O que é a placenta normalmente inserida?
A placenta é um órgão fundamental que permite a conexão entre a mãe e o bebê. É o meio que permite ao feto receber todos os nutrientes necessários para o seu desenvolvimento. Agora, diz-se que uma mulher tem uma placenta normalmente inserida quando o órgão está localizado corretamente e, portanto, ao se movimentar, não causará nenhum tipo de problema.
É normal que, à medida que a gravidez progride, a placenta suba gradativamente até deixar a abertura do colo do útero completamente livre. É isso que permitirá que o bebê chegue ao mundo no momento do parto.
Como a placenta normalmente inserida evolui?
Durante o processo de gestação, a placenta passa por vários processos de maturação, que podem ser verificados através do exame de ultrassom. Na lista a seguir, detalhamos cada uma dessas etapas:
- Grau 0: esse é o grau mais jovem da placenta, corresponde aos dois primeiros trimestres da gravidez. Caracteriza-se principalmente pelo fato de a placa corial (perto do feto) ser igual à placa basal (perto do útero).
- Grau I: a partir da 31ª semana começam a ser observadas calcificações na placa corial. Nesse ponto, a placenta não é tão homogênea.
- Grau II: da 36ª semana até o final do processo de gestação, a placenta é irregular. Isso se deve aos depósitos de cálcio, porque a camada basal parece estar separada do miométrio e porque a camada coriônica é ondulada e descontínua.
- Grau III: nessa fase, a placenta está completamente envelhecida ou calcificada.
Onde está localizada a placenta normalmente inserida?
A placenta é composta por um componente materno chamado “placa corial” e um componente fetal chamado “placa basal”. A primeira é composta por epitélio amniótico e uma membrana conjuntival, formada pelo eixo dos troncos vilosos de primeira ordem. Já a segunda, é composta por remanescentes de sinciciotrofoblasto e citotrofoblasto, além da camada fibrinoide de Nitabuch.
Entre as duas placas, existe o espaço interviloso que contém as vilosidades coriônicas. Essas placas são inicialmente constituídas por tecido trofoblástico, que posteriormente se tornará a placenta. Mais exatamente, a placenta normalmente inserida está localizada na parte posterior do útero.
Por outro lado, quando a placenta está na parte inferior do útero, é chamada de “placenta prévia”.
O desenvolvimento da placenta começa com a implantação do embrião, quando as células trofoblásticas penetram nos vasos sanguíneos do útero e estabelecem uma conexão entre o corpo da mãe e o bebê.
Descolamento prematuro da placenta normalmente inserida
É conhecido como descolamento prematuro da placenta normalmente inserida (DPPNI), quando o descolamento da placenta do útero ocorre antes da 20ª semana de gestação e antes do terceiro período gestacional.
Essa patologia pode se manifestar tanto por sangramento externo quanto oculto (nesse caso, o sangue não é expelido, ficando retido entre a placenta e o útero).
Entre os sinais mais frequentes de descolamento prematuro da placenta está o sangramento vaginal, que geralmente não é tão abundante quanto no caso da placenta prévia.
Fatores de risco
- Tabagismo.
- Leiomiomas.
- Traumatismos.
- Idade materna.
- Multiparidade.
- Hipertensão.
- Pré-eclâmpsia.
- Cesariana anterior.
- Corioamnionite.
- Diátese hemorrágica.
- Distúrbios tromboembólicos.
- Hematoma retroplacentário.
- Apoplexia uteroplacentária.
- Degeneração placentária decídua precoce.
- Ruptura prematura de membranas.
Sintomas de ruptura
Entre os sintomas mais comuns estão sangramento vaginal e contrações dolorosas. Geralmente, a quantidade do sangramento dependerá da quantidade de placenta que se desprendeu, mas pode ser que o sangue se acumule e permaneça entre a placenta e a parede uterina (hemorragia oculta).
Entre outros sinais encontramos:
- Se a separação for leve, pode ocorrer uma pequena quantidade de sangramento acompanhada de cólicas.
- No caso de uma separação moderada, pode ocorrer um sangramento mais abundante. As cólicas e as dores abdominais serão mais intensas.
- Se mais da metade da placenta se desprender, pode ocorrer dor abdominal e sangramento abundante. Também podem ocorrer contrações e o bebê pode realizar movimentos incomuns.
Em suma, os graus de maturidade da placenta permitem identificar o momento evolutivo que esse órgão apresenta, o que pode ser apreciado através de uma ecografia. Esse exame permite analisar se a gravidez está se desenvolvendo corretamente. Em caso de notar sinais incomuns, é imprescindível consultar um especialista.
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