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É melhor a cesárea ou o parto natural?

4 minutos
É melhor a cesárea ou o parto natural?
Publicado: 15 fevereiro, 2017 01:25
Última atualização: 27 dezembro, 2022 11:32

Muitas mulheres preferem, muitas vezes, por medo, realizar uma cesárea, mas a verdade é que o parto deveria ser concebido sob a premissa de que o nascimento é um processo fisiológico no qual só deve-se intervir para corrigir desvios da normalidade.

Dar à luz naturalmente te ajudar a se recuperar melhor e mais rápido para cuidar do seu bebê. Uma cesárea é uma operação e como toda cirurgia exige um processo de recuperação e cuidados especiais, de modo que depois da mesma irá precisar de atenção e a ferida doerá.

Em vez disso parir permite uma recuperação imediata e estar pronta para o seu bebê. Garanta que as pessoas que atendam o seu parto favoreçam um clima de confiança, segurança e privacidade, respeitando a sua privacidade, dignidade e confidencialidade. Isso irá ajudar.

A Sociedade Espanhola de Ginecologia e Obstetrícia (SEGO) recomenda a participação ativa das mulheres para que tenham poder de decisão em relação à sua saúde. O conhecimento é luz, não se esqueça.

Meu corpo sabe como dar à luz. 
Como você sabe respirar, digerir, criar, andar, falar, pensar.
Ele está perfeitamente desenhado para isso: Minha pélvis, meu útero, minha vagina, são obras de engenharia a serviço da força da vida.

-Mónica Manso, poeta-

A informação é fundamental

É imprescindível que você e sua família conheçam profundamente o período reprodutivo pelo qual atravessam; se envolvam nos cuidados que você recebe e participem ativamente no momento do parto.

Idealmente, desde o início da gravidez você e seu parceiro têm a informação sobre o processo fisiológico da maternidade e a capacidade que de maneira natural é desenvolvida pelas mulheres para dar à luz naturalmente.

Isso requer que você vá até os centros de saúde para consultar a opinião de vários médicos.

Assim, irá evitar incertezas e medos o que favorecerá uma experiência satisfatória de gravidez e uma orientação no sentido de um parto normal, o que, além disso, reorienta a demanda por intervenção indevida do parto.

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Acordada e pronta

Há um outro aspecto importante, durante o parto você estará ciente do que está acontecendo ao seu redor porque estará acordada e não  sedada; como normalmente acontece nas cesáreas. Você pode ver seu bebê ao sair do seu ventre e, em seguida, tê-lo em seus braços.

Você pode ter durante o trabalho de parto pessoas que lhe ajudem e apoiem durante todo o processo, sem interrupção. O ideal é que essa pessoa que você escolher lhe acompanhe desde as primeiras etapas desse processo.

 A cesárea como opção

A ideia não é condenar as cesáreas. É justo que você pense nisso como alternativa utilizada para corrigir circunstâncias ou condições que desfavorecem o parto natural ou colocam em perigo a sua saúde ou a de seu filho.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) inclui taxa de cesáreas como um indicador de qualidade da assistência materna e perinatal.

Em suas recomendações de 1985 indicava como critério de qualidade uma taxa de cesárea de 15% dos partos. Com base no número de mulheres nas quais são esperadas complicações com risco de vida durante o parto.

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As altas taxas de cesáreas podem ser causadas por potenciais complicações maternas e neonatais; implicando custos maiores e sobredosagem deste evento normal.

A incidência de cesáreas na Espanha e em outros países europeus está acima desses valores, e estão aumentando progressivamente.

Há novos fatores que possam estar relacionados com esse aumento, como o aumento da idade das mães, dos nascimentos múltiplos, dos pedidos das mulheres e as demandas por suspeita de negligência.

Todas estas razões são mais do que válidas e, o ideal é que, como qualquer evento em sua vida a escolha da maneira pela qual irá trazer o seu filho ao mundo seja uma determinação consciente. Deve ser adequada às suas necessidades e realizada com toda segurança do mundo.

A informação irá derrubar mitos e medos sem fundamento. Aqui deixo algumas recomendações escritas em um manual chamado Estratégias de atendimento ao parto normal. Essas dicas são para aqueles que atendem o parto, mas você pode aproveitá-las também:

  • Aprender a reconhecer os sinais de um verdadeiro trabalho de parto para reduzir o número de consultas por falso trabalho de parto.
  • Facilitar para que a gestante se movimente e escolha adotar a posição de acordo com suas necessidades e preferências.
  • Permitir a ingestão de alimentos, principalmente líquidos, de acordo com as necessidades das gestantes.
  • Proporcionar ambientes amigáveis (naturais, arquitetônicos e psicossociais) que ajudem para uma atitude e experiência nas melhores condições.
  • Realizar um monitoramento e controle do bem-estar fetal conforme as recomendações da OMS.

