-se e amar-se tal como é.

. Ser capaz de dizer: Mãe, não me compare com os outros.

. Avaliar-se segundo o cumprimento de suas próprias metas e objetivos, não com respeito aos outros.

. Admirar e admitir a diversidade física, psicológica, econômica e emocional das pessoas.

. Ser feliz consigo mesmo

Por último, ensine que se você deseja que ele melhore em algo, isso não significa que você o ama menos.

não me compare com os outros por favor

Mamãe, não o compare para motivá-lo a seguir os passos de alguém e para ser melhor. Não coloque outra criança como o padrão a ser seguido.

. Se você quer que o seu filho seja melhor do que ele é, ajude-o destacando suas qualidades, enfatizando a importância do empenho e dizendo abertamente o quanto você gostaria que ele melhorasse em determinado aspecto.

Se o amigo dele é mais organizado, tem modos melhores ou tira notas altas, não compare o dois.

Melhor, sugira a importância que tem em ser organizado em todos os aspectos da vida.

Advirta-o que os bons modos e a educação dizem muito de uma pessoa e abrem muitas portas.

Faça ele entender que estudando bastante, não faltando às aulas, prestando atenção ao que seus professores dizem, e tirando suas dúvidas servirá para tirar notas melhores.

Contudo, o fato de você querer que o seu filho se comporte ou seja como outra criança, não significa que ele quer o mesmo.

Ele também não deverá prestar atenção a todos os seus desejos.

Por exemplo, se você não virou bailarina porque as suas pernas não aguentavam, sua filha não tem que cumprir o seu sonho. Ela não tem que pagar pelas suas frustrações. Ela tem seus próprios desejos que devem ser respeitados, aceitos e admirados como se fossem seus.

Lembre-se que você sempre deve buscar o equilíbrio emocional do seu filho.

Não imponha limites, não corte suas asas e jamais seja a causa de sua tristeza.

Você o trouxe ao mundo para que vivesse como uma criança feliz e completa. Cumpra o seu destino.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


  • Bowlby, J. (1986). Vínculos afectivos: formación, desarrollo y pérdida. Madrid: Morata.
  • Bowlby, J. (1995). Teoría del apego. Lebovici, Weil-HalpernF.
  • Garrido-Rojas, L. (2006). Apego, emoción y regulación emocional. Implicaciones para la salud. Revista latinoamericana de psicología, 38(3), 493-507. https://www.redalyc.org/pdf/805/80538304.pdf
  • Marrone, M., Diamond, N., Juri, L., & Bleichmar, H. (2001). La teoría del apego: un enfoque actual. Madrid: Psimática.
  • Moneta, M. (2003). El Apego. Aspectos clínicos y psicobiológicos de la díada madre-hijo. Santiago: Cuatro Vientos.

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.