Quais são os melhores alimentos para bebês?

Você tem dúvidas sobre como planejar a alimentação complementar? Vamos mostrar quais são os melhores alimentos para introduzir na dieta do bebê.

Escrito e verificado por o nutricionista Saúl Sánchez Arias.

Última atualização: 23 dezembro, 2022

A partir dos 6 meses de vida, os alimentos sólidos podem começar a ser incluídos na dieta do bebê. É o que se chama de alimentação complementar. Contudo, é conveniente saber quais são os melhores alimentos para as crianças, já que elas não podem comer tudo nos primeiros anos de vida.

Descubra quais são os melhores alimentos para bebês

Deve-se ter em mente que acertar o cardápio do bebê pode fazer a diferença em relação à sua saúde futura. É importante escolher produtos com alta densidade nutricional dentro do espectro dos permitidos. Assim, é possível evitar déficits que possam comprometer o desenvolvimento. A seguir, traremos mais detalhes.

Vegetais

Uma grande variedade de vegetais pode ser incluída na alimentação complementar. É importante começar a oferecer esses alimentos desde cedo para evitar futuras rejeições. Além disso, é muito fácil transformá-los em purê.

É fundamental ressaltar que os vegetais são fonte de vitaminas, minerais e fitonutrientes com capacidade antioxidante. Estes últimos têm o poder de neutralizar a formação de radicais livres, o que gera proteção contra o desenvolvimento de patologias complexas. Isso é evidenciado por um estudo publicado no European Journal of Medicinal Chemistry.

Claro, pode ser melhor não introduzir no início aqueles vegetais com sabor muito forte, como couve ou couve-de-bruxelas. É melhor começar pelos mais macios, como a batata-doce ou o pimentão.

Peixe

O peixe é um produto que tem a particularidade de concentrar em seu interior ácidos gordos insaturados. Estes contribuem para modular os mecanismos inflamatórios, o que melhora o estado de saúde e previne patologias. Alguns deles, como o ômega-3, são determinantes no desenvolvimento do cérebro, segundo estudo publicado na Nutrients.

Em todo o caso, é fundamental certificar-se de que o peixe que se oferece ao bebê esteja bem cozido e sem espinhas no seu interior. É melhor começar pelas opções mais magras, para depois introduzir gradualmente peixes diferentes na dieta. A cavala e o salmão, por exemplo, são perfeitos para incluir nas primeiras fases da vida.

Carne

A carne é uma fonte de proteína de alto valor biológico, necessária para o desenvolvimento e a manutenção do bom funcionamento muscular. Além disso, este alimento fornece nutrientes essenciais, como ferro e zinco. Por isso, deve ser um produto que apareça regularmente na alimentação do bebê.

É sempre melhor começar incluindo a carne de frango na dieta, desde que bem cozida por dentro. Aos poucos, também podem ser oferecidas outras opções, como carne bovina, suína e ovina. É fundamental retirar bem os ossículos para evitar engasgos.

Leguminosas

As leguminosas se destacam pelo teor de fibras. São alimentos de digestão lenta, mas ajudam a garantir uma boa saúde a nível intestinal. Além disso, possuem proteínas e uma grande quantidade de micronutrientes essenciais.

Entre as leguminosas preferidas pelos bebês estão a lentilha, o grão-de-bico e a ervilha. Elas devem ser cozidas em fogo baixo até ficarem macias. Atingido este ponto, são processadas com um moedor para formar um purê e facilitar a deglutição. Se forem oferecidas inteiras, podem causar asfixia.

Lacticínios

Os laticínios podem ser incluídos na alimentação do bebê a partir dos 6 meses de vida. Dentre eles, destacam-se os iogurtes, devido ao seu teor de probióticos. Essas bactérias aumentam a densidade e a diversidade da microbiota, o que evita o desenvolvimento de problemas digestivos.

Introduzir alimentos de qualidade na dieta do bebê

Como você viu, são muitos os alimentos que podem aparecer na alimentação do bebê a partir do sexto mês de vida. É importante que sejam apresentados de forma variada, para que a criança se acostume com os diferentes sabores e texturas. Estabelecer bons hábitos alimentares neste momento determinará positivamente a saúde futura.

De qualquer forma, recomendamos que você continue amamentando até o primeiro ano de vida. Este produto possui muitas substâncias que beneficiam o desenvolvimento da criança e previnem problemas autoimunes.