Muitas mulheres preferem, muitas vezes, por medo, realizar uma cesárea, mas a verdade é que o parto deveria ser concebido sob a premissa de que o nascimento é um processo fisiológico no qual só deve-se intervir para corrigir desvios da normalidade.

Dar à luz naturalmente te ajudar a se recuperar melhor e mais rápido para cuidar do seu bebê. Uma cesárea é uma operação e como toda cirurgia exige um processo de recuperação e cuidados especiais, de modo que depois da mesma irá precisar de atenção e a ferida doerá.

Em vez disso parir permite uma recuperação imediata e estar pronta para o seu bebê. Garanta que as pessoas que atendam o seu parto favoreçam um clima de confiança, segurança e privacidade, respeitando a sua privacidade, dignidade e confidencialidade. Isso irá ajudar.

A Sociedade Espanhola de Ginecologia e Obstetrícia (SEGO) recomenda a participação ativa das mulheres para que tenham poder de decisão em relação à sua saúde. O conhecimento é luz, não se esqueça.

Meu corpo sabe como dar à luz. 
Como você sabe respirar, digerir, criar, andar, falar, pensar.
Ele está perfeitamente desenhado para isso: Minha pélvis, meu útero, minha vagina, são obras de engenharia a serviço da força da vida.

-Mónica Manso, poeta-

A informação é fundamental

É imprescindível que você e sua família conheçam profundamente o período reprodutivo pelo qual atravessam; se envolvam nos cuidados que você recebe e participem ativamente no momento do parto.

Idealmente, desde o início da gravidez você e seu parceiro têm a informação sobre o processo fisiológico da maternidade e a capacidade que de maneira natural é desenvolvida pelas mulheres para dar à luz naturalmente.

Isso requer que você vá até os centros de saúde para consultar a opinião de vários médicos.

Assim, irá evitar incertezas e medos o que favorecerá uma experiência satisfatória de gravidez e uma orientação no sentido de um parto normal, o que, além disso, reorienta a demanda por intervenção indevida do parto.

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Acordada e pronta

Há um outro aspecto importante, durante o parto você estará ciente do que está acontecendo ao seu redor porque estará acordada e não  sedada; como normalmente acontece nas cesáreas. Você pode ver seu bebê ao sair do seu ventre e, em seguida, tê-lo em seus braços.

Você pode ter durante o trabalho de parto pessoas que lhe ajudem e apoiem durante todo o processo, sem interrupção. O ideal é que essa pessoa que você escolher lhe acompanhe desde as primeiras etapas desse processo.

 A cesárea como opção

A ideia não é condenar as cesáreas. É justo que você pense nisso como alternativa utilizada para corrigir circunstâncias ou condições que desfavorecem o parto natural ou colocam em perigo a sua saúde ou a de seu filho.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) inclui taxa de cesáreas como um indicador de qualidade da assistência materna e perinatal.

Em suas recomendações de 1985 indicava como critério de qualidade uma taxa de cesárea de 15% dos partos. Com base no número de mulheres nas quais são esperadas complicações com risco de vida durante o parto.

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As altas taxas de cesáreas podem ser causadas por potenciais complicações maternas e neonatais; implicando custos maiores e sobredosagem deste evento normal.

A incidência de cesáreas na Espanha e em outros países europeus está acima desses valores, e estão aumentando progressivamente.

Há novos fatores que possam estar relacionados com esse aumento, como o aumento da idade das mães, dos nascimentos múltiplos, dos pedidos das mulheres e as demandas por suspeita de negligência.

Todas estas razões são mais do que válidas e, o ideal é que, como qualquer evento em sua vida a escolha da maneira pela qual irá trazer o seu filho ao mundo seja uma determinação consciente. Deve ser adequada às suas necessidades e realizada com toda segurança do mundo.

A informação irá derrubar mitos e medos sem fundamento. Aqui deixo algumas recomendações escritas em um manual chamado Estratégias de atendimento ao parto normal. Essas dicas são para aqueles que atendem o parto, mas você pode aproveitá-las também:

  • Aprender a reconhecer os sinais de um verdadeiro trabalho de parto para reduzir o número de consultas por falso trabalho de parto.
  • Facilitar para que a gestante se movimente e escolha adotar a posição de acordo com suas necessidades e preferências.
  • Permitir a ingestão de alimentos, principalmente líquidos, de acordo com as necessidades das gestantes.
  • Proporcionar ambientes amigáveis (naturais, arquitetônicos e psicossociais) que ajudem para uma atitude e experiência nas melhores condições.
  • Realizar um monitoramento e controle do bem-estar fetal conforme as recomendações da OMS.

Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


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