O que fazer para meu filho não pegar piolho na escola?

Pegar piolho na escola. Como prevenir? Depois de constatado o contágio, há algumas medidas que se pode tomar.
O que fazer para meu filho não pegar piolho na escola?
María José Roldán

Revisado e aprovado por a psicopedagoga María José Roldán.

Última atualização: 27 dezembro, 2022

Para os pais de crianças em idade escolar, é uma verdadeira dor de cabeça a possibilidade de pegar piolho na escola.

Pode parecer inevitável, mas o contato frequente e íntimo entre os alunos inclui o risco desse tipo de contágio. No entanto, existem algumas medidas que podemos colocar em prática para evitar esse mal. E se o contágio já aconteceu, há medidas que impedem que os piolhos se reproduzam e proliferem.

O piolho mais de perto

Os piolhos são insetos. Trata-se, mais especificamente, de parasitas minúsculos. Eles têm entre 2 e 3 mm de comprimento, são marrons e têm seis patas. Vivem até 35 dias nas suas diferentes fases.

Eles se alimentam de sangue humano e costumam colonizar o couro cabeludo. Lá se seguram firmemente nos cabelos e colocam seus ovos, chamados lêndeas. Provocam coceira devido aos fluidos que transmitem ao ser humano através da picada.

Como o contágio acontece? Em princípio, acontece de pessoa para pessoa por contato direto. Também através de objetos compartilhados, através dos quais os piolhos vão para outros hospedeiros.

As crianças: seus hospedeiros favoritos

Cerca de 20% das crianças sofre de pediculose, que é como se conhece a infestação por piolhos. O contágio se dá mais facilmente pela proximidade entre elas ao estudar, brincar ou conviver e pelo compartilhamento de objetos pessoais e roupas. Embora seja mais frequente nos pequenos da casa, os adultos não estão a salvo de ter piolhos.

pegar piolho na escola

Sintomas da pediculose

A pediculose pode ser assintomática em alguns casos ou passar despercebida. Os sinais mais perceptíveis são:

  • Coceira na cabeça.
  • Aparecimento de lesões rosadas no couro cabeludo de tanto se coçar.
  • Existência de pequenas bolas de entre 1 e 2 mm em várias alturas dos cabelos (ovos ou lêndeas).
  • Descoberta de insetos em partes da roupa próximas à cabeça.

Frente a qualquer um desses sinais, para confirmar ou não o diagnóstico, sugere-se colocar em prática as seguintes medidas:

  • Procurar no cabelo por parasitas ou lêndeas, mecha por mecha.
  • Pentear cuidadosamente o cabelo com pente especial sobre um papel branco para observar a queda de possíveis piolhos.

Se o teste der positivo, o ideal é informar a administração da escola, para que promova a profilaxia adequada.

É possível evitar o contágio?

Evitar o contágio de piolhos na escola é uma tarefa difícil. No entanto, algumas medidas e certos remédios caseiros podem minimizar o impacto ou, inclusive, até evitar que o contágio aconteça:

  • Individualizar e não compartilhar acessórios de cabelo ou roupas entre as crianças. Pentes, escova, bonés, presilhas, etc.
  • Nas épocas de mais virulência, manter as crianças com o cabelo curto ou preso.
  • Na escola, manter os pais informados sobre casos de infestação, para que possam tomar medidas de prevenção.
  • Informar as próprias crianças sobre o problema e as maneiras de evitar o contágio.

E se a criança já pegou piolho?

Apesar das precauções em relação à pediculose, sempre há risco de contágio. Em maior ou menor grau. Caso a criança já esteja com piolho, as ações devem ser direcionadas a evitar que os parasitas passem para a fase de reprodução:

  • Consultar o pediatra ou dermatologista.
  • Verificar se os outros membros da família não pegaram piolho.
  • Usar xampus especiais para matar os piolhos. Depois de mortos, tirar manualmente todos os insetos e as lêndeas.
  • Lavar as roupas e os objetos usados nos últimos dias com água quente (mais de 50º C).
  • Passar aspirador de pó na casa, o máximo possível. Desde os móveis até todas as superfícies da casa.

Essas medidas, quando devidamente realizadas, minimizam as chances de pegar piolho na escola e em casa.

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Mitos sobre a pediculose

Algumas convicções sem fundamento devem ser descartadas se realmente quisermos solucionar o problema:

  • A infestação de piolhos não está relacionada com a falta de higiene.
  • Substâncias caseiras para a eliminação dos piolhos não mostraram efetividade. Além disso, fazem perder tempo para combater os parasitas, que se aproveitam para se reproduzir, colonizar e infectar outras pessoas.
  • Os piolhos não estão por aí, em estado latente. Na verdade eles não conseguem viver por mais de 2 dias sem se alimentar. Ao final desse prazo morrem.
  • Esses parasitas não transmitem doenças. E não são transmitidos de animais para pessoas nem vice-versa.
  • Não se deve aplicar produtos químicos sem ter se infectado ainda. Ou seja, não se deve fazer isso como medida de profilaxia. É desnecessário e pode gerar resistência a tratamentos futuros.

Por fim, a criança que pegou piolho não deve sentir vergonha com a divulgação do seu problema, mas receber o apoio dos pais e professores.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.